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G1 GLOBO (Tudo Diário)

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  1. André Cruz (à esq.) e Gustavo de Queiroz, réus acusados de matarem um professor a tiros na saída de uma boate no Cambuí, em Campinas (SP), em novembro de 2023 Reprodução/EPTV O Tribunal do Júri condenou, no final da noite desta terça-feira (25), os dois homens acusados do assassinato do professor Wellington Fernando Aparecido Mariano em frente a uma boate no bairro Cambuí, em Campinas (SP), em novembro de 2023. Cabe recurso. Os tiros que mataram o professor foram disparados após os réus serem expulsos da boate após uma confusão com o cantor MC Daniel, atração da noite. Segundo apurado pela Polícia Civil, nem o professor nem as jovens atingidas pelos tiros na porta da balada tinham qualquer relação com a confusão que motivou o crime. Por maioria, os jurados acolheram a tese de acusação do Ministério Público (MP) para condenar Gustavo Constantini de Queiroz e André de Oliveira Cruz pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Além disso, os dois homens também foram condenados por tentativa de homicídio contra duas jovens baleadas na porta da boate e que sobreviveram. 📲 Participe do canal do g1 Campinas no WhatsApp Gustavo de Queiroz (à esq), apontado como autor dos disparos, e MC Daniel (à dir) teriam se desentendido durante show em Campinas Arte: g1 Após a decisão do plenário do júri, a juíza responsável pelo julgamento fará a dosimetria da pena. O júri popular teve início às 9h desta terça-feira (25), na 1ª Vara do Júri de Campinas, e a sentença foi proferida apenas na madrugada desta quarta (26). O que dizem as defesas? O advogado José Pedro Said Júnior, que representa Gustavo, que já estava preso, informou que irá entrar com recurso por entender que "a decisão foi manifestamente contrária as provas dos autos". "Entendo que as qualificadoras deveriam ser excluídas em razão de como os fatos ocorreram, nesse sentido, vamos recorrer para afastá-las, ou mandar o acusado a novo júri", disse. A defesa de André, que com a condenação teve decretada a prisão para cumprimento da pena inicialmente em regime fechado, informou que irá recorrer da decisão. Relembre o caso abaixo: Homem morre e duas mulheres ficam feridas após disparos em frente a boate em Campinas Wellington Fernando Aparecido Mariano tinha 26 anos, era professor em Limeira (SP) e foi morto a tiros na saída de uma boate em Campinas (SP), em novembro de 2023 Arquivo pessoal VÍDEOS: destaques da região de Campinas Veja mais notícias da região no g1 Campinas

  2. A Prefeitura de Montes Claros, através da Secretaria de Saúde, conseguiu zerar a fila da mamografia na rede municipal de saúde. Hoje, quem precisa realizar a mamografia de rastreamento entra na fila única e aguarda no máximo 7 dias para realizar o exame. Já para a mamografia diagnóstica (pacientes que já apresentam sintomas), o prazo é de 3 dias. A mamografia diagnóstica é realizada quando há sinais e sintomas suspeitos de câncer de mama, visando diagnóstico precoce e investigação imediata. É necessário que não apenas mulheres, mas também homens fiquem atentos aos sinais e sintomas que indicam urgência diagnóstica como nódulo mamário endurecido e fixo em mulheres adultas de qualquer idade; nódulo mamário em crescimento, em qualquer idade, . descarga papilar sanguinolenta unilateral, lesão eczematosa, retração ou pele em “casca de laranja” na mama; linfadenopatia axilar endurecida, fixa ou móvel; linfonodos supra/infraclaviculares aumentados; aumento progressivo da mama com sinais de edema, vermelhidão ou pele espessada; mudança no formato do mamilo (ex.: retração unilateral); homens com tumoração palpável unilateral e mastite/inflamação que não melhora após tratamento adequado com antibiótico. Por mês, são realizadas pela Secretaria de Saúde do município cerca de 1500 mamografias, um dos primeiros passos para o diagnóstico da doença. O Ministério da Saúde orienta que o rastreamento mamográfico populacional no SUS seja realizado por mulheres com idade entre 50 e 74 anos a cada 2 anos. Mas o SUS não restringe o acesso de mulheres que tenham entre 40 a 49 anos, ou mulheres com idade acima de 74 anos, desde que orientadas por profissionais de saúde. Dados sobre incidência, mortalidade, fatores de risco, prevenção, acesso a exames e tratamento apresentados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) através do documento “Controle do Câncer de Mama no Brasil: Dados e Números 2025”, indicam que o câncer de mama é o tipo mais incidente entre as brasileiras (excluindo o de pele não melanoma) e também a principal causa de morte por câncer na população feminina. São estimados 73.610 novos casos em 2025 e, em 2023, foram registrados mais de 20 mil óbitos decorrentes da doença. A MAMOGRAFIA É UMA ARMA ESSENCIAL NO COMBATE AO CÂNCER DE MAMA IA GOOGLE

  3. Operação contra quadrilha de agiotas apreendeu relógio de luxo e R$ 150 mil Gaeco Mais cinco pessoas que faziam parte da quadrilha de agiotas que movimentou mais de R$ 60 milhões nos últimos anos na região de Franca (SP) foram condenadas nesta terça-feira (25) por organização criminosa, usura com cobrança de juros abusivos mediante grave ameaça, corrupção ativa e lavagem de capitais. Rayander Luiz Nascimento, Célio Luís Martins, Jonathan Nogueira dos Santos Reis, e os irmãos Everaldo Bastos Guimarães e Eraldo Bastos Guimarães receberam as penas de 17 anos, 3 meses e 18 dias de reclusão em regime inicial fechado e 7 meses e 6 dias de detenção em regime semiaberto para o crime de usura. A quadrilha agiu entre 2020 e 2024 e, segundo o Ministério Público, operava de forma estruturada e com clara divisão de funções. O g1 tenta localizar a defesa dos condenados. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp As investigações do Ministério Público, que começaram por meio da Operação Castelo de Areia, apontaram que as provas reunidas (interceptações telefônicas, análise de transações bancárias e documentos apreendidos) demonstraram permanência, hierarquia e coordenação entre os envolvidos. Na decisão, o juiz Orlando Brossi Júnior ainda determinou a prisão imediata de Célio e Eraldo, que respondiam ao processo em liberdade e prisão domiciliar. LEIA TAMBÉM Presos novos integrantes de quadrilha de agiotas que movimentou R$ 67 milhões Ex-policial acusado de integrar quadrilha de agiotas é preso Como cidade no interior de SP virou alvo de esquemas de agiotagem, operações e até morte Em dezembro do ano passado, sete pessoas, entre elas, um ex-policial, já tinham sido condenadas a 20 anos por integrar a mesma quadrilha. São elas: Evanderson Lopes Guimarães, Douglas de Oliveira Guimarães, Ezequias Bastos Guimarães, Ronny Hernandes Alves dos Santos, Bruno Bastos Guimarães, Leomábio Paixão da Silva e o ex-policial civil Rogério Camillo Requel. A quadrilha fazia ameaças de morte aos inadimplentes e a pessoas próximas a eles. Cópias das conversas, obtidas pelo Ministério Público com autorização da Justiça, foram anexadas às denúncias e, de acordo com os promotores de Justiça, comprovam a violência utilizada pela organização criminosa para reaver o dinheiro. Veja momento da prisão de alguns dos integrantes da quadrilha, em novembro do ano passado: Gaeco e PM prendem suspeitos de quadrilha de agiotagem em Franca, SP Quadrilha movimentou milhões com agiotagem A primeira fase da Operação Castelo de Areia ocorreu entre novembro de 2023 e janeiro de 2024, quando sete pessoas acabaram presas suspeitas de movimentar R$ 36 milhões, inicialmente. Em dezembro, todas elas, incluindo o ex-policial civil, foram condenadas a 20 anos de prisão. Rogério Camillo Requel recebeu, em três meses, cerca de R$ 340 mil provenientes do esquema, segundo denúncia do MP. As investigações apontaram que a quadrilha emprestava dinheiro a juros exorbitantes e depois cobrava as vítimas por meio de graves ameaças. Os chefes do esquema eram pai, filho e sobrinho. Ronny era um dos membros da quadrilha que ameaçavam de morte os inadimplentes e as pessoas próximas. Segundo o MP, conversas comprovam violência empregada por quadrilha de agiotas em Franca, SP Reprodução Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), mesmo com as prisões anteriores, outros integrantes mantiveram a quadrilha ativa e diziam em conversas entre eles que 'nada os intimidariam e, até mesmo, jamais seriam punidos'. Isso motivou a deflagração da segunda fase da operação, em junho deste ano. Desta vez, as investigações apontaram uma nova movimentação, de cerca de R$ 31 milhões. Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

  4. Vídeo registra grito de socorro de mulher trans que morreu após ser agredida Câmeras de segurança flagraram o momento em que Alice Martins Alves, de 33 anos, pediu ajuda e gritou por "socorro" enquanto era brutalmente espancada na Savassi, na Região Centro- Sul de Belo Horizonte. A vítima, uma mulher trans, morreu em 9 de novembro, depois de ser internada em um hospital para tratar complicações das agressões que sofreu em 23 de outubro. O vídeo foi divulgado inicialmente pelo site do jornal "O Tempo". O g1 e a TV Globo confirmaram a autenticidade das imagens e do áudio, que, segundo fontes ligadas à investigação do caso, fazem parte do inquérito. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MG no WhatsApp Os suspeitos do espancamento foram identificados pela Polícia Civil como funcionários de um bar que Alice costumava frequentar. Eles teriam cometido o crime devido a um desacordo sobre o pagamento de uma conta de R$ 22 (leia mais abaixo). No vídeo, é possível ouvir a mulher pedindo "socorro" ao menos quatro vezes e, em seguida, repetindo "alguém me ajuda". Na sequência das imagens, é possível ouvir o que seria uma conversa entre um dos autores das agressões e um motociclista que intercedeu pela vítima. Agressor: Motoca, 'cê' também, mano, não envolve em situação que 'cê' não tem nada a ver, não. Motociclista: Ô, mano, eu não envolvi, não. Agressor: 'Cê' 'tá' envolvendo, mano, 'cê' não tem nada a ver com o BO, acaba sobrando 'pra' você também, mano. Motociclista: Isso aqui é "paia", tá ligado? Isso aqui é "paia", entendeu? [inaudível] Agressor: Acaba sobrando 'pra' você também, mano. 'Cê' não tem nada a ver com o bagulho, mano. Motociclista: Agora eu tenho, ué. Agressor: Então vai lá pagar a conta dela, então, ué. Paga lá os R$ 22 e morreu o desembolo". Motociclista: Vamos ver que que dá isso aí. Bater nos outros é fácil. Segundo a Polícia Civil, Alice só não morreu no local do crime porque o entregador interveio, interrompeu o espancamento e chamou o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu). Nesta terça-feira (25), o motociclista foi chamado para prestar depoimento. Agredida ao sair de bar Conforme o boletim de ocorrência, a vítima saia de um bar em direção à Avenida Getúlio Vargas quando foi atacada pelo suspeito. Ele estava acompanhado de outros dois funcionários do estabelecimento, que riram da agressão. Ainda de acordo com o registro policial, Alice desmaiou e foi socorrida por pessoas no local. Ela sofreu fraturas nas costelas, desvio de septo nasal e perfuração no intestino. Em coletiva de imprensa, a Polícia Civil disse que a mulher tinha o hábito de frequentar o bar. No dia do crime, ela foi sozinha e ficou durante um tempo bebendo. Em determinado momento, levantou-se e foi embora, esquecendo-se de pagar a conta de R$ 22. Por isso, foi perseguida e espancada pelos funcionários. O caso é investigado como feminicídio pelo Núcleo Especializado de Investigação de Feminicídios (Neif) do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A instituição também a apura se as agressões foram mais intensas pelo fato de Alice ser uma mulher trans — ou seja, se houve transfobia. Complicações teriam levado à morte A vítima passou por atendimento na UPA Centro-Sul e foi para casa. Em 2 de novembro, procurou um hospital particular. No dia 5, foi até uma delegacia e registrou a ocorrência. Ela foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML), onde foi submetida a um exame de corpo de delito. Segundo familiares, ela perdeu 12 quilos desde a data em que foi espancada, teve úlcera no estômago e morreu após um choque séptico, em 9 de novembro. "Ela não queria me ligar porque eu estava fazendo uns tratamentos de pressão alta. Aí no outro dia fui ver se Alice já tinha chegado. Ela estava com nariz sangrando, boca arrebentada, morrendo de dor. Eu falei: filha porque você não me chamou?! Aí de lá pra cá foi só sofrimento. Ela foi decaindo, a saúde dela piorando e eu correndo atrás de médico daqui e dali, mesmo com dificuldade de se locomover e acabou que veio a óbito", lamentou Edson Alves Pereira, pai de Alice. Alice foi velada e enterrada no Cemitério Parque da Colina, em Belo Horizonte, no dia 10. A Polícia Civil informou que o cadáver da vítima não foi encaminhado ao IML para necrópsia depois da morte, porque, em vida, ela já havia sido submetida a um exame de corpo de delito que comprovava as lesões provocadas pelas agressões. LEIA TAMBÉM: Espancamento por R$ 22 em perseguição ao sair de bar: entenda caso Mulher trans morre dias após ser espancada na Savassi, em BH Alice Martins Alves, de 33 anos, foi espancada por um homem desconhecido no dia 23 de outubro de 2025, na Savassi, em BH Redes sociais

  5. Mulher assassinada em trilha de Florianópolis: o que se sabe A professora de inglês Catarina Kasten, de 31 anos, foi assassinada na trilha do Matadeiro, em Florianópolis, na sexta-feira (21), quando seguia para uma aula de natação no início da manhã. O caso é investigado como feminicídio. O suspeito, que confessou o crime, está preso preventivamente. O laudo da Polícia Científica, ao qual a NSC TV teve acesso, confirmou que Catarina morreu por asfixia por estrangulamento e apontou indícios de violência sexual. ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp 'Faz muita falta', diz marido de Catarina 📍 A trilha do Matadeiro é uma das mais conhecidas da capital e fica na região sul da cidade, em área de mata atlântica preservada. Catarina Kasten, aos 31 anos, era estudante de pós-graduação na UFSC UFSC/Divulgação Confira a cronologia do caso: Infográfico - Linha do tempo do caso Catarina Kasten arte/g1 Manhã de sexta-feira, 21 de novembro 06h05 - Um homem com camiseta azul, calça e tênis é visto se escondendo atrás de uma lixeira e seguindo para a trilha. 06h50 - Catarina sai de casa, na Praia da Armação e percorre a trilha para chegar à aula de natação, realizada em frente à igreja local. 06h53 - Câmeras registraram o suspeito correndo pela areia, cerca de 30 segundos após Catarina passar pelo mesmo local. Por volta das 9h, o marido de Catarina percebe que ela não retornou. Tarde de sexta-feira, 21 de novembro Por volta do meio-dia, o marido de Catarina vê mensagens no grupo de WhatsApp da natação dizendo que os pertences dela tinham sido encontrados na trilha da praia. Preocupado, ele liga para uma das professoras, que confirma que Catarina não tinha ido à aula naquela manhã. 13h09 - A Polícia Militar é acionada pelo marido e família de Catarina. 13h30 - Dois homens encontraram o corpo de Catarina em uma área de mata na trilha do Matadeiro. Um deles viu o corpo ao entrar em um beco para urinar e acionou a polícia, enquanto o outro foi até os policiais para avisar. Moradores ajudam a polícia com imagens de câmeras na entrada da trilha. Além disso, duas turistas relatam que, pela manhã, viram um homem olhando para dentro da mata e tiraram fotos dele. As imagens confirmaram que era o mesmo homem registrado pelas câmeras da comunidade. Fotos incluídas no Boletim de Ocorrências mostram autor do feminicídio. Reprodução Noite de sexta-feira, 21 de novembro Após as imagens circularem entre moradores, o suspeito foi reconhecido como Giovane Corrêa Mayer, de 21 anos. Com base nas câmeras, fotos das turistas e depoimentos, a polícia foi até a casa dele. Por volta das 22h39, Giovane foi preso em flagrante e confessou o crime. Ele disse que voltava de uma festa e, ao ver Catarina, teria sido influenciado por “vozes na cabeça”. Admitiu que estuprou a vítima ainda com vida, estrangulou com uma corda e arrastou o corpo para dentro da mata para esconder. Durante a abordagem, os policiais notaram arranhões nas costas do suspeito. Na casa dele, encontraram todas as roupas vistas nas imagens, a camiseta azul do Avaí, calça, tênis e bermuda branca. Sábado, 22 de novembro Na parte da manhã, moradores e turistas fazem um protesto na Praia da Armação pedindo justiça pela morte de Catarina. Sai o resultado da audiência de custódia no fim da tarde: a Justiça decreta a prisão preventiva do suspeito. A Defensoria Pública também se manifesta sobre o caso. Segunda-feira, 24 de novembro Na parte da manhã, a Polícia Civil anuncia que o homem também passou a ser tratado como suspeito de ter estuprado uma idosa de 69 anos na casa dela, em 2022. O caso ocorrido há três anos será reaberto para cruzar informações e provas entre os dois crimes. Na parte da tarde, a NSC TV tem acesso ao laudo da Polícia Científica, que confirma que Catarina morreu devido à asfixia por estrangulamento e apontou indícios de que ela foi vítima de agressão sexual. Vítima sonhava com nova casa e doutorado Fotos mostram Cataria Kasten em frente ao terreno que ela e o companheiro fariam uma nova casa Arquivo Pessoal/Divulgação Formada em Letras em Inglês em 2022, Catarina viajou pelo mundo com o companheiro até que, há cerca de um ano, decidiu voltar a Florianópolis para fixar residência e fazer mestrado. Antes de estudar Letras na UFSC, Catarina foi aluna da Engenharia de Produção, onde integrou o Centro Acadêmico Livre de Engenharia de Produção (CALIPRO). Em nota, a universidade lamentou a morte e repudiou qualquer forma de violência contra mulheres. Ao g1, o marido, Roger Gusmão, contou que ele e Catarina iam construir uma nova casa no bairro Açores no início de 2026 e sonhavam em fazer viagens pelo mundo quando ela ingressasse no doutorado. Não existe conforto. Catarina foi estuprada, bateram nela", contou Roger. "Ela faz muita falta. Não fecha às vezes, não dá para acreditar. É tão rápido", contou ao g1 o marido de Catarina. VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias

  6. Animação simula o pouso da sonda Rosetta no cometa Churyumov Um novo estudo indica que um sinal incomum vindo da região central da nossa Via Láctea pode ser o primeiro registro direto de matéria escura, o componente invisível que responde por cerca de 85% da massa do Universo. A análise, assinada pelo astrônomo Tomonori Totani, da Universidade de Tóquio, usou dados mais recentes do telescópio espacial Fermi, da Nasa, para identificar um brilho de raios gama com características compatíveis com o que modelos teóricos preveem para a destruição de partículas de matéria escura. Segundo o trabalho, aceito para publicação no "Journal of Cosmology and Astroparticle Physics", a emissão aparece como uma espécie de “halo” de alta energia em torno do centro galáctico, uma região onde a concentração desse tipo de matéria é considerada maior. Totani afirma que o espectro da radiação coincide com a faixa de energia esperada quando duas partículas hipotéticas chamadas WIMPs colidem e se anulam, liberando fótons extremamente energéticos. 🌌 ENTENDA: Um fóton é uma partícula de luz, só que sem massa e sem carga elétrica. Ele é a menor unidade possível de energia luminosa, algo tão pequeno que só percebemos quando muitos chegam juntos. Alguns fótons têm pouca energia, como os da luz comum, e outros têm energia altíssima, como os do estudo. As WIMPs (sigla em inglês para “partículas massivas que interagem fracamente”) são uma das principais candidatas para explicar a matéria escura. Elas seriam mais pesadas que um próton, se moveriam lentamente e quase não interagiriam com a matéria comum, razão pela qual nunca foram detectadas diretamente. A única pista possível seria justamente esse tipo de radiação resultante da colisão entre duas delas. O estudo analisou raios gama de cerca de 20 gigaelétron-volts, um nível de energia muito alto, que aparece distribuído de maneira simétrica ao redor do centro da galáxia. Para reduzir interferências, a pesquisa excluiu o plano da Via Láctea, região rica em poeira, gás e Fontes intensas de radiação, e considerou apenas o halo superior e inferior ao núcleo (veja a IMAGEM abaixo). Mapa de raios gama mostra apenas o halo da Via Láctea na direção do centro galáctico. A faixa cinza indica o plano da galáxia, retirado da análise por concentrar uma radiação intensa. Tomonori Totani, Universidade de Tóquio Totani argumenta que a distribuição espacial do sinal é coerente com o formato previsto para o halo de matéria escura. Além disso, a frequência estimada das colisões entre as partículas teria valores compatíveis com modelos teóricos. Ele afirma que outros fenômenos astrofísicos conhecidos, como pulsares ou nuvens de gás muito energizadas, não explicam facilmente esse padrão. “Se essa interpretação estiver correta, seria a primeira vez que conseguimos ‘ver’ a matéria escura”, disse o pesquisador em um comunicado. “Isso também indicaria que estamos diante de uma nova partícula ainda não incluída no modelo padrão da física.” Apesar do entusiasmo, Totani reconhece que os resultados precisam ser verificados por outros grupos de pesquisa. Uma das formas de testar essa hipótese é procurar o mesmo tipo de sinal em galáxias anãs próximas, que também são ricas em matéria escura, mas têm menos fontes de radiação que podem confundir os dados. Colagem mostra seis colisões de aglomerados de galáxias acompanhadas por mapas de matéria escura, usados para estudar como essa matéria se comporta durante os impactos. Wikimedia/Domínio Público O telescópio Fermi, lançado em 2008, já observou dezenas dessas galáxias, mas a quantidade de fótons ainda é pequena para análises conclusivas. Totani afirma que, com o acúmulo de mais anos de operação, será possível repetir o teste em outros alvos e verificar se o padrão energético se repete — etapa essencial para validar a hipótese de matéria escura. Caso seja confirmado, o achado abriria caminho para uma nova fase da cosmologia e da física de partículas, já que a natureza da matéria escura permanece um dos maiores mistérios científicos do último século. Até agora, ela só podia ser percebida indiretamente, a partir de efeitos gravitacionais em estrelas, galáxias e aglomerados. LEIA TAMBÉM: Astronauta da Nasa flagra fenômeno luminoso raro durante tempestade vista do espaço; entenda Em fenômeno inédito, cientistas descobrem planeta que acelera sua própria destruição; entenda O teste de DNA em osso que pode reescrever a história do Egito antigo Fotógrafo do RS faz imagem incrível de cometa 'mais brilhante do ano'

  7. Martins e Josyara lançam em 5 de dezembro single com as músicas 'Deu match', Flanando' e 'Sabor colorido' José de Holanda ♫ NOTÍCIA ♬ A reunião dos cantores Martins e Josyara no show Deu match – apresentado em cinco capitais do Brasil de março a outubro – vai reverberar em 2026. Os artistas lançarão no próximo ano o álbum Deu match ao vivo, com a gravação do show captado em outubro na passagem da turnê por São Paulo (SP). Antes, contudo, Martins e Josyara apresentam em 5 de dezembro single com três músicas do roteiro, gravadas e mixadas pelo engenheiro de som Matheus Gomes no estúdio Tambor, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), com produção musical orquestrada pelos artistas com Rafael Ramos. As três músicas são Flanando (composta por Josyara com Martins para celebrar a parceria no show), Sabor colorido – composição de Geraldo Azevedo, apresentada pelo autor há 41 anos no álbum Tempo tempero (1984) – e a música-título do show, Deu match, de autoria somente de Martins. Além das vozes e dos violões de Josyara e Martins, as três músicas foram gravadas com teclados e/ou programações de Rodrigo Tavares. Sabor colorido também tem o tempero e o tempo dos músicos Alberto Continentino (baixo e baixo synth) e Kainã do Jêje (percussão e bateria). Pelas regras da indústria fonográfica mundial, por conter somente três músicas de duração convencional, Deu match é um single, mas tanto os artistas quanto a gravadora Deck caracterizam o produto como EP. “Esse EP é uma celebração de nossas referências e do nosso encontro”, conceitua Martins. Capa do single triplo 'Deu match', de Josyara e Martins José de Holanda com arte de Pedro Hansen

  8. 'Aqui não existe racismo e xenofobia', disse o delego da polícia à mãe de criança que teve dedos decepados em Portugal A mãe do menino de 10 anos, que teve dois dedos amputados por colegas em uma escola de Portugal, contou ao Fantástico que ao levar o caso para a polícia, ouviu do delegado: "não vou aceitar que você fale isso. [Aqui] não existe racismo nem xenofobia". Ela afirmou também que, por ter provas que o menino sofria agressão, acreditou que a polícia local iria prestar auxílio a instrui-lá sobre o que deveria ser feito. O que, segundo ela, não aconteceu — muito pelo contrário, o delegado bateu na mesa e questionou o ocorrido. Nívia Estevam, de 27 anos, a mãe do menino, denunciou o caso nas redes sociais e ganhou ampla repercussão. Veja mais abaixo a reportagem completa do Fantástico, exibida no último domingo (23). Ao g1, ela afirmou que a polícia disse ainda que o ocorrido se tratava de um acidente, conforme informado pela escola, e que deveria se contentar com essa versão. Ela contou ainda que buscou auxílio na segurança social, mas foi informada de que o atendimento poderia levar de cinco a seis meses. Ao Fantástico, a escola afirmou que "não prestará declarações à comunicação social sobre o caso referido. Todas as informações sobre o incidente serão divulgadas apenas através de comunicados institucionais, quando o inquérito interno estiver concluído". Por receio, ela decidiu deixar a casa onde morava, a cinco minutos da Escola Básica de Fonte Coberta, em Cinfães, no Distrito de Viseu — onde aconteceu o caso — e mudar-se para outra cidade, a aproximadamente uma hora dali. Nívia abre o coração sobre o filho que sofreu bullying Ouça os podcasts do Fantástico ISSO É FANTÁSTICO O podcast Isso É Fantástico está disponível no g1 e nos principais aplicativos de podcasts, trazendo grandes reportagens, investigações e histórias fascinantes em podcast com o selo de jornalismo do Fantástico: profundidade, contexto e informação. Siga, curta ou assine o Isso É Fantástico no seu tocador de podcasts favorito. Todo domingo tem um episódio novo.

  9. IA que 'revive' familiares mortos viraliza e acende debate sobre tecnologia do luto Um aplicativo que usa inteligência artificial para criar avatares de pessoas já falecidas tem gerado polêmica na internet. Chamado de 2Wai, o app permite recriar alguém virtualmente para interações ao vivo. Por enquanto, está disponível apenas nos Estados Unidos. Antes, é preciso gravar um vídeo da pessoa diretamente no app, que servirá para criar o avatar digital. O processo dura cerca de três minutos (entenda mais abaixo). Um vídeo que demonstra a tecnologia viralizou no X. Nele, uma mulher grávida aparece conversando com a própria mãe, que já morreu. A história avança e mostra a avó contando uma história para o bebê e, em seguida, a criança já crescida usando o app para interagir com ela. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Calum Worthy cofundador d 2Wai. Reprodução/X O vídeo da 2Wai, de quase dois minutos, foi publicado pelo cofundador da startup, Calum Worthy, e já ultrapassou 40 milhões de visualizações. Worthy, para quem não sabe, também é ator e ficou conhecido pela série "Austin & Ally", do Disney Channel, em que interpretou "Dez". O post logo recebeu uma enxurrada de comentários, a maioria críticos. "Essa é uma das coisas mais vis que já vi", escreveu uma pessoa. "Mais uma forma de as pessoas perderem completamente o contato com a realidade e evitarem o processo normal do luto", afirmou outra. 🤖 'Deathbots': testamos os robôs de IA que permitem 'conversar com os mortos' Como funciona o 2Wai? 2Wai cria "gêmeos digitais" de pessoas falecidas. Reprodução/2Wai O 2Wai é um aplicativo para criar "HoloAvatars", como a empresa chama os avatares, que não se limitam a pessoas já falecidas. A startup afirma que é possível gerar um "HoloAvatar" de "personagens", como um personal trainer, escritor, agente de viagem ou até astrólogo. Quando é de alguém que já faleceu, ele só pode ser criado se houver um vídeo gravado antes da morte — com a pessoa falando e se movimentando. A partir dessas imagens, a IA amplia o repertório do "gêmeo digital", que, segundo o 2Wai, consegue falar como a pessoa real, reconhecer o usuário e lembrar informações passadas. A empresa afirma que o app suporta mais de 40 idiomas, mas não diz se o português do Brasil está disponível. Por enquanto, o 2Wai está funcionando apenas para iPhone (iOS) nos EUA, mas chegará "em breve" a modelos Android. O serviço é totalmente gratuito atualmente, mas eles dizem que "assinaturas e compras dentro do app podem ser incluídas no futuro". Página do 2Wai na App Store. Reprodução/App Store Especialista ouvida pelo g1 alerta para o risco de dependência e para a "ilusão de realidade" ao usar IAs, especialmente durante o processo de luto. "A mesma tecnologia que oferece companhia pode gerar confusão entre o real e o simulado, criar dependência afetiva e, em alguns casos, amplificar a angústia", analisa Mariana Malvezzi, psicóloga e psicanalista da faculdade ESPM. 🔎 Grief tech: a técnica de replicar alguém que já morreu de forma digital com IA é conhecida como grief tech ("tecnologia do luto", em português). Plataformas desse tipo criam o que chamam de "clones digitais" ou "gêmeos digitais" que permitem conversar e interagir com versões virtuais de pessoas que já morreram. "Essa ilusão da IA pode minar a autonomia emocional, afastar o enlutado de rituais do luto e dificultar o movimento de simbolização, que é reconhecer a morte e, aos poucos, ressignificá-la", completa a especialista. Um em cada quatro brasileiros se imagina usando inteligência artificial para conversar com familiares já falecidos, aponta uma pesquisa da ESPM realizada neste mês para ao Dia de Finados. O levantamento ouviu 267 participantes que perderam entes queridos nos últimos dois anos. Tecnologia do tipo se espalha Inteligência Artificial já promete recursos para amenizar a dor de quem enfrenta o luto O uso de IA para "reviver" pessoas falecidas tem se tornado cada vez mais comum. Em maio, o g1 mostrou o caso de uma versão de inteligência artificial de uma vítima de homicídio que "marcou presença" em um julgamento no Arizona, nos EUA. A versão da vítima criada por IA disse ao atirador que lamentava que eles tivessem se encontrado no dia do crime, naquelas circunstâncias, e afirmou que, em outra vida, os dois poderiam ter sido amigos, segundo a agência Associated Press. Em outro caso polêmico, o jornalista Jim Acosta, ex-âncora da CNN norte-americana, "entrevistou" um avatar criado por IA de Joaquin Oliver, jovem de 17 anos morto no massacre em uma escola de Parkland, na Flórida, em 2018. O vídeo, publicado no YouTube, mostra Acosta ao lado da versão digital de Joaquin, recriada pelos pais a partir de uma foto antiga, com voz e movimentos gerados por IA. Data centers de IA podem consumir energia equivalente à de milhões de casas Criminosos podem usar suas fotos nas redes para aplicar golpes financeiros? Por que a nova IA do Google virou a queridinha dos vídeos bizarros e bobos no TikTok

  10. Papa Leão XIV diz que Jesus é único Salvador e impõe limites para veneração de Maria "Pronunciamos, declaramos e definimos como sendo um dogma revelado por Deus: que a Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, tendo completado o curso de sua vida terrena, foi assumida, de corpo e alma, na glória celeste", publicou o papa Pio XII (1876-1958) em 1º de novembro de 1950. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Foi a última vez que a Santa Sé proclamou um dogma: a assunção de Maria, portanto, integra a lista de 43 "verdades de fé", crenças oficializadas pela Igreja Católica como sendo "inquestionáveis" para os que seguem essa religião. A afirmação papal de 1950 foi feita por meio de um documento chamado constituição apostólica, categoria dentre as mais importantes dentro da máquina burocrática que rege os assuntos da fé católica. Assim, Pio XII buscou encerrar uma questão que desde os primeiros séculos era debatida por teólogos e controversa entre populares: qual teria sido o fim da mãe de Jesus, já que os textos bíblicos não se ocuparam de contar sobre seus últimos dias. A assunção de Maria integra a lista de 43 'verdades de fé', crenças oficializadas pela Igreja Católica como 'inquestionáveis' Pascal Pavani/AFP via Getty Images/BBC O entendimento religioso era o de que ela não poderia ter tido um fim comum aos demais humanos. "Para ser mãe de Deus, Maria não estava sujeita ao poder do pecado, portanto, não poderia também ficar sujeita ao poder da morte", explica à BBC News Brasil a cientista da religião Wilma Steagall De Tommaso, coordenadora do grupo de pesquisa A Palavra É Imagem: Arte Sacra Contemporânea, História e Religião, na Fundação São Paulo, e coautora do livro A Glorificação de Maria em Corpo e Alma. "Jesus foi gerado por Maria e, por isso, a carne do filho era a mesma carne da mãe. Se a carne do Filho, Jesus Cristo, não se corrompeu, a mãe também não deveria experimentar a corrupção da carne, sendo glorificada na alma e no corpo da mesma forma que Jesus", completa De Tommaso "Embora o dogma seja algo recente, estamos falando de uma crença antiga", diz à BBC News Brasil o teólogo Raylson Araujo, pesquisador na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). "O dogma veio de uma reflexão interna da Igreja." Mas, se o papa Pio XII buscava encerrar a questão, fato é que nem o dogma foi capaz de botar uma pedra sobre o assunto. Em outros meios cristãos, a ideia de Maria alçada de corpo e alma ao céu é vista como uma invenção; dentro da Igreja Católica, também não há consenso teológico se a mãe de Jesus morreu e, então, foi levada para junto de Deus ou se, chegado o momento, ela foi alçada aos céus sem precisar passar pela experiência da morte. Há ainda duas curiosidades — um tanto opostas em si — sobre a proclamação do último dogma. Por um lado, Pio 12 tomou o cuidado de, em um movimento um tanto democrático, consultar bispos de todo o mundo para saber se havia apoio popular para que a tradição da assunção de Maria se convertesse em uma verdade de fé. Em maio de 1946, o papa publicou uma encíclica na qual apresentou a questão ao episcopado, questionando como suas comunidades viam a proposta de um "dogma de fé" da "assunção corpórea da santíssima Virgem". Pio 12 citava que era importante saber a posição tanto do clero quanto dos fiéis. De acordo com informações do Vaticano, 1181 respostas foram recebidas, sendo a esmagadora maioria favorável — 1169 diziam concordar com a definição do novo dogma. Em artigo publicado sobre o tema, o cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, Orani João Tempesta afirmou que, por causa dessa consulta, a decisão papal veio para confirmar "a fé de toda a Igreja". No livro O Dogma da Imaculada Conceição, o bispo Pedro Carlos Cipolini escreveu que o que se fez foi "uma espécie de concílio por escrito". Já o frade, teólogo e professor Clodovis Boff afirmou que o que foi feito foi "uma democracia de verificação". Obra de Rubens, de 1616, retrata a assunção da Virgem Maria Domínio Público Por outro lado, a declaração do dogma da assunção de Maria foi o único episódio em que o papa claramente evocou um princípio formulado por outro dogma — e que soa como autoritário: a ideia da infalibilidade papal, instituída em 1870 por Pio IX (1792-1878). Afinal, na sua declaração ele enfatiza que o faz pela "própria autoridade". "Dogma de fé é tudo aquilo que o magistério da Igreja, de modo ordinário e costumeiro, proclama como verdade revelada por Deus e que os católicos aceitam na profissão de fé ou no credo", define a cientista da religião De Tommaso. A especialista explica que a palavra tem origem grega e significa "uma obediência de fé". A construção teológica Ao longo dos séculos de cristianismo, a Igreja Católica sedimentou as poucas informações dos textos bíblicos sobre Maria, mesclou-as com tradições populares e, pouco a pouco, foi consolidando uma biografia da mãe de Jesus calcada em doutrina, fé e dogmas. Destas verdades consideradas inquestionáveis, são quatro os pilares que ajudam a compreender o status de Maria dentro do catolicismo: a ideia de que ela é a Mãe de Deus, por ter gerado Jesus; a narrativa de que ela também foi concebida "sem a mancha do pecado original", ou seja, de forma milagrosa; sua virgindade perpétua; e, por fim, a assunção. Mas se a história da assunção só foi oficialmente sacramentada há 75 anos, essa versão sobre o destino de Maria circula desde os primeiros séculos do cristianismo. Em 377, o bispo Epifânio de Salamina (c. 320-403) afirmou que ninguém sabia se Maria havia morrido ou não. Desde essa época, textos apócrifos relatando Maria sendo levada ao céu já circulavam. São possivelmente do século IV o texto chamado O Livro do Repouso de Maria e também os relatos das Narrativas da Dormição dos Seis Livros. "O que se percebe, historicamente, é uma construção visando a justificar a importância teológica de uma mulher tão especial para ter sido escolhida para gerar Jesus", afirma à BBC News Brasil o historiador e teólogo Gerson Leite de Moraes, professor na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Nos séculos seguintes, espalharam-se diversas versões, muito possivelmente baseadas nessas, de que a mãe de Jesus não havia morrido — e, sim, levada diretamente ao Reino de Deus. Obra da Imaculada Virgem Maria, no céu, feita por Barbolomé Esteban Murillo em 1678 Domínio Público Algumas narrativas diziam que anjos a vieram buscar. Outras, que o próprio Jesus encarregou-se disso. O historiador e bispo Gregório de Tours (538-594) debruçou-se sobre o assunto, buscando explicações teológicas para o que ele chamou de "assunção corpórea" de Maria. De Tommaso ressalta que as dimensões da vida de Maria estiveram em ampla discussão durante "toda a Patrística", o período filosófico cristão do século 1º ao século 8º. "Percebe-se essa realidade nos primeiros escritos da literatura cristã antiga", exemplifica. Ela lembra que Aristides de Atenas, intelectual que viveu no século 2º, defendia o cristianismo como religião ressaltando que Jesus seria o "Filho de Deus […] que nasceu de uma virgem santa, sem germe de corrupção". Há registros que por volta do ano 600 já havia celebração em memória desse episódio da assunção. Os papas Sergio I (650-701) e Leão VI (880-929) reconheceram e aceitaram esse costume, que se arraigava. Teólogos católicos passaram a oscilar entre aceitar e defender a doutrina — ou, pelo menos, tolerar. E o assunto acabou aparecendo em textos de Boaventura (1217-1274), Tomás de Aquino (1225-1274), Afonso de Ligório (1696-1787) e muitos outros. O papa Bento XIV (1675-1758) declarou que a ideia da assunção de Maria era "uma opinião piedosa e provável". Convenientemente, a data da comemoração foi trazida para o 15 de agosto, data que desde o ano 18 a.C., por imposição do imperador Augusto (63.a.C - 14 d.C.) era o grande feriado festivo de Roma Antiga. Segundo Moraes, em 1925, o papa Pio XI (1857-1939) recebeu de um grupo de religiosos eslavos "uma petição" que buscava inserir a crença na assunção de Maria no rol dos dogmas católicos. "Havia a expectativa que isso ocorresse ainda naquele ano", conta. Quando o dogma foi proclamado, há 75 anos, a tradição já era tão forte que a afirmação estava "naturalizada" dentro da Igreja, argumenta o teólogo. Ele reconhece que esse papel importante de Maria dentro do catolicismo funcionou muito bem porque "é um rosto feminino" que dá o toque materno à religião. "A Igreja Católica passou a extrair os relatos a respeito de Maria a partir de tudo o que era construído pela própria Igreja, pelas opiniões dos teólogos, pelos documentos papais e também pelas lendas transmitidas, pela tradição, pelos milagres atribuídos a Maria", enumera. "Soa como se sempre tivesse existido e se apaga, principalmente aos fiéis, a história do dogma", comenta. "Esse dogma é o último estágio da exaltação a Maria. Coloca a assunção de seu corpo ao céu sem que este tivesse experimentado qualquer tipo de corrupção, uma visão piedosa largamente sustentada pela comunhão romana", analisa Moraes. Dormição De Tommaso lembra que os evangelhos e outros textos bíblicos "silenciam sobre a morte" de Maria. E isto fez com que a explicação precisasse deixar de ser histórica e ser dogmática, segundo ela. A cientista da religião cita entendimento teológico de Joseph Ratzinger (1927-2022), que depois seria o papa Bento XVI, para definir a assunção de Maria como "afirmação teológica" e não "histórica". Nunca houve consenso, contudo, sobre como teria se dado essa assunção, se com a mãe de Jesus ainda viva ou imediatamente após a morte. Em geral, os de tradição oriental, os ortodoxos, tendem a entender que Maria teve morte natural, sua alma foi recebida por Jesus e seu corpo foi ressuscitado e levado aos céus — no que seria uma antecipação privilegiada daquilo que ocorreria com todos os humanos para o julgamento final. É o que eles costumam chamar de dormição de Maria, episódio celebrado também no 15 de agosto. A Morte da Virgem, obra de 1606, de Caravaggio Domínio Público Entre os católicos de tradição ocidental, contudo, prevalece o entendimento de que Maria foi levada ao céu, de corpo e alma, antes de morrer. Na definição do dogma, o papa se furtou a definir isso. "No texto em que proclama o dogma, o papa fala em 'terminado o curso de sua vida terrena'. Virou um grande 'morreu ou não morreu'", pontua Araujo. "É fato que um dogma não pode ser anulado, negado, mas ele pode ser revisitado e passar por reinterpretações. E escolas teológicas entendem o dogma da assunção porque ele nos comunica o que o Senhor nos espera no dia final. Em Maria há a antecipação disso e, preservada do pecado original, ela não precisa ter seu corpo corrompido. […] Essa é a interpretação, para além de pensar Maria sendo levada por anjos." "A discussão teológica é essa. Claro que, no popular, essa conversa geralmente é tratada de maneira mais convencional: alguns vão dizer que ela morreu e depois foi levada por anjos; outros, que ela era vista pelos discípulos quando subiu aos céus", diz ele. "O detalhe, para o fiel, pode não fazer diferença. Afinal, ele vê na assunção a esperança de vida eterna para todos e ponto. Para os teólogos, contudo, isso é importante", diz Moraes. O que está claro no entendimento católico é a diferença entre a subida de Jesus aos céus e a subida de Maria. Conforme explica De Tommaso, é por isso que se diz "ascensão", no caso de Jesus — este teria subido por sua própria conta. De Maria, o termo é "assunção", porque "ela é levada". "Por isso a Igreja no primeiro milênio representava a dormição em imagens em que Maria está deitada. Em torno dela estão os apóstolos. E sua alma, como criança envolta em um pano, está no colo do filho que desceu em glória rodeado por anjos para buscar a mãe", descreve De Tommaso. Protestantes Os cristãos protestantes têm mais divergências com os católicos sobre as questões envolvendo Maria. O ponto de partida dessa impossibilidade de conciliação é a premissa de que, para esses segmentos cristãos, tudo precisa ser embasado pela Bíblia. "No universo protestante a autoridade última é concedida às escrituras sagradas, enquanto na Igreja Católica Romana esta detém a autoridade última. Os dogmas, neste sentido, são ou pronunciamentos do próprio papa, quando fala da cátedra de Pedro, ou quando há uma manifestação do papa juntamente com o colégio de bispos, num concílio ecumênico", contextualiza à BBC News Brasil o teólogo e pastor luterano Valdir Steuernagel, autor do livro Um Olhar Sobre Maria, Serva do Senhor. "No caso do dogma sobre Maria se pode perceber que há vários dogmas que se referem a ela e que foram sendo desenvolvidos no decorrer dos séculos", observa ele. Steuernagel também acredita que no Brasil, por conta da formação católica da nação construída pela colonização portuguesa, historicamente foi consolidada uma visão dos protestantes como "oposição", de "contraditório". "Estabeleceu-se assim [o cristianismo não católico] com uma postura e linguagem fortemente crítica a esse catolicismo e, como tal, acabou relegando o papel de Maria a uma 'escondida' personagem em nosso alfabeto bíblico", reconhece ele, lembrando que os evangélicos costumam considerar os católicos "mariólatras". Para o pastor, essa leitura está mudando. "A minha percepção é de que quanto mais vamos nos encontrando num Brasil menos católico e mais evangélico, tanto mais liberdade a tradição evangélica, à qual pertenço, terá para mergulhar nas Escrituras e então perceber o papel dessa Maria que se qualifica como serva do Senhor e de quem tanto se pode aprender e que tanto nos ajuda a moldar o seguimento a Jesus", avalia ele. O teólogo Moraes vê esse papel de Maria, embasado por dogmas dentro do catolicismo, como se ela fosse vista como um meio-termo entre um santo e o próprio Deus. "Ela tem um local de destaque incomum, acima de um santo normal. É vinculada diretamente com a Santíssima Trindade, alguém que não é inserida diretamente na Trindade [o entendimento de Deus como Pai, Filho e Espírito Santo], mas alguém que orbita essa Trindade de maneira especial, afinal porque é mãe de Deus", analisa ele. O professor acredita que aí esteja o ponto de difícil entendimento entre protestantes e católicos. Ícone do século 13 representa a dormição de Maria Domínio Público "Os protestantes reconhecem o valor da Maria histórica, mãe de Jesus, mulher escolhida para trazer ao mundo o Messias. Mas aí dar a ela um grau de adoração, uma função que a Bíblia não atribui, isso já é ir longe demais", compara. "A 'mariolatria' dos católicos é algo que sempre incomodou os protestantes", diz Moraes. O teólogo Araujo discorda dessa visão protestante. "Definitivamente, Maria não pleiteia ser a quarta pessoa da Santíssima Trindade. Definitivamente", diz o teólogo. "A Igreja leva isso muito a sério." Ele comenta que há uma cobrança do Vaticano para que a devoção mariana seja feita "com os pés no chão". Segundo ele, o que ocorre é chamado de hiperdulia, que seria uma veneração especial a Mãe de Jesus. Dulia, que vem do termo grego para o verbo honrar, é a denominação teológica para a devoção que os católicos nutrem pelos santos.

  11. 'Aliados dizem que Bolsonaro deu presente de Natal antecipado a Moraes'; veja análise O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros cinco réus da trama golpista vão passar por audiência de custódia nesta quarta-feira (26). Além disso, o Supremo Tribunal Federal (STF) deve concluir a análise da decisão individual do ministro Alexandre de Moraes, que rejeitou recursos e determinou o início do cumprimento da pena do grupo. Entenda o que está previsto: ▶️ A Primeira Turma do STF vai concluir, nesta quarta-feira (26), o julgamento virtual da decisão do ministro Alexandre de Moraes, que determinou a execução das punições do réu do "núcleo crucial" da trama golpista". ▶️ os condenados, que foram presos nesta terça-feira (25), vão passar por audiências de custódia realizadas pelo Supremo. Os procedimentos, por videoconferência, acontecem ao longo da tarde. Julgamento virtual A decisão de Moraes, que rejeitou recursos das defesas e determinou o encerramento do processo, está sob análise virtual da Primeira Turma. O julgamento começou na terça-feira (25), às 19h. O plenário virtual fica aberto até as 19h desta quarta. O relator, ministro Alexandre de Moraes, votou para manter as determinações. Além das prisões, o relator mandou: comunicar a decisão ao Tribunal Superior Eleitoral, para a aplicação da inelegibilidade ao grupo. comunicar a decisão ao Ministério Público Militar e ao Superior Tribunal Militar para o procedimento de perda de posto e patente. comunicar à Procuradoria-Geral da República, para o cumprimento da pena de multa. O ministro Flávio Dino acompanhou o voto de Moraes. O ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão Pablo Porciuncula/AFP Audiência de custódia Os condenados presos vão passar por audiências de custódia, nos locais onde estão detidos. O cronograma é o seguinte: Almir Garnier (Brasília) Horário: 13h Local: Estação Rádio da Marinha em Brasília Anderson Torres (Brasília) Horário: 13h30 Local: 19º Batalhão de Polícia Militar, no Complexo Penitenciário da Papuda Augusto Heleno (Brasília) Horário: 14h Local: Comando Militar do Planalto Jair Bolsonaro (Brasília) Horário: 14h30 Local: Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal Paulo Sérgio Nogueira (Brasília) Horário: 15h Local: Comando Militar do Planalto Braga Netto (RJ) Horário: 15h30 Local: 1ª Divisão do Exército, Vila Militar, Rio de Janeiro 🔎 A audiência de custódia é um rito previsto na lei penal que analisa as circunstâncias da prisão. A ideia é verificar se houve algum abuso por parte das autoridades. Além dos réus, participam as defesas e o Ministério Público. Moraes pode participar pessoalmente ou determinar que juízes do seu gabinete realizem a tarefa. Prisões e encerramento do processo A decisão do ministro Alexandre de Moraes encerrou o processo penal que trata das ações do "núcleo crucial" da trama golpista. Eles são acusados de participar de uma organização criminosa que atuou pela ruptura democrática em 2022. A ação penal começou com a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) em fevereiro. Em março, transformou-se em ação penal, quando foi admitida pela Primeira Turma. Em setembro, o colegiado condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete réus. Deste grupo, Alexandre Ramagem está foragido e Mauro Cid cumpre pena de 2 anos em regime aberto desde o começo de novembro.

  12. Octavio Guedes: Ramagem leva para os EUA segredos de Estado do Brasil A permanência do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) nos Estados Unidos para fugir e ficar longe do alcance da justiça brasileira está preocupando oficiais de inteligência do Estado brasileiro, tanto civis quanto militares. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça 🔎 O deputado federal, condenado a 16 anos de prisão por tentativa de golpe, deixou o Brasil em setembro – mês em que a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) julgou o núcleo crucial da trama golpista. A decisão do STF determinou que ele não poderia deixar o país e que deveria entregar o passaporte, e o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão preventiva dele após pedido sigiloso da PF. ➡️ Nesta terça-feira (25), o STF determinou o cumprimento de pena de todos os condenados do núcleo crucial da trama golpista, considerou que Ramagem está foragido e determinou a perda de mandato do deputado. Segredos de Estado Ramagem dirigiu a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) entre 2019 e 2022, e como diretor-geral teve conhecimento de informações relevantes para a soberania geral. Ele participou da Operação Paraguai por haver suspeitas de que o governo de Donald Trump estivesse por trás de uma campanha movida por ONGs para que o país vizinho parasse de vender energia excedente da hidrelétrica Itaipu para o Brasil. O próprio secretário Marco Rubio manifestou publicamente o interesse dos EUA na energia de Itaipu para alimentar datas centers americanos de inteligência artificial. Deputado Delegado Ramagem (PL - RJ) Bruno Spada / Câmara dos Deputados Ao blog um oficial de inteligência explicou o risco: “Como diretor da Abin, ele teve acesso liberado a todas investigações e informações. Quem vai negar uma informação para o DG, ainda mais que não entende os protocolos de compartimento das informações, já que veio de outra instituição, a Polícia Federal”, disse. Ramagem pode ter em seu poder a identidade de fontes humanas da Abin que estão em outros países, informações de serviços de inteligência de outros países que colaboram com o Brasil, além de documentos classificados, de acesso restrito. Um militar da área de inteligência lembra que ao deixar a Abin, levou consigo um notebook da agência. ”Quem garante que não levou também informações ou cópias de documentos sensíveis?”, afirma essa fonte.

  13. Governo de SP vai contratar professores e ampliar programa de reforço escolar O governo de São Paulo vai ampliar o programa de reforço em português e matemática da Secretaria da Educação a partir do ano que vem. A iniciativa, que já funciona em 200 escolas, vai chegar a 2.800 unidades da rede estadual. Com a ampliação, será necessário contratar até 5 mil professores. Eles receberão o valor integral da hora trabalhada e poderão ministrar até 26 aulas semanais. As contratações ocorrerão por meio do Banco de Talentos da Secretaria da Educação. Inicialmente, terão prioridade os docentes com formação em alfabetização e letramento. Se as vagas não forem preenchidas, a seleção será aberta também a professores de língua portuguesa e matemática. Após a inscrição, os candidatos participarão de entrevistas nas próprias unidades de ensino. Professores interessados podem se candidatar até sexta-feira (28) no portal. Para fazer parte do programa, a seleção dos alunos é feita a partir de uma avaliação diagnóstica. “Nós fazemos a triagem, identificamos quem tem defasagens e entramos em contato com a família, mostramos a situação e oferecemos o reforço. É um ganho para recompor o que o aluno perdeu”, explica Marcos Neves dos Santos, diretor de uma escola. Para garantir o acompanhamento próximo, as turmas são pequenas, com limite de 15 alunos. “Todos começam no mesmo nível, mas cada um tem seu tempo. Eles avançam conforme o ritmo individual”, explica a professora Lucilene Silva Campos. O governo estadual decidiu expandir o reforço após identificar, em avaliações internas e externas, que muitas escolas apresentaram desempenho abaixo do esperado em português e matemática. Professora de reforço escolar. Reprodução/ TV Globo

  14. Pela primeira vez na história do Brasil, militares são presos por golpe O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e cinco réus começaram a cumprir as penas de prisão aplicadas pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) pela tentativa de golpe de Estado em 2022 na terça-feira (25). Como as condenações são superiores a oito anos, o grupo iniciou a execução da pena em regime fechado. Mas existem mecanismos que permitem que os condenados cumpram apenas parte da pena em regime fechado. A lei garante a progressão do regime, possibilidade do preso passar de um regime mais severo para um mais brando, se preencher os requisitos da lei. Além disso, o trabalho, estudos e tempo de prisão provisória permitem o desconto na pena. Veja o que pode ocorrer ao longo da execução da punição. Progressão de regime A progressão de regime é um direito previsto em lei que permite ao preso cumprir a pena em condições menos rigorosas. Na prática, significa passar do regime fechado para o semiaberto ou do semiaberto para o aberto. Para isso, é preciso atender a dois critérios: cumprir uma parte mínima da pena (requisito objetivo); e manter bom comportamento dentro do presídio (requisito subjetivo). A decisão sobre a concessão do benefício será do relator, ministro Alexandre de Moraes. O Pacote Anticrime – assinado por Jair Bolsonaro quando era presidente – tornou mais rígida a progressão de regime, estabelecendo percentuais mínimos a serem cumpridos pelos presos antes de passar para o regime semiaberto ou aberto. Eles variam de 16% a 70% – aumentam se houver violência ou grave ameaça, se for crime hediondo, se houver resultado morte, se o réu é primário ou reincidente. Jair Bolsonaro em prisão domiciliar em Brasília antes de ser preso após tentar rompar a tornozeleira eletrônica Sergio Lima / AFP Prisão domiciliar A prisão domiciliar é uma alternativa prevista em lei que permite ao condenado cumprir a pena em casa, sem poder sair sem autorização judicial. Essa modalidade é concedida em situações específicas, como para pessoas com mais de 80 anos ou para quem está extremamente debilitado por doença grave, entre outros casos previstos na legislação. Redução do tempo da pena por trabalho e estudo Presos podem reduzir o tempo de cumprimento da pena por meio de trabalho ou estudo, conforme prevê a Lei de Execução Penal. No caso do trabalho, a cada três dias trabalhados, o condenado tem direito a descontar um dia da pena. O mesmo vale para quem estuda. Para cada 12 horas de frequência escolar, distribuídas em pelo menos três dias, é possível diminuir um dia da condenação. Essa regra abrange cursos regulares de ensino fundamental, médio, superior e também programas de educação profissional. Desconto da pena Condenados também têm o direito à chamada detração penal, uma espécie de "desconto" da sua pena final de todo o tempo em que ele ficou preso provisoriamente antes da sentença definitiva, o que inclui o tempo passado em prisões provisórias, por exemplo. Liberdade condicional A liberdade condicional é um benefício previsto na legislação penal brasileira que permite ao condenado cumprir o restante de sua pena fora do sistema prisional, sob determinadas condições e supervisão judicial. Para obtê-la, é necessário que o preso tenha cumprido parte da pena, apresente bom comportamento carcerário e demonstre aptidão para o convívio social. O benefício não é automático: depende de decisão da Justiça com parecer do Ministério Público. Cabe ao magistrado que acompanha a execução da pena - no caso, o ministro Alexandre de Moraes - decidir sobre a aplicação dos mecanismos aos casos de cada um dos réus.

  15. g1 em 1 Minuto: IR: calculadoras mostram quanto você deixará de pagar e o que muda O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sanciona nesta quarta-feira (26) o projeto que isenta do Imposto de Renda (IR) quem ganha até R$ 5 mil de salário por mês. A ampliação da faixa de isenção já deverá valer a partir de janeiro de 2026. Lula irá sancionar o texto em cerimônia no Palácio do Planalto, prevista para 10h30, com a presença de deputados e senadores. A proposta foi apresentada pelo governo em março deste ano e foi aprovada no início de novembro pelo Senado Federal, por unanimidade. O projeto também cria um desconto no IR para os contribuintes que ganham entre R$ 5 mil e R$ 7.350 mensais (entenda mais abaixo). Segundo o Palácio do Planalto, cerca de 15 milhões de brasileiros vão deixar de pagar imposto de renda com a nova lei. Para compensar as reduções no imposto, o texto prevê uma tributação mínima para pessoas com alta renda, criando uma alíquota progressiva de até 10% aos que recebem mais de R$ 600 mil por ano. Essa nova tributação recai sobre lucros e dividendos, que hoje são isentos do Imposto de Renda. Já quem tem apenas o salário como fonte de renda não será afetado, pois continua sujeito à tabela progressiva do IR, com retenção em folha de até 27,5%. Como vai funcionar A proposta não altera a atual tabela progressiva do Imposto de Renda. O texto apenas amplia um mecanismo que concede descontos a fim de zerar a tributação para quem recebe até R$ 5 mil por mês. Os contribuintes que recebem entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350 mensais não serão isentos. O projeto prevê, porém, que estes terão direito a um desconto no IR. A redução para esses casos será progressiva. Ou seja, quanto maior o rendimento, menor a redução. Pela proposta, não haverá mudança na regra atual de tributação de renda para as pessoas que têm rendimentos acima de R$ 7.350. O modelo atual de cobrança do IR é feito em faixa com uma alíquota progressiva, que vai de 7,5% a 27,5%. Lula no G20 na África do Sul em 23 de novembro de 2025 Esa Alexander/Reuters Tributação sobre alta renda As perdas de arrecadação com a nova isenção serão compensadas, segundo o projeto, com uma tributação mínima de até 10% para pessoas que têm rendimentos anuais superiores a R$ 600 mil. 🔍 Lembrando que isso vale só para lucros e dividendos. Quem tem apenas o salário como fonte de renda não será afetado, pois continua sujeito à tabela progressiva do IR, com retenção em folha de até 27,5%. O valor mínimo será exigido se o imposto total pago pelo contribuinte for inferior ao piso de tributação. Por exemplo, se a pessoa já recolheu 2,5%, o imposto que será cobrado será igual aos outros 7,5%. Se, após os cálculos, o resultado for negativo ou igual a zero, nada mais será devido. A alíquota de tributação será progressiva e poderá chegar a 10% para os rendimentos que vão até R$ 1,2 milhão por ano. Acima disso, a cobrança será de 10%. O texto permite que os contribuintes de alta renda abatam valores já pagos ao longo do ano a título de Imposto sobre a Renda. Também prevê que alguns rendimentos, como os obtidos por LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), poderão ser excluídos da base de cálculo do imposto. O patamar mínimo de tributação, segundo o relator e o Ministério da Fazenda, vai corrigir distorções tributárias. Atualmente, pessoas de alta renda recolhem, em média, uma alíquota efetiva de 2,5% de IR sobre seus rendimentos totais — muito abaixo da média paga por trabalhadores. Após ter sinalizado alteração, Renan Calheiros manteve no texto um dispositivo que assegura que lucros e dividendos apurados em 2025 e distribuídos até 2028 fiquem livres de imposto. As regras vão mudar para os lucros e dividendos apurados e distribuídos a partir de 2026. Neste caso, os rendimentos que superarem R$ 50 mil mensais passarão a ter IR retido na fonte, com uma alíquota de 10%. Lucros e dividendos remetidos ao exterior também terão cobrança de IR na fonte, com uma alíquota de 10%. Custos e compensação Durante a passagem da proposta na Câmara, Arthur Lira afirmou que, com base em dados da Receita Federal, a ampliação da isenção do IR custará R$ 31,2 bilhões em 2026. No próximo ano, segundo o cálculo apresentado por Lira, o governo vai arrecadar: R$ 15,2 bilhões com o imposto mínimo para pessoas de alta renda; e R$ 8,9 bilhões com a tributação de dividendos enviados ao exterior. Renan Calheiros avaliou que os valores podem não ser suficientes para compensar a perda de arrecadação de estados e municípios com as mudanças no IR. Ele defende a análise de um projeto que dobra a tributação das casas de apostas online, as bets, para ressarci-los entre 2026 e 2028. Senadores que discutiram o projeto do IR na CAE defenderam que, além disso, também precisa ser discutida uma atualização da tabela progressiva do tributo. Oriovisto Guimarães (PSDB-PR), por exemplo, afirmou que, sem um reajuste anual ou periódico, a nova faixa de isenção poderá ficar defasada rapidamente.

  16. Anderson Torres durante segundo dia de interrogatórios no núcleo crucial da trama golpista na Primeira Turma do STF Evaristo Sá/AFP Dos oito réus condenados em definitivo pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como integrantes do núcleo crucial da trama golpista, apenas um vai começar a cumprir a pena no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília: o ex-ministro Anderson Torres. Torres foi ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Jair Bolsonaro – e, em janeiro de 2023, assumiu a Secretaria de Segurança do DF dias antes dos atos golpistas de 8 de janeiro. Como chefiou forças de segurança ao assumir esses cargos, Torres tem direito a uma cela especial, como as chamadas "salas de Estado-Maior". Relator do inquérito, o ministro Alexandre de Moraes determinou que ele comece a cumprir os 24 anos de prisão em uma dessas salas no 19º Batalhão da Polícia Militar do DF – a "Papudinha", prédio militar que fica ao lado dos blocos principais da Papuda. STF condena Anderson Torres a 24 anos por cinco crimes 🔎 Nas últimas semanas, havia rumores de que o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro poderia cumprir pena na Papudinha. 🔎 Moraes, no entanto, decidiu mantê-lo na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde já cumpria prisão preventiva após tentar violar a tornozeleira eletrônica. Confira, abaixo, detalhes de como funciona a vida na Papudinha. 19º Batalhão da Polícia Militar, conhecido como 'Papudinha', no DF Google Maps/Reprodução A estrutura O Núcleo de Custódia da Polícia Militar (NCPM) é destinado a: Militares estaduais que ainda mantêm vínculo com a corporação. Presos militares aguardando eventual condenação que possa resultar na perda do cargo. Civis com direito à Sala de Estado-Maior, conforme previsto em lei (ex.: advogados regularmente inscritos na OAB e autoridades) – é o caso de Torres. O edifício fica a poucos metros das unidades da Papuda para presos comuns, no Jardim Botânico, e tem capacidade para 60 presos. Até o começo de novembro, 52 pessoas cumpriam pena no 19º BPM. O batalhão tem oito alojamentos coletivos, compostos por banheiro com box, chuveiro, cozinha, lavanderia, quarto e sala. Torres, no entanto, ficará em uma cela individual. Segundo a Polícia Militar, todas essas instalações foram reformadas em 2020. As celas "são ventiladas e passam por higienização diária", segundo a corporação. Todos os presos podem receber itens de higiene, limpeza, enxoval e roupas definidos pela administração penitenciária, de forma igual para todos. Também é permitido acesso a televisores e ventiladores, de acordo com o regramento da unidade prisional. Visitas, leitura e pista de caminhada Segundo a Polícia Militar do DF, responsável pelo prédio, o 19º Batalhão oferece "condições adequadas, seguras e humanizadas de custódia, em conformidade com a Lei de Execução Penal e demais normas vigentes". Há, por exemplo, uma área de esportes e uma pista de caminhada exclusiva para os internos. Os detentos têm direito a visitas duas vezes por semana – o calendário é o mesmo para todos os presos na Papudinha e divulgado com antecedência. "A visita íntima segue as regras da execução penal", completa a PM. Ainda de acordo com a Polícia Militar: há atendimento médico periódico, "com consultório próprio e monitoramento contínuo da saúde"; o cardápio de quem está na Sala de Estado-Maior, como Anderson Torres, é "diferenciado" em relação aos dos demais detentos; é possível usar a leitura e o trabalho para abater tempo de cumprimento da pena; a Capelania da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros atua diariamente no espaço, "oferecendo apoio espiritual e orientação"; "O tratamento é humanizado e preserva a integridade física, moral e psicológica dos internos, com observância rigorosa dos direitos fundamentais", diz a PM. Infográfico - Mapa mostra localização da Papudinha, no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Arte/g1 A condenação de Torres Por 4 votos a 1, a Primeira Turma do STF concluiu que Torres participou da organização que tentou impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e promover uma ruptura democrática entre o fim de 2022 e o início de 2023. Segundo a PF, Anderson Torres atuava em dois "núcleos" que articulavam a tentativa de golpe: Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral: responsável pela podução, divulgação e amplificação de notícias falsas quanto à lisura (honestidade) das eleições presenciais de 2022. Núcleo Jurídico: responsável pela elaboração de documentos e minutas com a finalidade jurídica de e doutrinária de causar a ruptura insitucional do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Núcleo de desinformação Segundo o documento, Anderson Torres participou de um grupo que criou, desenvolveu e disseminou notícias falsas da existência de vulnerabilidade e fraude no sistema eletrônico do país. Os ataques se iniciaram em 2019. O grupo agia divulgando, em alto volume, por multicanais, de forma rápida, contínua e repetitiva a ideia de que tanto nas eleições de 2018 quanto nas eleições de 2022 foram identificadas diversas vulnerabilidades nas urnas eletrônicas. Em 29 de julho de 2021, o ex-ministro participou de live com ex-presidente Jair Bolsonaro para apresentar "indícios" de fraudes e manipulações de votos nas eleições. Torres também participou de reuniões com a intenção golpista de disseminar notícias falsas sobre as urnas eletrônicas. Na reunião ministerial, de 5 de julho de 2022, o ex-ministro confirmou a narrativa de Bolsonaro e reiterou a necessidade dos presentes propagarem informações falsas sobre a veracidade do sistema eletrônico de votação. Núcleo jurídico Anderson Torres, segundo o relatório da Polícia Federal, fez parte do núcleo jurídico composto também por Filipe Martins, Jose Eduardo e Auauri Saad, que agiam com o intuito de planejar e executar o golpe de Estado. Em 10 de janeiro de 2023, foi apreendido pela PF na casa do ex-secretário da SSP-DF, Anderson Torres, uma minuta de um Decreto que determinava a decretação de um Estado de Defesa no âmbito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O documento permitia que o então presidente da república, Jair Bolsonaro, adotasse medidas temporárias para proteger a ordem pública e a paz social em atribuições que dizem respeito ao TSE, a medida é adotada em situações de crise no Estado. Em depoimento à CPMI que apurou os atos praticados no dia 8 de janeiro, Torres afirmou que nenhum integrante do governo Bolsonaro tinha conhecimento do documento. "Esse papel não foi para o lixo por mero descuido. Não sei quem entregou esse documento apócrifo e desconheço as circunstâncias em que foi produzido. Sequer cogitei encaminhar ou mostrar para alguém", afirmou o ex-ministro à época. Porém, mensagens de WhatsApp no celular que estava com Mauro Cid, apreendido pela PF, evidenciam a preocupação de Bolsonaro e do núcleo jurídico referente a apreensão do documento elaborado por Torres. A minuta foi apresentada, em 7 de dezembro de 2022, aos comandantes do Exército e da Marinha e ao ministro da Defesa no Palácio da Alvorada. Registros do local, apontam a presença do ex-ministro. O grupo também atuava em reuniões de planejamento e execução de medidas no sentido de manter as manifestações em frente aos quartéis militares, incluindo a mobilização, logística e financiamento de militares das forças especiais em Brasília. Quem é Anderson Torres? Anderson Torres é um jurista e político brasileiro, nascido em 6 de março de 1976, em Brasília. Ele é formado em Direito pela Universidade de Brasília (UnB) e possui especialização em Direito Constitucional. Confira os cargos ocupados: Delegado da Polícia Federal: Torres foi delegado da Polícia Federal de 2001 a 2019. Secretário de Justiça e Cidadania do Distrito Federal: Em 2019, assumiu essa função no governo de Ibaneis Rocha. Ministro da Justiça e Segurança Pública: De abril de 2020 a março de 2022, foi ministro da Justiça e Segurança Pública no governo de Jair Bolsonaro. Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal: Em 2023, retornou ao governo do Distrito Federal. Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.

  17. Influencer cearense é morto durante abordagem policial em Maracanaú, na Grande Fortaleza. Publicações bem-humoradas, imagens do dia a dia e vídeos "dando grau" com motocicletas. Esse era o tipo de conteúdo das redes sociais do influenciador cearense Ruan Carlos da Silva Morais, conhecido como "Cearense". Ele foi morto durante uma abordagem policial nesta terça-feira (25). Manobras como empinar com a motocicleta são consideradas infrações gravíssimas de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro. Ruan Carlos tinha 18 anos e era morador de Maracanaú, na região metropolitana de Fortaleza, onde foi morto, na Avenida Padre José Holanda do Vale, no bairro Cágado. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Ceará no WhatsApp No momento da abordagem, Ruan pilotava uma motocicleta com a namorada, que tem 16 anos, na garupa. O casal foi baleado, e o jovem, atingido no pescoço, perdeu o controle do veículo. A namorada foi atingida no ombro e socorrida. Ela foi levada a um hospital no Centro de Fortaleza, onde está sob escolta. LEIA TAMBÉM: Homem é preso por invadir clínica de estética e retirar mulher puxando pelos cabelos em Fortaleza Filha é presa no Ceará por se passar por membro de facção para expulsar a mãe de casa Ex-policial é condenado a prisão por invadir delegacia e matar jovem algemado no Ceará Entre os conteúdos publicados por "Cearense", os destaques eram vídeos dando "graus" em motocicletas — manobra em que o condutor levanta o pneu dianteiro do veículo. Em alguns vídeos, inclusive, a namorada aparecia na garupa da moto. Ruan, antes de morrer, possuía quase 300 mil seguidores no Instagram — o número cresceu após a morte — e 4 milhões de seguidores no Kwai. Polícia diz que casal era suspeito Em nota, a Polícia Militar informou que uma equipe foi acionada para verificar uma denúncia de ameaça feita por ocupantes de uma motocicleta contra profissionais de imprensa. Durante o patrulhamento, os agentes viram um casal em alta velocidade e deram ordem de parada, que não foi obedecida, começando uma perseguição. Segundo a PM, o condutor disparou contra os policiais durante o trajeto, e a equipe "respondeu à agressão para garantir a legítima defesa". A perseguição seguiu por diversas ruas até que, na avenida Padre José Holanda do Vale, a moto perdeu o controle ao colidir com o meio-fio, ocasionando a queda dos ocupantes. Nas imediações, a polícia localizou um revólver calibre .38 com munições deflagradas e intactas. A corporação afirmou ainda que o jovem possuía histórico de ato infracional análogo à direção perigosa e havia sido liberado recentemente. A motocicleta, a arma e demais materiais foram levados para a Delegacia Metropolitana de Maracanaú, onde os procedimentos relativos à ocorrência e ao ato infracional foram registrados. Influencer conhecido como "Cearense" morre durante abordagem policial na Grande Fortaleza. Redes sociais/Reprodução Assista aos vídeos mais vistos do Ceará

  18. g1 em 1 Minuto: IR: calculadoras mostram quanto você deixará de pagar e o que muda O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sanciona nesta quarta-feira (26), em evento no Palácio do Planalto, em Brasília, a lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês (R$ 60 mil ao ano). 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Além da isenção, o projeto aprovado neste mês pelo Congresso Nacional prevê um desconto progressivamente menor para quem ganha até R$ 7.350 mensais — clique aqui para calcular quanto você deixará de pagar. O texto também estabelece uma cobrança mínima para contribuintes de alta renda (entenda abaixo). Com a sanção do presidente, a medida passa a valer em 2026. Veja nesta reportagem as principais perguntas e respostas sobre o tema. O que está previsto no projeto? Quem será impactado? Quando a isenção passa a valer? Já impacta a declaração de 2026? Quanto os trabalhadores vão economizar por ano? A isenção vale para quem tem um salário líquido ou bruto de R$ 5 mil? Quem tem mais de uma fonte de renda pode ser beneficiado? Quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7.350 vai pagar menos imposto? Como o governo vai compensar essa perda de arrecadação? Os mais ricos vão realmente pagar mais imposto? Haverá alguma mudança no processo de declaração do IRPF? Sou CLT e ganho R$ 55 mil por mês. Vou ser mais taxado? 🧮 Calcule quanto você deixará de pagar e como fica a cobrança para a alta renda Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 1. O que está previsto no projeto? O projeto amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês e estabelece descontos para rendas de até R$ 7.350 mensais. Para compensar a perda de arrecadação, a proposta prevê a tributação da alta renda — quem ganha acima de R$ 600 mil por ano — com uma alíquota progressiva de até 10%. (entenda mais abaixo) O texto aprovado também isentou da alíquota mínima do IRPF pagamentos, créditos, entregas ou remessas de lucros, ou dividendos, de: governos estrangeiros, desde que haja reciprocidade de tratamento em relação aos rendimentos auferidos em seus países pelo governo brasileiro; fundos soberanos; entidades no exterior que tenham como principal atividade a administração de benefícios previdenciários, tais como aposentadorias e pensões, conforme definidas em regulamento. Além disso, a proposta trata da compensação de estados e municípios, oferece alívio tributário para profissionais que atuam em cartórios — como notários e registradores — e cria um mecanismo de compensação sobre lucros e dividendos. Volte ao início. 2. Quem será impactado? Segundo o economista Bruno Carazza, doutor em Direito Econômico pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e comentarista do Jornal da Globo, cerca de 15 milhões de contribuintes serão beneficiados com a nova medida — seja deixando de pagar ou recolhendo menos imposto. Carazza destaca também que um grupo estimado entre 140 mil e 150 mil pessoas — aquelas que recebem mais de R$ 50 mil por mês, ou R$ 600 mil por ano — passará a arcar com parte do custo da medida. Volte ao início. 3. Quando a isenção passa a valer? Já impacta a declaração de 2026? Após aprovação pelo Congresso Nacional, o texto ainda precisava da sanção do presidente para entrar em vigor. A assinatura de Lula já era considerada certa, por se tratar de uma promessa de campanha. Uma vez sancionada, a medida deve valer a partir de janeiro de 2026 — ou seja, impactará os rendimentos em 2026 e a declaração do Imposto de Renda feita em 2027. Volte ao início. 4. Quanto os trabalhadores vão economizar por ano? Como o g1 já mostrou, a nova isenção deve gerar ganhos mensais para os contribuintes que se encaixem nas novas regras. A expectativa é que os trabalhadores que recebem R$ 5 mil por mês (R$ 60 mil por ano) tenham ganhos de R$ 312,89 na renda mensal — valor que vai reduzindo gradativamente conforme a renda cresce. Veja a simulação por faixa salarial mais abaixo. Volte ao início. 5. A isenção vale para quem tem um salário líquido ou bruto de R$ 5 mil? A isenção vale para quem tem rendimentos mensais brutos de até R$ 5 mil. Volte ao início. 6. Quem tem mais de uma fonte de renda pode ser beneficiado? Sim, desde que a soma dos rendimentos tributáveis não ultrapasse os R$ 5 mil mensais para a isenção. Volte ao início. 7. Quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7.350 vai pagar menos imposto? Sim. O texto também estabelece um desconto progressivamente menor para quem ganha até R$ 7.350 por mês. Pela nova regra, são beneficiados por esse desconto os contribuintes com rendas a partir de R$ 5.001. Assim, quem recebe R$ 7 mil por mês, por exemplo, deverá ter ganhos de R$ 46,61 mensais e de R$ 605,87 no ano, considerando o décimo terceiro salário. Já os contribuintes que recebem acima dessa faixa não serão impactados pelas mudanças, pois a tabela progressiva do Imposto de Renda não foi alterada. Nada muda também para quem ganha até R$ 3.036 — parcela já isenta pela tabela em vigor. Veja abaixo uma tabela de simulações feita por Welinton Mota, da Confirp Contabilidade: Imposto de Renda: veja quanto você pode deixar de pagar se recebe até R$ 7.350 Arte/g1 Volte ao início. 8. Como o governo vai compensar essa perda de arrecadação? Segundo dados do governo federal, a expectativa é que a isenção do Imposto de Renda custe R$ 25,8 bilhões aos cofres públicos em 2026. Para compensar a perda de arrecadação, o governo propõe de aplicar uma alíquota progressiva de até 10% sobre rendimentos anuais superiores a R$ 600 mil. ENTENDA: cobrança mínima para alta renda começa em R$ 0,10 com nova regra A nova tributação recai sobre lucros e dividendos, que hoje são isentos do Imposto de Renda. Já quem tem apenas o salário como fonte de renda não será afetado, pois continua sujeito à tabela progressiva do IR, com retenção em folha de até 27,5%. O relator do projeto na Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira (PP-AL), também acrescentou um dispositivo que destina parte do dinheiro de arrecadação a estados e municípios. 🔎 De acordo com o parecer, mesmo com a ampliação da faixa de desconto parcial, haverá uma sobra de R$ 12,7 bilhões até 2027. Esse dinheiro será usado para compensar a redução da alíquota da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), instituída pela Reforma Tributária. Volte ao início. 9. Os mais ricos vão realmente pagar mais imposto? Sim. A expectativa é que pessoas físicas com renda anual superior a R$ 600 mil — o equivalente a mais de R$ 50 mil por mês — estejam sujeitas a uma tributação mínima de até 10%, aplicada apenas sobre o valor que exceder esse limite. Dessa forma, quem recebe um pouco acima do limite pagará uma alíquota reduzida, e o valor do imposto aumentará de forma gradual conforme a renda cresce. Veja alguns exemplos: Quem ganha R$ 600.001,00 paga cerca de R$ 0,10, com alíquota de 0,000017%; Uma renda um pouco maior, de R$ 600.010,00 ao ano, passa a ter alíquota de 0,000167%, gerando imposto de R$ 1,00; Quem recebe R$ 601 mil por ano terá alíquota de 0,0167%, equivalente a R$ 100,17 de imposto; Com R$ 602 mil anuais, a alíquota sobe para 0,0333%, resultando em R$ 200,67 de imposto mínimo; Para uma renda de R$ 605 mil, a alíquota mínima é de 0,0833%, correspondendo a R$ 504,17 de imposto; Quem recebe R$ 610 mil por ano terá alíquota de 0,1667%, com imposto mínimo de R$ 1.016,67; Com R$ 615 mil anuais, a alíquota chega a 0,25%, e o imposto mínimo será de R$ 1.537,50. Como o g1 já mostrou, a proposta busca corrigir uma distorção comum entre os contribuintes de maior renda. Muitos declaram um pró-labore baixo, sujeito a poucos impostos, enquanto a maior parte dos ganhos vem da distribuição de lucros, que é atualmente isenta. Volte ao início. 10. Haverá alguma mudança no processo de declaração do IRPF? Ainda não houve definição sobre alguma eventual mudança no processo de declaração do Imposto de Renda para pessoas físicas que entrem na nova faixa de isenção. A expectativa é que eventuais novas regras devem ser detalhadas pela Receita Federal após a sanção da lei. Volte ao início. 11. Sou CLT e ganho R$ 55 mil por mês. Vou ser mais taxado? Não. Quem é CLT tem o imposto retido na fonte, sujeito à tabela progressiva do IR, com desconto em folha de até 27,5%. Ou seja, nada muda. A nova regra atinge lucros e dividendos, mas não afeta salários, honorários, aluguéis ou outras rendas que já sejam tributadas na fonte. Volte ao início. 12. 🧮 Calcule quanto você deixará de pagar e como fica a cobrança para a alta renda Para entender o impacto real das mudanças, o g1 elaborou, com o apoio da Confirp Contabilidade, duas calculadoras que mostram: Calculadora da isenção: quanto você vai deixar de pagar de Imposto de Renda. Calculadora da alta renda: qual será a cobrança para ganhos anuais a partir de R$ 600 mil. Faça as simulações abaixo: Volte ao início. Notas, moeda, Real, dinheiro, notas de dinheiro Reprodução/Pixabay

  19. A modelo Olivia Yacé, que concorreu ao Miss Universo 2025 Lillian SUWANRUMPHA / AFP O presidente do concurso Miss Universo, Raul Rocha Canthu, disse que o passaporte das candidatas é um critério relevante na seleção da campeã. A declaração, que está sendo bastante criticada, foi feita nesta segunda-feira (24), em uma live. A fala aconteceu enquanto o empresário explicava a razão de Olivia Yacé, a Miss Costa do Marfim, não ter vencido o concurso. "Existem muitas coisas que são valorizadas. Podem checar no Google e procurar quantos países pedem visto a [pessoas da] Costa do Marfim. São 175 países", afirmou o presidente. "O trabalho da Miss Universo dura um ano, então, ela seria a Miss Universo que passa um ano inteiro dentro de um apartamento." A declaração de Canthu gerou polêmica porque nacionalidade das candidatas nunca foi citada oficialmente como um critério do concurso. Mexicana vence Miss Universo após sofrer insulto em concurso Renúncia A vitória do Miss Universo foi anunciada no dia 21 de novembro, coroando a mexicana Fátima Bosch. O anúncio da vencedora também gerou polêmica, já que o pai da modelo, Bernardo Bosch, tem uma parceria de negócios com a Legacy Group, empresa de Rocha. Nesta segunda (24), Olivia Yacé anunciou que está renunciando ao título e encerrando qualquer vínculo com o concurso. A miss também abriu mão do título de rainha continental da África e Oceania, devolvendo a faixa. Em nota, Olivia disse que sua saída tinha a ver com "se manter fiel aos seus valores de respeito, dignidade, excelência e oportunidades igualitárias". "É esse comprometimento para ser uma influência positiva que guia minha decisão hoje", escreveu. Além dela, a Miss Estônia, Brigitta Schaback, 28, comunicou no domingo (23) que deixará o Miss Universo Estônia por não concordar com a conduta de sua diretoria nacional. Miss Estônia e Miss Costa do Marfim abrem mão de títulos após edição polêmica Reprodução/Instagram Ela disse que seus princípios estão ligados ao empoderamento feminino e que seguirá atuando de forma independente. Brigitta já havia demonstrado incômodo após a entrevista preliminar, afirmando que enfrentou perguntas fora do escopo do concurso. Organizações nacionais da Costa do Marfim e da França também cobraram explicações sobre a votação. O Miss France, um dos concursos mais tradicionais, declarou que pode desistir da edição de 2026 caso não haja respostas claras. Em comunicado, organizadores afirmaram que, pagando taxas e representando marcas nacionais, merecem transparência. "Um erro pode acontecer. Mas essa série de falhas, eles terão que explicar. E eu sei que não somos os únicos; outros países também estão se fazendo essas perguntas", declarou a organização do Miss France. Ao longo do concurso de 2025, casos de insulto e alegações de falta de transparência e favoritismo acabaram fazendo desta edição uma das mais controversas dos últimos anos. Relembre a seguir fatos que marcaram a edição: ➡️ Insulto contra a mexicana A vencedora Fátima Bosch foi insultada pelo executivo tailandês Nawat Itsaragrisil, responsável pela organização do concurso em 2025. Durante uma transmissão ao vivo em 4 de novembro, Nawat chamou a Miss México de “estúpida” por, segundo ele, não publicar conteúdo suficiente sobre a Tailândia em suas redes sociais. O caso teve ampla repercussão e chegou até a presidente do México, Claudia Sheinbaum, que elogiou Bosch por enfrentar a situação. “O que o diretor fez foi desrespeitoso: ele me chamou de estúpida”, disse Bosch a jornalistas após o incidente. “O mundo precisa ver isso porque somos mulheres empoderadas e esta é uma plataforma para a nossa voz" O Miss Universo condenou publicamente o comportamento de Nawat. A vitória de Bosch é vista como uma resposta à polêmica. ➡️ Acusações de voto ilegítimo e desistências no júri Segundo a agência de notícias RFI, dois membros do júri desistiram de participar do evento nesta semana. O compositor francês Omar Harfouch acusou o concurso de ser manipulado, mencionando um “voto secreto e ilegítimo” que teria ocorrido sem o verdadeiro júri do Miss Universo, segundo publicação no Instagram. "Miss México é uma vencedora falsa", diz no post. A organização do concurso negou a acusação. Já o ex-jogador da seleção francesa de futebol Claude Makélélé anunciou nas redes sociais que deixava o júri por “razões pessoais imprevistas”. ➡️Homenagem para santa brasileira Durante uma competição preliminar do concurso dedicada a trajes típicos nacionais, a brasileira Gabriela Lacerda desfilou vestida de Nossa Senhora Aparecida, santa considerada a padroeira do Brasil e a quem é devota. O traje, criado pelo designer Mario Cezar, repercutiu nas redes sociais. Piauiense que está concorrendo ao Miss Universo se veste de Nossa Senhora Aparecida Reprodução/Redes Sociais ➡️ Vestida de salmão Durante a mesma competição de trajes típicos, a norueguesa Leonora Lysglimt-Rødland utilizou um vestido de salmão para homenagear seu país. A fantasia viralizou nas redes sociais: quando fechado, forma um salmão gigante, em uma referência ao símbolo nacional da Noruega; aberto, deixa à mostra o interior do animal. Candidata ao Miss Universo viraliza com fantasia de salmão em desfile de trajes típicos; ➡️ Queda no palco A miss Jamaica, Gabrielle Henry, foi hospitalizada após cair acidentalmente fora do palco durante um desfile em traje de gala. Em comunicado, a organização Miss Universo Jamaica informou que Gabrielle foi levada ao Hospital Paolo Rangsit para receber tratamento, mas não sofreu ferimentos graves. “Gostaria de compartilhar com a família Miss Universo, que está preocupada com a saúde de nossa Miss Universo Jamaica, que à meia-noite, horário de Bangcoc, acabei de deixar o hospital onde ela está sendo tratada. Estive lá com ela e sua família e, felizmente, não há ossos quebrados, e ela está recebendo bons cuidados", disse o presidente do Miss Universo, Raul Rocha. ➡️ Renúncia na diretoria Em junho, a ex-diretora executiva e co-proprietária da Organização Miss Universo (MUO), Anne Jakrajutatip, renunciou ao cargo após acusações de falsificação de demonstrações financeiras de sua empresa, a JKN, informou a Reuters.

  20. Navio que vaga há meses tenta voltar ao Uruguai com vacas e bezerros à beira da morte Após um mês de viagem e outro encalhado em frente à Turquia, o navio que saiu com cerca de 3 mil vacas do Uruguai finalmente desembarcou na Líbia. O Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai considerou o desembarque como o "fechamento definitivo" do incidente. Mas ambientalistas alertam sobre dezenas de mortes e potenciais cadáveres lançados ao mar, e exigem uma investigação internacional. À AFP, a Fundação para o Bem-Estar Animal (AWF, sigla em inglês) disse na terça-feira (25) que "não há informações confiáveis" sobre o estado sanitário dos animais ao chegarem à Líbia e exige investigação (veja mais abaixo). A carga com 2.901 bovinos deixou Montevidéu em meados de setembro. No dia 21 de outubro, chegou à costa da Turquia, onde sua entrada foi bloqueada devido a incoerências nos certificados. O governo uruguaio alegou que houve um desacordo entre o exportador e o importador, e na semana passada informou que o navio retornaria ao seu país, embora tenha especificado que seria tentada a realocação do gado para outro destino. Com 3,5 milhões de habitantes e 12 milhões de cabeças de gado, o Uruguai tem na produção pecuária, agrícola e florestal sua maior fonte de renda. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Dezenas de bovinos mortos Navio Spiridon II vagou meses no mar com quase 3 mil vacas presas em condições precárias Divulgação / Animal Welfare Foundation A ONG pediu na segunda-feira (24) que seja realizada uma investigação "imediata" pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e pela Organização Marítima Internacional (OMI) para conhecer o estado dos bovinos, que passaram mais de dois meses em um navio que não teria condições para uma travessia tão longa. "Estamos testemunhando uma das violações mais graves da proteção marinha e do bem-estar animal registradas nos últimos anos, e um novo exemplo do fracasso estrutural do transporte de animais vivos por mar", alertou Maria Boada Saña, veterinária da AWF. Além de exigir respostas sobre o estado sanitário dos animais na chegada ao porto líbio de Bengazi, a ONG solicitou detalhes sobre como foi procedido com as vacas mortas durante a viagem. A organização alertou sobre a possibilidade de que tenham sido jogadas ao mar, e mencionou suspeitas geradas pelo fato de o navio ter ficado vários dias da semana passada com seus sistemas de localização desligados. Também recordou que a Líbia é "um país com histórico de abuso ambiental". Durante o trajeto Montevidéu-Turquia e alinhado com o que ocorre nesse tipo de viagem, foi informado sobre dezenas de bovinos mortos a bordo. 'Um calvário' Fernando Fernández, diretor da Ganosan, a empresa uruguaia que acordou a venda para a Turquia, recusou na terça responder às consultas da AFP. Mas na segunda-feira disse a meios de comunicação locais especializados em agro que viveu um "calvário" devido ao bloqueio sofrido pela carga ao chegar ao destino inicial. Ele contou que, na semana passada, o importador solicitou um novo certificado para entrar com o gado no Marrocos e pediu que o destino fosse mantido em sigilo para evitar problemas com seus concorrentes. A chegada final à Líbia foi uma surpresa. Esse país não possui protocolos vigentes com o Uruguai em relação à exportação de gado vivo, explicou Fernández ao programa Valor Agregado. "Fizemos o que tínhamos que fazer, não fizemos nada fora do comum. Vendemos, (...) colocamos o gado a bordo do navio, o homem [o importador turco, nota da edição] pagou, o homem contratou o navio, o navio partiu e aí terminou nosso negócio e temos as provas", disse Fernández. 'História lamentável' O empresário agradeceu o encerramento desta "história lamentável" e considerou que, apesar do incidente, o mercado turco continua aberto para o gado vivo do Uruguai. O governo uruguaio afirmou que o ocorrido não colocava em risco a confiabilidade sanitária do país. O Uruguai "reforçou seu acompanhamento técnico e diplomático, priorizando o bem-estar animal e preservando a relação bilateral" com a Turquia, declarou o Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca. Adiantou que seguirá monitorando "as informações remanescentes da viagem e a atualização de eventuais perdas, que ainda não foram comunicadas". Veja mais: Preços globais do café despencam após Trump retirar tarifas sobre Brasil Brasil sem tilápia? O que significa a inclusão do peixe em lista de espécies invasoras

  21. Como funciona a regra de extradição nos EUA O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira (25) o início do cumprimento da pena de prisão do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). Condenado a 16 anos por tentativa de golpe, ele está nos Estados Unidos. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp ▶️ Contexto: Ramagem integrava o chamado “núcleo crucial” da trama golpista, ao lado de outras sete pessoas, entre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo integrantes da Polícia Federal (PF) ouvidos pelo g1, o deputado deixou o Brasil antes do fim do julgamento no STF. Interlocutores informaram que ele desembarcou nos Estados Unidos na segunda semana de setembro, no mesmo período em que foi condenado Para a PF, a saída ocorreu de forma clandestina, com a intenção de evitar uma eventual ordem de prisão. No domingo (23), a esposa do deputado, Rebeca Ramagem, publicou nas redes sociais que a família viajou para Miami por “proteção”, alegando enfrentar “perseguição política desumana”. O STF já havia decretado a prisão preventiva do deputado por ter saído do Brasil sem autorização. No sábado (22), ao transformar a prisão domiciliar de Bolsonaro em preventiva, Moraes afirmou que Ramagem deixou o país para “se furtar à aplicação da lei penal”. ⚖️ Nesta terça-feira, o ministro declarou a sentença definitiva do deputado e determinou o início do cumprimento da pena. No despacho, Moraes afirmou que Ramagem “encontra-se foragido”, autorizou a expedição do mandado de prisão e comunicou a PF para adotar as providências necessárias. A decisão abre caminho para que a PF peça a inclusão do nome de Ramagem na lista da Interpol, o que permitiria a prisão dele por autoridades estrangeiras. Outra possibilidade é um pedido formal de extradição, já que Brasil e Estados Unidos mantêm um acordo para entrega de condenados. A seguir, entenda como funciona a prisão via Interpol e o processo de extradição. Alexandre Ramagem, cuja nomeação como diretor-geral da PF foi suspensa pelo ministro Alexandre de Moraes Adriano Machado/Reuters Interpol A Interpol é uma organização criada há mais de um século para facilitar a cooperação policial internacional. Hoje, ela reúne 196 países, incluindo Brasil e Estados Unidos. Os integrantes da Interpol têm acesso a um sistema de comunicação e a bancos de dados que agilizam a troca de informações. A instituição oferece suporte investigativo e auxilia na localização de fugitivos em todo o mundo. O atual secretário-geral da Interpol é o brasileiro Valdecy Urquiza. Um dos mecanismos mais conhecidos da Interpol é a chamada Difusão Vermelha — uma lista que reúne pessoas procuradas por autoridades de diferentes países. 🔎 Segundo Guilherme Madeira Dezem, professor de Direito Processual Penal da USP e do Mackenzie, caso o nome de Ramagem seja incluído nessa lista, ele pode ser detido por autoridades estrangeiras. Cada país, porém, decide como aplicar as próprias leis diante de um alerta da Interpol. No caso dos Estados Unidos, o Departamento de Justiça afirma que um aviso internacional não obriga automaticamente à prisão. De acordo com a legislação norte-americana, as autoridades locais só prendem alguém se houver base legal interna ou um tratado de extradição que cubra o crime em questão. Na prática, os EUA poderão cooperar, mas não têm a obrigação de deter Ramagem apenas com base no alerta da Interpol. Ainda assim, ele pode ser parado e até preso de forma provisória se passar por controles migratórios ou abordagens policiais, como em um aeroporto. LEIA TAMBÉM Moraes ordena perda de mandato de Ramagem; rito ainda não foi definido Bolsonaro começa a cumprir pena de prisão: veja a repercussão na imprensa internacional Pela primeira vez na história do Brasil, militares são presos por golpe de Estado Extradição Alexandre Ramagem durante interrogatório no STF Gustavo Moreno/STF Brasil e Estados Unidos têm um tratado de extradição em vigor desde a década de 1930. O acordo permite que um país entregue ao outro pessoas investigadas, processadas ou já condenadas pelo crime que motivou o pedido. Se o STF decidir solicitar a extradição de Ramagem, a Corte precisará reunir documentos com informações sobre o deputado, os crimes pelos quais foi condenado e a pena aplicada. Esse material será enviado ao Ministério da Justiça, que avalia se está completo e, em seguida, repassa o pedido ao Ministério das Relações Exteriores. A etapa final cabe à diplomacia brasileira, que será responsável por apresentar a solicitação formal aos Estados Unidos. 🔎 O professor Guilherme Madeira Dezem aponta que um pedido de extradição de Ramagem teria um elemento político que tornaria o caso mais delicado. “A questão, no caso dos EUA, é saber como eles vão lidar com a extradição de alguém que diz fazer parte do mesmo grupo ideológico do presidente norte-americano.” Segundo o professor, existe a possibilidade de o governo dos EUA recusar a extradição caso entenda que se trata de um caso político. Ele ressalta, porém, que uma decisão desse tipo poderia afetar outros processos de extradição entre os dois países. O tratado entre Brasil e Estados Unidos permite negar a extradição quando o caso envolve crime político. Por outro lado, o texto estabelece que atos voltados à “subversão da base de toda organização política” não podem ser considerados crimes políticos. O professor ressalta ainda que o caso de Ramagem não envolve liberdade de expressão, o que, segundo ele, “muda totalmente o tema”. Mesmo assim, a decisão final sobre a natureza do crime cabe ao país que recebe o pedido. No caso de Ramagem, essa avaliação seria feita pelas autoridades dos Estados Unidos. Além disso, processos de extradição costumam ser longos e cheios de etapas. Mesmo que Ramagem seja detido e os Estados Unidos concordem em entregá-lo ao Brasil, não há prazo definido para que ele seja enviado de volta ao país. VÍDEOS: mais assistidos do g1

  22. Influenciadora do RS passa por cirurgia reparadora para retirar óleo mineral do rosto A criadora de conteúdo Juliana Oliveira, conhecida como "Juju do Pix", passou por uma cirurgia reconstrutora considerada de alta complexidade para retirar parte do óleo mineral aplicado no rosto em 2017. Uma semana após o procedimento, feito na quinta-feira (20), Juliana falou pela primeira vez em entrevista exclusiva ao g1. Já em casa, em Passo Fundo, no Norte do RS, ela se recupera da cirurgia. Sem dor, Juju espera ansiosamente pelo próximo procedimento. "A minha recuperação está sendo bem tranquila, lembrando que já estou preparada para a próxima cirurgia", disse. "Não digo nem pelos riscos, mas pelo grau de dificuldade que é para tirar esse produto do meu rosto, eu tenho que ter paciência para poder saber esperar e entender que isso leva um certo tempo, mas vai dar tudo certo", completou. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp A repercussão do caso causa um misto de sentimentos, entre mensagens de apoio, curiosidade e julgamentos. "Algumas pessoas não têm muita educação. Por conta do inchaço, elas começam a querer me vincular a um personagem, 'Fofão' ou debochar, rir, né?", relata. "Eu acho isso patético, até porque independente do que eu pareça, né? Eu sou um ser humano, um ser humano com erros, com falhas, e não tenho culpa de ter chegado à proporção que chegou. Eu posso ter errado tudo, mas eu acho que isso não dá o direito de as pessoas perderem a educação, o respeito, principalmente por uma pessoa que está passando por um problema físico, um problema estético." Ela reforça o peso das críticas desde que começou a criar conteúdo para as redes sociais, mas diz que não tem pretensão de deixar de fazer isso. "Quando você não tem nenhum problema, quando você acha que a tua vida tá perfeita, é fácil você julgar as pessoas. É fácil você rir porque a dor não tá em você, a dor tá no outro. A dificuldade, a necessidade, tá no outro", desabafou. Relembre a história O apelido surgiu depois que, ao enfrentar dificuldades para conseguir emprego após um procedimento estético malsucedido, Juliana recorreu à internet para pedir ajuda e arrecadar dinheiro para uma cirurgia reparadora. O procedimento foi feito em uma clínica clandestina em 2017, com o intuito de deixar os traços da face mais femininos, mas acabou causando deformações. De acordo com Juliana, que é uma mulher transexual, a clínica alegava que havia aplicado silicone industrial, mas ela descobriu que, na verdade, foram 21 seringas de óleo mineral. 'Juju do Pix': Influenciadora do RS passa por cirurgia reparadora Mesmo após ter aparecido em um programa de televisão e conseguido cerca de R$ 20 mil em uma vaquinha, a influenciadora foi contestada por internautas por pedir novos valores. Juliana disse, nas redes sociais, que havia desistido do procedimento por não ter conseguido o valor total da operação e afirmou ter doado o dinheiro. O procedimento de reparo, que aconteceu no Hospital Indianópolis, em São Paulo, foi bem-sucedido, segundo o médico responsável, Thiago Marra. A cirurgia não teve custos para a influenciadora. "Em uma segunda etapa, com o tecido mais recuperado e após observarmos a resposta do corpo dela, vamos poder retirar ainda mais para melhorar mais o resultado", relatou, nas redes sociais. A cirurgia é a primeira de uma série de procedimentos para devolver autoestima e melhorar a qualidade de vida de Juliana, que relata não ter tido oportunidades de emprego desde o procedimento na clínica clandestina. "Compreendemos sua dor, sua transformação e sua vontade real de recomeçar. Por isso, decidimos abraçar este caso com todo o cuidado e responsabilidade que ele merece", afirmou Thiago. O médico explicou que a cirurgia foi feita de forma conservadora para diminuir os riscos. Assim, os resultados requerem mais procedimentos. "O tecido estava duro, enrijecido, totalmente impregnado por óleo mineral, exatamente como mostrado na ressonância", afirmou o médico. Juliana já planeja nova cirurgia Arquivo pessoal Veja antes e depois da primeira cirurgia de Juliana Veja antes e depois da primeira cirurgia de Juliana Reprodução/Redes sociais @drmarra VÍDEOS: Tudo sobre o RS

  23. Banhistas registram novos ataques de piranhas em balneário de Manacapuru O balneário do Miriti, em Manacapuru, voltou a registrar ataques de piranhas neste domingo (24). Seis pessoas foram feridas enquanto tomavam banho, segundo o Corpo de Bombeiros. É o segundo episódio em menos de um mês, no dia 27 de outubro, sete banhistas ficaram feridos no mesmo ponto do rio. Único balneário público do município, o Miriti costuma lotar aos domingos e feriados. Uma placa chegou a ser fixada no local para alertar sobre o perigo durante o período de seca dos rios. De acordo com os Bombeiros, o fluxo intenso de banhistas tem coincidido com as ocorrências de mordidas. Três vítimas, jovens de 17, 25 e 29 anos, precisaram ser atendidas pela corporação; outras três optaram por tratar os ferimentos em casa. 📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp O comandante dos Bombeiros em Manacapuru, Emerson Silva, afirmou que resíduos de alimentos deixados por banhistas e o comportamento natural das piranhas podem estar contribuindo para os incidentes. “Com o movimento da água, elas vêm para perto dos banhistas. A gente ainda encontra resíduo de alimentação deixado pelos próprios banhistas. Orientamos para saírem da água, só que muitos não saem. Ficamos de prontidão para atender quando ocorre a ocorrência”, disse. A corporação mantém uma equipe no local todos os domingos com lancha e jet ski. Placas alertando para a presença de piranhas chegaram a ser instaladas, mas foram retiradas por populares. Outras foram levadas pelo vento. O biólogo Edimberg Oliveira explicou que o período de reprodução e o uso intenso da área pelos banhistas favorecem esse tipo de ataque. “O importante é evitar alterações no ecossistema e sinalizar áreas com ocorrências. As piranhas estão se reproduzindo e a mordida é uma advertência para o banhista sair da água. Se fosse realmente alimentação, com muitas piranhas, os casos seriam bem mais graves”, afirmou. As autoridades reforçam o alerta para que moradores e visitantes evitem a área sinalizada e sigam as orientações de segurança enquanto o risco de novos ataques permanece. Segundo ataque de piranhas em menos de um mês deixa seis feridos no rio Miriti, em Manacapuru. Reprodução/Rede Amazônica Segundo ataque de piranhas em menos de um mês deixa seis feridos no rio Miriti, em Manacapuru. Reprodução/Rede Amazônica

  24. Site g1 AC transmite os telejornais ao vivo.

  25. Prefeitura de Rio Branco fecha contratro de R$ 2 milhões com empresa Para manter o abastecimento em comunidades rurais que não são abastecidas pelo Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb), a prefeitura assinou um contrato no valor de mais de R$ 1, 2 milhão para levar água em caminhões-pipas. Os caminhões vão atender omunidades rurais que fazem parte do chamado Cinturão Verde da cidade. A decisão foi publicada nessa segunda-feira (24), no Diário Oficial do Estado (DOE). 📲 Participe do canal do g1 AC no WhatsApp A Operação Estiagem está em andamento desde julho com o abastecimento emergencial em comunidades rurais. Na época, a Defesa Civil de Rio Branco já previa uma seca severa na capital. Em agosto, o governo sancionou um decreto que colocou o Acre em situação de emergência por causa da seca nos rios do estado, com vigência até 2 de fevereiro de 2026. No mesmo dia, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, também assinou um decreto de emergência por conta da seca. “Vamos estender esse contrato até enquanto vermos a necessidade. É um contrato temporário e, no momento em que os caminhões [pipas] não conseguirem mais entrar nos ramais, iremos suspender”, explicou o secretário de Agropecuária da capital, Eracides Caetano. Ainda segundo o secretário, é previsto a entrega de 16,6 mil metros cúbicos de água, sendo o valor unitário estipulado em R$ 120 por metro cúbico. O coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão, ressaltou que, mesmo com as forte chuvas registradas nos últimos dias, a escassez hídrica deve durar até a primeira quinzena de dezembro. "Devemos fechar o período [até 2 de fevereiro] com cerca de 40 milhões de litros de água distribuídos para todas essas comunidades”, afirmou. Operação Estiagem iniciou em julho com distribuição de água Arquivo/Defesa Civil de Rio Branco 3ª pior seca Ainda segundo a Defesa Civil , a seca registrada nesse ano está sendo tão crítica quanto os registros de 2016 e 2024. Até o momento, o pior nível do Rio Acre foi 1,31 metro, registrado em 11 de agosto, estando a apenas 8 centímetros da menor cota da história, alcançada em setembro do ano passado. Ainda no mês de agosto, o governo federal reconheceu emergência por conta da seca nas 22 cidades do estado, com isso, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), destinou ao Acre, R$ 6 milhões para ações de execução dos planos de contingência nos municípios. Ao todo, a capital tem pelo menos, 73 comunidades rurais afetadas pela seca do Rio Acre. Os moradores dessas comunidades começaram a receber água em caminhões-pipas no dia 7 de julho, pelas equipes da Operação Estiagem da Defesa Civil de Rio Branco. Reveja os telejornais do Acre

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