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  1. Car-T: terapia contra câncer pode ter pedido de registro na Anvisa em 2026 O estudo que usa o Car-T Cell, tratamento inovador que modifica células do nosso sistema imunológico, para combater tipos de leucemia e linfoma pode ter o pedido de registro feito junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no segundo semestre de 2026. A previsão foi passada ao g1 por Diego Clé, médico do Hemocentro de Ribeirão Preto (SP), um dos principais polos da pesquisa. Atualmente, o estudo se concentra em recrutar um número maior de voluntários para verificar a eficácia do tratamento. A segurança, por sua vez, já foi constatada há pelo menos um ano, depois que a primeira etapa da pesquisa chegou ao fim com quatro pacientes recebendo a terapia. Os dados da fase inicial foram encaminhados à Anvisa, que autorizou o início da etapa seguinte. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Com isso, cinco hospitais iniciaram o recrutamento de ao menos 77 voluntários: Hospital das Clínicas, Beneficência Portuguesa e Sírio Libanês, em São Paulo (SP), Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e Hospital de Clínicas de Campinas (SP). De acordo com Clé, a expectativa é de que os recrutamentos ocorram em número mais expressivo a partir dos próximos meses. "Tem uma exigência da Anvisa de que eles tratassem primeiro um paciente, esperasse um tempo para ver se correu tudo bem, para depois liberar, na verdade, a inclusão de vários ao mesmo tempo. Então, todos eles já trataram um paciente e agora estão recrutando outros. Os quatro centros já estão ativos e agora recrutando mais pacientes. Então, a gente acredita que, a partir desse ponto, os recrutamentos vão ser maiores", disse. O Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto foi o que aplicou a terapia em mais pacientes até agora, destaca o pesquisador. "O HC de Ribeirão Preto, como é o centro que já está habilitado a fazer mais casos, a gente já tratou mais pacientes. E, no total, a gente completou mais ou menos um quarto dos tratamentos previstos." 🔎 A terapia baseada em Car-T também pode ser usada em outros tipos de doença, mas, no caso deste estudo, é aplicada contra leucemia linfoide aguda de células B e o linfoma não Hodgkin de células B (veja abaixo). Terapia Car-T é esperança para pacientes com câncer TV Globo/Reprodução LEIA TAMBÉM RESULTADOS: Paciente tem câncer em remissão há 18 anos com Car-T Cell ECONOMIA: Estudos clínicos no Brasil querem reduzir em até 80% custo da Car-T ESPERANÇA: Como terapia pode ser mais eficiente na luta contra o câncer Registro na Anvisa Após a conclusão dos testes, o grupo de pesquisa deve formalizar o pedido de registro da terapia na Anvisa. Inicialmente, essa etapa estava prevista para 2025, mas o prazo precisou ser prorrogado. 🔎 O registro é uma etapa necessária para que o tratamento possa ser incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo Clé, o atraso se deu pelo início mais lento do que o esperado no recrutamento de voluntários. "Nós tivemos alguns problemas no estudo, principalmente o recrutamento mais lento no começo, que é uma exigência regulatória, a gente achou que fosse ser mais rápido, mas pelo perfil dos pacientes serem graves, isso demorou um pouco mais. Então a gente, pelo primeiro cronograma, a gente tá atrasado na inclusão, mas, na verdade, nós estamos em uma velocidade que a gente acha que tá adequada." Para que a tentativa de registro seja feita em 2026, no entanto, o médico destaca a necessidade de os centros conseguirem recrutar os pacientes faltantes e, assim, concluir os testes. "Nós não vamos conseguir o registro no final deste ano, mas a previsão é para 2026. A próxima [etapa] é pedir a aprovação para Anvisa. A nossa expectativa é completar os 25% do estudo agora, no final do ano. E no ano que vem, daí vai depender muito se a gente vai conseguir manter essa taxa, porque os centros agora estão muito engajados e estão recrutando bastante. A gente acredita que para o segundo semestre do ano que vem, a gente consiga completar os tratamentos e, no segundo semestre, talvez mais para o final do ano que vem, pedir o registro na Anvisa." Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em Brasília Jornal Nacional/ Reprodução E os resultados de eficácia? O pesquisador ressalta que ainda é cedo para tirar conclusões sobre resultados relacionados à eficácia do Car-T Cell, devido à sequência dos testes. Apesar disso, ele cita que a taxa média de 50% de cura, observada nos primeiros pacientes, continua. "O resultado de todos, a gente não consegue olhar agora, porque tem um comitê de segurança que avalia os resultados de tempos em tempos. Como ainda não atingiu os 25%, 50%, tem alguns marcos para eles fazerem as avaliações. O que a gente sabe é que está sendo seguro, não teve nenhum evento grave nesses pacientes. E que, aparentemente, o que a gente tem visto na prática é que continua a mesma taxa de eficácia que a gente tinha nos outros casos. A eficácia que a gente tinha nos primeiros pacientes, esses que a gente tem um tempo mais longo, ao longo do período de tempo, é cerca de 50%." Centro de produção do Car-T Cell em Ribeirão Preto, SP Fábio Júnior/EPTV Células de defesa 'treinadas' O tratamento com o Car-T Cell envolve a retirada de glóbulos brancos, que são as células de defesa do organismo do paciente, por meio da coleta de sangue pela veia. Conhecidos como linfócitos, eles são reprogramados geneticamente em laboratório para reconhecer e combater as células cancerígenas, no caso a leucemia linfoide aguda de células B e o linfoma não Hodgkin de células B. As células são manipuladas e expandidas em laboratório e devolvidas à corrente sanguínea do paciente. Infográfico do Car-T Cell Hemocentro de Ribeirão Preto (USP)/arte g1 Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão e Franca Vídeos: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

  2. Aumento de eventos climáticos extremos exigem novo modelo de construções A destruição em cidades no Paraná por tornados ao longo dos anos, como aconteceu em Rio Bonito do Iguaçu em 7 de novembro, se soma à discussão mundial sobre a capacidade de resistência estrutural de casas e comércios a eventos climáticos extremos – e a recorrência e intensidade dos eventos reforça a questão. Antes de Rio Bonito do Iguaçu, Marechal Cândido Rondon, no oeste do estado, teve diversas casas destruídas, em 2015, também durante a passagem de um tornado. Veja números abaixo. Para especialistas, o Paraná vive um momento em que precisa se discutir como o estado pode ajudar a população a se preparar para enfrentar adversidades como essas e, ao mesmo tempo, proporcionar a construção das chamadas cidades resilientes. O conceito, de caráter interdisciplinar, dá condições dos municípios se prepararem para enfrentar tornados, enchentes e outros eventos climáticos extremos com o menor dano possível e maior capacidade de recuperação. ✅ Siga o g1 Foz do Iguaçu no WhatsApp A pesquisadora Karin Linete Hornes, especialista em tornados e professora na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), explica que os desastres climáticos no Paraná têm sido cada vez mais frequentes. O estado é considerado, inclusive, o segundo maior corredor de tornados do mundo. “Nós sofremos constantemente desastres relacionados a eventos climatológicos e meteorológicos. O Paraná teve mais de 12 mil ocorrências e aproximadamente 15 milhões de pessoas afetadas nas últimas quatro décadas. Todos os municípios tiveram algum prejuízo ligado a esse tipo de evento [...] Os órgãos de emergências, hospitais e prefeitura precisam ser extremamente bem construídos, porque esses locais servem de abrigo e vão auxiliar a população", afirma a pesquisadora Karin Linete Hornes. Segundo ela, os vendavais são os fenômenos que mais provocam danos no estado. "São 3.867 registros de ocorrências no mesmo período, segundo a Defesa Civil. E há subnotificação, porque muitos lugares sofrem prejuízos, mas não acionam o órgão", diz. Para Hornes, o Paraná ainda não trabalha de forma consistente com educação climática e prevenção. “Nós precisamos atuar na educação ambiental e na educação climática, explicando quais fenômenos mais acontecem no Paraná e como eles nos afetam, assim, conseguimos construir cidades que resistam aos fenômenos que ocorrem aqui”, afirma. Fotos: como está sendo a reconstrução de Rio Bonito do Iguaçu Veja se você tem direito: Paranaenses de 29 cidades podem sacar 'FGTS Calamidade' Preparo, impacto e capacidade de recuperação Rio Bonito do Iguaçu (PR), após o tornado de 7 de novembro Henrique Cabral Segundo o pesquisador Eduardo Gomes Pinheiro, doutor em Gestão Urbana pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), o conceito de cidades resilientes prevê uma relação direta entre preparo, impacto do evento climático e capacidade de recuperação. Segundo ele, as cidades resilientes, que se antecipam ao problema, sofrem menos danos e retomam as atividades mais rapidamente. “A resiliência atravessa todas as etapas do ciclo de desastres, a prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação, e deve orientar o planejamento urbano como um todo”, diz ele. Pinheiro destaca que muitos municípios ainda não consideram que podem enfrentar desastres recorrentes, o que é um erro, segundo ele, especialmente em estados como o Paraná, onde enchentes, granizo e estiagens se repetem todos os anos. Para ele, cada obra e ação pública deveria partir da pergunta: isso aumenta ou reduz a vulnerabilidade do município aos eventos climáticos que fazem parte da nossa realidade? Como esse tipo de raciocínio costuma ficar fora das práticas administrativas, cidades seguem sendo construídas sem infraestrutura adequada, o que intensifica perdas humanas, destruição de patrimônio, impactos na economia local e até interrupções no calendário escolar Reconstrução emergencial com casas pré-fabricadas Segundo a Defesa Civil, 90% de Rio Bonito do Iguaçu ficou destruída e mais de mil pessoas ficaram desabrigadas. Sete pessoas morreram e cerca de 830 ficaram feridas. O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) realizou cerca de 2,2 mil laudos de inspeção técnica depois da passagem do tornado e observou preliminarmente que 40% dos imóveis da cidade foram totalmente destruídos. Outros 60% podem ser recuperados, com danos que variam de reparos simples a intervenções estruturais complexas. No processo de reconstrução, o secretário de Estado das Cidades, Guto Silva, explica que o governo realiza atua em duas frentes. Na primeira, 140 engenheiros voluntários produziram laudos sobre cada residência afetada. De acordo com ele, os documentos vão orientar a distribuição de recursos. Paralelamente, o governo estadual autorizou a construção de 320 unidades habitacionais com casas pré-fabricadas. As obras começaram em 17 de novembro e priorizam casas de modelo construtivo mais rápido, que levam cerca de dois meses para estarem prontas. Dessas moradias, 200 serão erguidas nos próprios terrenos devastados e 120 em um novo bairro, que está sendo estruturado. No dia 20 de novembro, o estado divulgou que as casas são pré-fabricadas em woodframe, uma estrutura de madeira leve, e possuem sala, cozinha, dois quartos, banheiro e área de serviço, com tamanhos que variam entre 46 m², 51 m² e 53 m². Segundo o governo, a previsão é de que a primeira casa seja concluída em até 10 dias. O coronel Ivan Ricardo Fernandes, coordenador executivo da Defesa Civil, explica que a instalação das casas pré-fabricadas exigem preparações técnicas, como a fundação dos terrenos, antes delas serem efetivamente levantadas. Projeto mostra divisão das casas pré-fabricadas de Rio Bonito do Iguaçu Eduardo Andrade/RPC O secretário Guto Silva afirma que a Secretaria das Cidades firmou protocolos com a Organização das Nações Unidas (ONU Migração) para desenvolver projetos de municípios, segundo ele, mais resilientes. “Vamos analisar todos os episódios com calma, identificar as causas e construir soluções de longo prazo. É um trabalho detalhado para reduzir impactos ambientais e fortalecer a segurança das cidades”, afirma. Rio Bonito do Iguaçu (PR) após o tornado de 7 de novembro Henrique Cabral Tornados têm sido mais destrutivos no Paraná ao longo dos anos Segundo estudos da pesquisadora Maria Cristina Pietrovski, de 2018 a 2023, a região Sul registrou 92 tornados - a maior ocorrência em comparação com as outras regiões do país. No período, 17 deles foram no Paraná. Anos antes do período analisado, outros eventos similares também causaram grandes problemas no estado, entre eles, o tornado de maio de 1992, que atingiu Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba, classificado como F3. À época, seis pessoas morreram. Outro tornado aconteceu no mesmo mês e ano em Borrazópolis, no norte do estado, deixando 12 mortos. Em Nova Laranjeiras, um evento registrado em 1997 provocou quatro mortes e 72 feridos. Paraná é o terceiro estado do país com a maior ocorrência de tornados RPC Um dos episódios mais recentes foi em Marechal Cândido Rondon, no oeste, em novembro de 2015. Segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), os ventos ultrapassaram 115 quilômetros por hora. A prefeitura informou que 1,5 mil casas foram danificadas, 200 empresas tiveram prejuízos e cerca de 14 mil residências ficaram sem energia. A pesquisadora Karin Hornes estava em Marechal Cândido Rondon no dia do tornado e diz que a lembrança nunca se apaga. Ela conta que o desespero foi maior porque um de seus filhos estava na escola e ela não conseguia contato devido à falta de energia e telefone. “Quem passou por isso nunca mais esquece. A destruição é muito rápida e intensa. Eu nunca mais esqueci o som, a velocidade, a força. Quando saí de casa, vi um portão levantado e uma árvore arrancada pela raiz na Avenida Rio Grande do Sul. Eu realmente chorei. Não conseguia passar e não sabia como estava o meu filho.” Para o climatologista Francisco Mendonça, a repetição e a força dos tornados no Paraná têm relação direta com o aquecimento global. “Os tornados estão mais repetitivos e mais intensos do que no passado. Um ou outro antigo pode ter tido magnitude semelhante, mas não havia essa frequência.” Ele afirma que é necessário repensar a estrutura urbana, com áreas de proteção e mata ao redor das cidades para amortecer os ventos. Sem isso, diz ele, comunidades podem ser destruídas novamente por futuros eventos severos. Orientações para proteção Hornes orienta que moradores acompanhem alertas de institutos como Simepar, Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e também observem o céu, nuvens e mapas de radar. Ela recomenda que as casas tenham pelo menos um cômodo seguro, mais resistente que os demais, como um porão ou um espaço com vigas, laje e colunas reforçadas. "Entre embaixo de uma mesa, de uma cama. Isso ajuda a evitar ferimentos por estilhaços", recomenda. Para quem estiver dirigindo, a orientação é se afastar do fenômeno e estacionar longe de postes e árvores. "Estacione em local seguro, coloque o cinto e fique em posição fetal. Se não houver abrigo, use cobertores ou colchões para proteção extra", diz. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias em g1 Oeste e Sudoeste.

  3. Colocar episódio no topo: 74a178f9-19ab-40ac-9484-f11e6e4cfb39 O carro zero mais barato hoje gira em torno de R$ 80 mil — e muita gente nas redes pergunta: vale mais comprar um 0 km pouco equipado ou um usado bem equipado? No episódio 319 do podcast Educação Financeira, o especialista Murilo Briganti, sócio da Bright Consulting, explica que a resposta depende do perfil do comprador e de três pilares fundamentais: procedência, conservação e custo total do veículo. Procedência significa entender de onde veio o carro: histórico de uso, número de proprietários, registros de sinistro e regularidade documental. Murilo reforça que o barato pode sair caro quando há pendências — RENAVAM, chassi e motor são o “CPF” do veículo — e que compras com documentação duvidosa transformam-se em dor de cabeça jurídica e financeira. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp Conservação e custo total são igualmente decisivos. Um 0 km básico traz previsibilidade — garantia, revisões programadas e menos surpresas técnicas — enquanto um usado pode exigir revisão inicial, troca de peças e, às vezes, seguro mais caro. Para comparar, Murilo recomenda projetar um ciclo de 2 a 3 anos: some preço de compra, combustível, IPVA, seguros, manutenção e depreciação para ver qual opção é mais alinhada ao seu bolso. Há sinais de alerta que devem inviabilizar uma compra: histórico confuso de proprietários, quilometragem incompatível com o desgaste, pinturas e soldagens recentes, e resistência do vendedor em mostrar documentos. Murilo aconselha que quem não tem conhecimento técnico prefira comprar em revendas ou concessionárias que oferecem respaldo jurídico; quem aceita o risco e faz checklist rigoroso pode economizar comprando de particular — desde que contrate vistoria especializada quando necessário. No fim, não há resposta universal: escolha o que cabe no seu orçamento e no seu momento de vida. Se você busca previsibilidade e tranquilidade, um 0 km básico tende a ser mais adequado; se prioriza conforto e conteúdo, um usado equipado pode ser a solução — desde que procedência e conservação estejam comprovadas. Ouça também nos tocadores Spotify Amazon Apple Podcasts Google Podcasts Castbox Deezer Logo podcast Educação Financeira Comunicação/Globo O que são podcasts? Podcasts são episódios de programas de áudio distribuídos pela internet e que podem ser apreciados em diversas plataformas — inclusive no g1, no ge.com e no gshow, de modo gratuito. Os conteúdos podem ser ouvidos sob demanda, ou seja, quando e como você quiser! Geralmente, os podcasts costumam abordar um tema específico e de aprofundamento na tentativa de construir um público fiel. Veja os vídeos que estão em alta no g1

  4. Carreta da Mamografia oferece exames gratuitos entre 24 e 29 de novembro no DF Reprodução A Carreta de Mamografia da Fundação Laço Rosa chega ao Distrito Federal nesta segunda-feira (24) oferecendo exames gratuitos de mamografia. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. 🔎A mamografia é o principal método para detecção precoce do câncer de mama. É capaz de detectar o câncer em estágios iniciais, o que aumenta em até 95% as chances de cura. A unidade móvel vai percorrer o DF até 29 de novembro, passando por regiões como Plano Piloto, Estrutural, Ceilândia e Sol Nascente. Os agendamentos devem ser feitos com antecedência pelo site: www.mamografiasalva.com.br por meio de formulário. O cadastro não garante a vaga. Os atendimentos ocorrem das 10h às 17h, na unidade itinerante. Para a realização dos exames, podem se inscrever: mulheres, usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS), a partir de 40 anos, e que não tenham realizado o exame nos últimos 12 meses. mulheres, usuárias do SUS, com menos de 40 anos, desde que tenham indicação clínica e apresentem o pedido médico. Entre os critérios para seleção de beneficiárias estão: idade data do último exame indicação clínica e ordem de inscrição. A expectativa é realizar mais de 500 exames gratuitos ao longo da semana. O exame é gratuito e as vagas são limitadas. As usuárias contempladas serão contactadas via WhatsApp pela equipe da Fundação Laço Rosa para confirmar o agendamento do exame. Ministério da Saúde passa a recomendar mamografia a partir dos 40 anos Veja os horários e locais de atendimento na Carreta de Mamografia: 24/11 (segunda-feira): Em frente ao Palácio do Buriti — Das 10h às 17h 25/11 (terça-feira): Entrada da Região Administrativa da Estrutural ao lado do posto de saúde — Das 10h às 17h 26 e 27/11 (quarta e quinta-feira): Casa da Mulher Brasileira, CNM O1, Ceilândia — Das 10h às 17h 28 e 29/11 (sexta e sábado): Sol Nascente, Estacionamento lateral do Fort Atacadista — Das 10h às 17h A ação faz parte da campanha nacional "O Laço que nos une é o autocuidado", cuja meta é ofertar 3 mil mamografias até o fim de dezembro. LEIA TAMBÉM: CÂNCER DE MAMA: Mitos, verdades e dicas para uma mamografia menos dolorosa BRB E BANCO MASTER: Ex-presidente do BRB volta ao Brasil e diz que sempre atuou 'na proteção' do banco Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.

  5. Capivara é resgatada dentro do banheiro de uma residência em Balneário Cassino, no município de Rio Grande Divulgação/ Brigada Militar 🐾🚽 Uma visita inesperada decidiu entrar em uma residência e terminou presa dentro do banheiro em Balneário Cassino, no município de Rio Grande, no Sul do RS. A visitante era uma capivara, o maior roedor do mundo. A cena curiosa, que aconteceu no sábado (22), mobilizou policiais da 3ª Companhia Independente de Polícia Ambiental (CIPAM), que foram acionados para o resgate. Com apoio do 6º BPM, os agentes conseguiram capturar o animal sem causar ferimentos, garantindo a segurança tanto da capivara quanto dos moradores. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp Após o resgate, o roedor foi levado para uma área rural do município, longe da região urbana, para preservar seu bem-estar e evitar novos incidentes. (veja imagem abaixo) Capivara resgatada dentro do banheiro de uma residência em Balneário Cassino é solta em área rural Divulgação/ Brigada Militar O que fazer? Se um dia você se deparar com uma situação parecida, a Polícia Ambiental orienta seguir algumas recomendações de como proceder: Manter distância do animal, que pode estar assustado e reagir de forma agressiva; Isolar o local e afastar pets; Acionar os órgãos competentes pelos telefones 190 (Brigada Militar) ou 193 (Corpo de Bombeiros). O que fazer em casos de maus-tratos a animais? Capivaras 🌅 As capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris) são mamíferos roedores que vivem em banhados, margens de rios e lagoas, segundo informações do setor de catalogação de fauna da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). ℹ️ O animal se alimenta de gramíneas, grama, capim e vegetação aquática. Segundo dados da UFRGS, ele é o maior roedor do mundo, chegando a pesar 75 kg. Predominante na América do Sul, a capivara tem hábito semiaquático, podendo ser vista tanto em períodos diurnos quanto noturnos e, comumente, em grupos. VÍDEOS: Tudo sobre o RS

  6. Agentes de segurança se reúnem no local de um atentado suicida no portão principal da sede da Polícia Federal (FC), em Peshawar, Paquistão AP/Muhammad Zubair Três homens-bomba atacaram o quartel-general de uma força paramilitar no Paquistão, nesta segunda-feira (24), matando três militares e ferindo pelo menos cinco, disseram as autoridades. Os agressores abriram fogo ao forçar entrada na sede da Polícia Federal, na cidade de Peshawar, capital da província de Khyber Pakhtunkhwa, na fronteira com o Afeganistao, antes de detonarem explosivos dentro do complexo, informou a polícia. Três membros das forças paramilitares foram mortos, afirmou Javed Iqbal, vice-comandante da força. "O primeiro homem-bomba atacou a entrada principal da delegacia e os outros entraram no complexo", disse um alto funcionário à Reuters sob condição de anonimato, pois não está autorizado a falar com a imprensa. Veja os vídeos em alta no g1 Veja os vídeos que estão em alta no g1 "As forças de segurança, incluindo o exército e a polícia, isolaram a área e estão lidando com a situação com cautela, pois suspeitamos que haja terroristas dentro do quartel-general", acrescentou o oficial. A sede da força policial está localizada em uma área densamente povoada de Peshawar, capital da província de Khyber Pakhtunkhwa. "A estrada foi fechada ao trânsito e isolada pelo exército, polícia e pessoal de segurança", disse Safdar Khan, um morador da área, à Reuters. Os cinco feridos, incluindo dois paramilitares, foram levados para o Hospital Lady Reading, informou o porta-voz da instituição, Mohammad Asim. Até o momento, nenhum grupo militante reivindicou a autoria do ataque. Militantes islâmicos que atuam na região intensificaram os ataques nas últimas semanas, após os confrontos mortais na fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão no mês passado . O Paquistão culpa o Talibã afegão por abrigar os militantes que, segundo o país, lançam ataques transfronteiriços , acusação que Cabul nega. Agentes de segurança e equipes de resgate se reúnem no local de um atentado suicida no portão principal da sede da Polícia Federal (FC) em Peshawar, Paquistão AP/Muhammad Zubair

  7. Aprovado na Câmara na semana passada, o projeto de combate ao crime organizado agora segue para o Senado. Nascido no Executivo, o texto passou por várias mudanças em poucos dias – foram seis versões apresentadas pelo deputado Guilherme Derrite (PP-SP), secretário de Segurança de São Paulo, que se afastou do cargo para relatar o texto. Chamado de Marco Legal de Combate ao Crime Organizado, o texto aumenta penas, cria novos tipos penais, amplia ferramentas de investigação e estabelece regras específicas para líderes de facções criminosas. Repórter da Globo no Congresso, Pedro Figueiredo conta como foi a tramitação do texto. Pedro explica o que Derrite modificou no projeto enviado pelo Executivo e como ficou a versão aprovada pelos deputados. Pedro responde também qual a perspectiva em torno do tema e como será o caminho do texto no Senado, onde a relatoria será do senador Alessandro Vieira (MDB-SE). Depois, a conversa é com Roberto Uchôa, ex-policial civil do Rio e policial federal por duas décadas. Hoje conselheiro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Uchôa analisa os pontos positivos e os negativos do Projeto Antifacção aprovado pelos deputados. Ele avalia como fica a asfixia financeira do crime organizado a partir do projeto aprovado na Câmara - o controle financeiro das organizações criminosas é considerado ponto crucial no combate ao crime. Convidados: Pedro Figueiredo, repórter da GloboNews em Brasília; e Roberto Uchôa, ex-policial civil do Rio, policial federal por duas décadas e conselheiro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O que você precisa saber: 310 x 110: Veja como votaram partidos e deputados PONTO A PONTO: O que o governo critica e o que a oposição queria sobre texto aprovado REPERCUSSÃO: Lula critica projeto aprovado; Motta diz que governo escolheu caminho errado O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Sarah Resende, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski e Carlos Catelan. Apresentação: Natuza Nery. Combate a facções: o orçamento da PF O Assunto é o podcast diário produzido pelo g1, disponível em todas as plataformas de áudio e no YouTube. Desde a estreia, em agosto de 2019, o podcast O Assunto soma mais de 168 milhões de downloads em todas as plataformas de áudio. No YouTube, o podcast diário do g1 soma mais de 14,2 milhões de visualizações. Câmara dos Deputados durante votação do PL Antifacção Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados

  8. Foi inaugurada a planta farmacêutica do laboratório Cristália em Montes Claros. A cerimônia contou com a presença do prefeito Guilherme Guimarães, do vice-prefeito Otávio Rocha, de secretários municipais, do cofundador e presidente do Conselho do laboratório, Ogari Pacheco, além de importantes entes políticos e empresariais. Durante a cerimônia, o presidente da Cristália destacou o investimento de cerca de R$ 350 milhões na construção da planta de biotecnologia em Montes Claros. Ele ressaltou ainda a expansão que será responsável pela produção da toxina botulínica (botox), usado para tratamentos estético e terapêutico. Atualmente, o laboratório opera na cidade com quatro linhas em funcionamento. Com a expansão, a capacidade de produção vai passar para sete linhas, podendo ampliar dos atuais 300 para 500 empregos diretos. O laboratório obteve da Anvisa o Certificado de Boas Práticas de Fabricação (CBPF) que habilitou a produção de medicamentos sólidos orais como analgésicos, narcoanalgésicos, antipsicóticos e psicotrópicos. Durante o evento, o prefeito de Montes Claros destacou o protagonismo do município no segmento farmacêutico. “Montes Claros caminha para ser o maior polo farmacêutico e logístico do país. Aqui a gente tem uma atuação conjunta entre a classe produtiva e o poder público, além de uma classe universitária forte, com mão de obra qualificada. Eu fico muito honrado de ser prefeito de Montes Claros neste momento, presenciando as várias indústrias que estão se instalando e expandindo no município”, destacou o prefeito. O presidente da Cristália, Ogari Pacheco, falou sobre a expansão da produção na unidade. “Temos orgulho de ser um laboratório nacional. Além do funcionamento atual, vamos expandir e colocar a região na vanguarda da produção de medicamentos”, afirmou. INVESTIMENTOS CONFIRMAM MONTES CLAROS COMO POLO FARMACÊUTICO NACIONAL Solon Queiroz/SECOM-PMMC

  9. Vídeo mostra tornozeleira de Bolsonaro avariada O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso preventivamente no sábado (22). Além disso, o feriado prolongado da Consciência Negra também ficou marcado pelo fim das discussões na COP30 (a Conferência do Clima da ONU) e pela revogação do tarifaço americano para parte dos produtos exportados pelo Brasil. Veja, a seguir, um resumo das notícias que ocorreram entre quinta-feira (20) e domingo (23). Bolsonaro é preso e levado à PF em Brasília Fantástico mostra como funciona sistema de monitoramento de tornozeleiras eletrônicas Jair Bolsonaro foi preso preventivamente no condomínio onde cumpria prisão domiciliar, em Brasília. A decisão foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que citou risco à ordem pública e indícios de uma possível fuga do ex-presidente. Um fator central que motivou a decisão de Moraes foi a violação da tornozeleira eletrônica usada por Bolsonaro. O aparelho foi queimado com um ferro de solda, segundo relatos do próprio ex-presidente, e teve que ser trocado (veja no vídeo acima). Durante a audiência de custódia com uma juíza no domingo, Bolsonaro alegou ter sofrido um "surto" causado por medicamentos, e que por isso danificou a tornozeleira. A juíza manteve a prisão preventiva, e o caso será julgado pela Primeira Turma do STF nesta segunda-feira (24), que decidirá se mantém ou revoga a prisão. ⚠️ Importante: a ordem de prisão do sábado não se refere à condenação a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe. Nese caso, o prazo para recursos ainda está correndo. Quando terminar, Moraes deverá decretar a prisão em definitivo, para iniciar o cumprimento da pena. Os advogados de Bolsonaro entraram com um novo pedido de prisão domiciliar. O argumento é que ele sofre de graves problemas de saúde. Na PF, o ex-presidente está sob supervisão médica. - O ex-presidente Jair Bolsonaro é visto na tarde deste domingo, 23, na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, ao se despedir da ex-primeira- dama Michelle Bolsonaro, que foi visitá-lo onde ele cumpre prisão preventiva. Wilton Junior/Estadão Conteúdo Lula indica Messias para vaga no STF Na quinta (20), o presidente Lula (PT) indicou o advogado-geral da União, Jorge Messias, para ocupar a vaga deixada por Luís Roberto Barroso no STF. Messias, de 45 anos, é evangélico, tem trajetória ligada ao serviço público e é uma pessoa de confiança de Lula. O próximo passo será a sabatina no Senado, que ainda não foi marcada. Depois, o nome terá que ser aprovado pelos senadores. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), manifestou incômodo com a indicação de Messias. Ele preferia o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O advogado-geral da União, Jorge Messias, durante pronunciamento à imprensa, em 01/07/2025 Wilton Junior/Estadão Conteúdo Trump revoga tarifaço Também na quinta, o presidente dos EUA, Donald Trump, assinou um decreto removendo as tarifas adicionais de 40% sobre dezenas de produtos agrícolas e pecuários exportados pelo Brasil. A lista inclui carne bovina, café e frutas. A decisão era muito esperada por setores importantes da economia brasileira e foi anunciada após conversas entre Trump e Lula e representantes dos dois governos. Um ponto importante é que a inflação tem sido um problema nos EUA, e a tarifa imposta por Trump poderia piorar a situação. No entanto, a sobretaxa continua valendo para produtos industriais (como máquinas, motores e móveis), calçados, peixe, mel e café solúvel. Veja detalhes aqui. Plano para encerrar a guerra na Ucrânia Na sexta (21), veio à tona o esboço de um novo plano para encerrar a guerra entre Rússia e Ucrânia, iniciada em 2022. A proposta foi desenhada por Trump e inclui pontos que são exigências da Rússia. O presidente americano pressionou Kiev para aceitá-la. O texto prevê, por exemplo, que a Ucrânia ceda parte de seu território e seja proibida de entrar para a Otan, aliança militar dos países ocidentais. Segundo um documento obtido pela agência de notícias AFP, essas áreas seriam reconhecidas como russas "de fato", inclusive pelos EUA. A proposta coloca a Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, na mesma condição. Os países europeus, aliados de Kiev, reafirmaram que qualquer acordo de paz deve garantir a soberania da Ucrânia. Em um pronunciamento público, o presidente Volodymyr Zelensky disse na sexta que a proposta de Trump coloca a Ucrânia num dilema entre perder a dignidade ou o apoio dos EUA. Ucrânia e Estados Unidos vão discutir na Suíça acordo de paz proposto por Trump Ramagem foragido Na sexta (21), o ministro Alexandre de Moraes decretou a prisão do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), condenado junto com Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. Ramagem deixou o país de forma clandestina, em setembro, e foi para os EUA. Ministro Alexandre de Moraes decreta prisão de Alexandre Ramagem, condenado no núcleo crucial do golpe Fim da COP A COP30 terminou no sábado, em Belém, como a adoção de indicadores comuns para medir adaptação a eventos climáticos extremos. Também foram aprovadas a meta de triplicar o financiamento global para adaptação até 2035 e a criação do Acelerador Global de Implementação, que busca alinhar metas nacionais ao limite de 1,5°C. Apesar disso, a conferência terminou sem consenso sobre a substituição dos combustíveis fósseis — tema central das negociações e uma prioridade do governo brasileiro. Na quinta, um incêndio atingiu parte da área reservada aos diplomatas envolvidos nas negociações. Felizmente, as chamas foram rapidamente controladas. COP30 chega ao fim, aprova acordos e fica sem definição para o 'mapa do caminho' Incêndio atingiu um dos pavilhões da COP, em Belém Douglas Pingituro/Reuters Enem: PF faz operação contra suspeito de fraude A Polícia Federal cumpriu no domingo (23) um mandado de busca e apreensão no Ceará para investigar suspeitas de fraude no Enem. O alvo foi Edcley Teixeira, um estudante de medicina que vive em Sobral e oferece cursos preparatórios. Dias antes do Enem, ele fez uma live mostrando questões muito parecidas com as que apareceram na segunda prova do exame, realizada no dia 16. O caso, revelado pelo g1, envolve ao menos cinco questões quase idênticas. Por causa disso, o Ministério da Educação invalidou três questões do Enem, mas descartou anular toda a prova. A PF apura como o conteúdo foi obtido por Edcley e se houve vazamento de material sigiloso. Em entrevista ao Fantástico, Edcley chamou de "coincidência" a similaridade entre as questões. Ele também admitiu ter pago alunos para memorizar perguntas de um pré-teste do MEC que é usado como laboratório para validar questões que podem ser incluídas no Enem. 'Não agi de má fé': Fantástico entrevista o universitário que revelou questões do Enem

  10. 13º salário: datas de pagamento, valores e quem tem direito O prazo para o pagamento da primeira parcela ou da parcela única do 13º salário foi antecipado para sexta-feira (28). Conhecido como um "salário extra", esse benefício é garantido por lei e, normalmente, é pago em duas parcelas, cada uma com datas definidas. A legislação brasileira determina que a primeira parcela deve ser paga até 30 de novembro. Mas, como este ano essa data cai em um domingo, os depósitos serão feitos antes, garantindo que todos recebam o valor dentro do prazo legal. A segunda parcela deve ser paga até 20 de dezembro e já vem com os descontos obrigatórios, como INSS e Imposto de Renda. O valor do 13º depende do salário bruto e do tempo trabalhado no ano, o que costuma gerar algumas dúvidas entre os trabalhadores. Preencha a calculadora abaixo com as suas informações e veja quanto deve receber. Ao longo desta reportagem, o g1 reuniu as principais perguntas e explica tudo que você precisa saber: Quem tem direito ao 13º salário? Qual é o tempo mínimo de registro para ter direito ao 13º? Como é feito o cálculo do 13º salário? Como funciona o 13º proporcional para quem foi demitido ou pediu demissão? Quais são os prazos legais para o pagamento do 13º? O empregador pode antecipar ou parcelar o 13º de outras formas? Estagiários, trabalhadores temporários e autônomos têm direito ao 13º? E se a empresa atrasar o pagamento? 13º salário Foto/Reprodução Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil 1. Quem tem direito ao 13º salário? Todo trabalhador contratado pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) tem direito ao 13º salário. Isso inclui empregados domésticos, rurais, urbanos e avulsos. Além dos trabalhadores da iniciativa privada, aposentados e pensionistas do INSS também recebem o benefício, conforme previsto na legislação brasileira. O advogado trabalhista Luís Gustavo Nicoli explica que o direito é garantido mesmo para quem não completou um ano na empresa. "O pagamento é proporcional ao tempo trabalhado. Ou seja, mesmo que o funcionário tenha sido contratado em julho, ele ainda assim receberá o valor referente aos meses em que esteve na empresa", afirma. 2. Qual é o tempo mínimo de registro para ter direito ao 13º? Para que um mês seja considerado no cálculo do 13º salário, o trabalhador precisa ter trabalhado pelo menos 15 dias naquele mês. Isso significa que não é necessário ter o mês completo de serviço para que ele entre na conta. "Cada mês com mais de 15 dias de trabalho conta como um mês integral para o cálculo do 13º. Se o empregado trabalhou menos de 15 dias em um determinado mês, aquele período não será considerado no cálculo do benefício”, explica Luís Gustavo. 3. Como é feito o cálculo do 13º salário? O cálculo do 13º salário é proporcional ao tempo de serviço no ano. Para fazer a conta, é preciso dividir o salário bruto mensal por 12 (referente aos meses do ano) e multiplicar pelo número de meses trabalhados. O resultado é o valor total do benefício, que normalmente é pago em duas parcelas. Na base de cálculo entram o salário-base, adicionais como insalubridade, periculosidade e adicional noturno, além da média de horas extras e comissões. Já benefícios eventuais ou indenizatórios, como vale-transporte ou auxílio-alimentação, não entram na conta. A primeira parcela corresponde à metade do valor calculado, enquanto a segunda parcela vem com os descontos obrigatórios, como INSS e Imposto de Renda. 4. Como funciona o 13º proporcional para quem foi demitido ou pediu demissão? Quem foi demitido sem justa causa tem direito ao 13º proporcional, calculado com base nos meses trabalhados no ano. O mesmo vale para quem pediu demissão voluntariamente: o benefício é pago de forma proporcional ao tempo de serviço. No entanto, há uma exceção importante. “O trabalhador que foi dispensado por justa causa perde o direito ao 13º salário”, explica Nicoli. Por isso, é essencial entender o tipo de desligamento para saber se o benefício será pago ou não. 5. Quais são os prazos legais para o pagamento do 13º? A primeira parcela do 13º salário deve ser paga até o dia 30 de novembro. Em 2025, essa data cai em um domingo, então o depósito deve ser feito até sexta-feira (28) para evitar atrasos. Já a segunda parcela precisa ser paga até o dia 20 de dezembro. Algumas empresas optam por antecipar a primeira parcela e pagá-la junto com as férias do empregado, desde que ele tenha solicitado isso até janeiro do mesmo ano. Essa antecipação é permitida por lei, mas o pagamento deve respeitar os prazos máximos estabelecidos. 6. O empregador pode antecipar ou parcelar o 13º de outras formas? Sim, o empregador pode antecipar o pagamento do 13º salário, inclusive quitando o valor integral de uma só vez. No entanto, essa antecipação deve respeitar os prazos legais: até 30 de novembro para a primeira parcela e até 20 de dezembro para a segunda. ➡️ O que não é permitido, segundo a legislação trabalhista, é dividir o pagamento em mais de duas parcelas. “A CLT e o Decreto 57.155/1965 estabelecem que o 13º deve ser pago em até duas vezes. Qualquer outra forma de parcelamento não está prevista na lei”, esclarece Nicoli. 7. Estagiários, trabalhadores temporários e autônomos têm direito ao 13º? Estagiários não têm direito ao 13º salário, pois o estágio é regido por uma legislação específica (Lei 11.788/2008) e não configura vínculo empregatício. Já os trabalhadores temporários, contratados conforme a Lei 6.019/1974, têm direito ao benefício, pois há vínculo de emprego durante o período do contrato. Autônomos e prestadores de serviço (como os que trabalham como pessoa jurídica, os chamados PJs) também não têm direito ao 13º. "Como não há relação de emprego, não se aplica a eles o pagamento do benefício", explica o advogado. 8. E se a empresa atrasar o pagamento? O atraso no pagamento do 13º salário pode gerar multa para o empregador. O trabalhador que não receber o benefício dentro do prazo pode denunciar a empresa à Superintendência Regional do Trabalho, órgão responsável por fiscalizar o cumprimento das leis trabalhistas. Por isso, é importante que as empresas se organizem para fazer os depósitos nas datas corretas.
  11. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decide, em sessão extraordinária convocada para esta segunda-feira (24), se mantém a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, no último sábado (22). Como a decisão de Moraes, relator do caso, foi tomada somente por ele (de forma monocrática), ela precisa ser referendada pelos demais ministros da Turma, responsáveis por julgar o caso. 🔎O julgamento será no plenário virtual, quando os ministros depositam os votos no sistema eletrônico da Corte, sem precisar se reunir presencialmente. Quem vai votar? A questão será avaliada pelos demais ministros do colegiado: Flávio Dino (presidente), Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. Moraes não vota, porque a decisão já é dele. Além da prisão, Moraes também determinou que: Bolsonaro terá atendimento médico integral na PF; O STF terá que autorizar previamente qualquer visita, exceto advogados e equipe médica; Todas as visitas autorizadas previamente, como dos governadores Tarcísio de Freitas e Cláudio Castro, por exemplo, estão canceladas. Bolsonaro está preso na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília Por que Bolsonaro foi preso? Moraes tomou essa decisão para garantir a ordem pública, já que, segundo o ministro, foi convocada uma vigília na porta do condomínio onde mora o ex-presidente para evitar que ele fosse preso. Além disso, Moraes também alegou que há elevado risco de fuga, considerando que Bolsonaro tentou danificar a tornozeleira eletrônica — usada para monitorar sua localização — com um ferro de solda. O próprio ex-presidente admitiu ter causado dano ao aparelho e precisou ter o dispositivo trocado durante a madrugada. Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses pela tentativa de golpe. Mas, não é por essa condenação que ele está preso, já que o prazo para a defesa recorrer só termina nesta segunda (24). O fim dos recursos e a prisão por condenação devem ocorrer nos próximos dias. Como a condenação de Bolsonaro é superior a oito anos (27 anos e 3 meses), ele deverá iniciar a execução da pena em regime fechado, ou seja, na cadeia. Assim, deve emendar a prisão preventiva com a prisão pela condenação.

  12. Ibaneis Rocha em imagem de arquivo. TV Globo O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), pretende se reunir, ainda nesta segunda-feira (24) com a cúpula do Banco de Brasília (BRB). O encontro deve acontecer menos de uma semana após a operação Compliance Zero, da Polícia Federal e do Ministério Público, que investiga uma série de indícios de fraude no Banco Master. A tentativa do BRB de comprar o Banco Master, desde o começo do ano, é ponto central do suposto esquema. Como parte da operação, a Justiça Federal em Brasília afastou dos cargos o então presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, e o então diretor financeiro Dario Oswaldo Garcia Junior. Ibaneis decidiu fazer a substituição definitiva de ambos. 👉 O novo indicado para comandar o BRB, Nelson Souza, deve participar da reunião desta segunda. 👉 O nome dele já foi aprovado pelo BRB, mas ainda precisa passar pela Câmara Legislativa do DF (CLDF) – o que pode acontecer já nesta terça (25). Nelson Antônio de Souza, ex-presidente da Caixa Reprodução Na sexta (21), Ibaneis disse à TV Globo que precisava conversar com a cúpula do BRB porque tinha "lido e ouvido muitas coisas" que não eram de seu conhecimento desde a operação. Um dia antes, o governador do DF tinha minimizado a investigação em outra entrevista. Disse que os erros do ex-presidente do BRB tinham sido por "excesso de confiança". "Podem ter ocorrido alguns erros, muitas vezes até pelo excesso de confiança. Eu debito essa operação e esse fato que aconteceu com o ex-presidente Paulo, que eu tenho por ele um carinho e uma confiança enorme, ao excesso de confiança no crescimento do banco", afirmou o governador. Ex-presidente do BRB volta ao Brasil e diz que sempre atuou 'na proteção' do banco 'Procedimentos escusos' e 'pura camaradagem' Justiça diz que dono do Master é chefe de organização criminosa contra sistema financeiro Em uma decisão obtida pela TV Globo, o juiz Ricardo Leite pede ao Banco Central uma "investigação minuciosa e isenta para verificar a situação patrimonial real" do BRB. O documento cita a hipótese de que, para salvar o Banco Master de uma "crise de liquidez" (ou seja, da capacidade de pagar esses títulos no futuro), dirigentes do BRB teriam adotado “procedimentos escusos” e atuado com “pura camaradagem”, injetando dinheiro no Master. Em linhas gerais, segundo as investigações: O Banco Master emitiu R$ 50 bilhões em certificados de depósito bancário (CDBs, um tipo de título financeiro) prometendo juros acima das taxas de mercado e sem comprovar que tinha liquidez, ou seja, que conseguiria pagar esses títulos no futuro. Para reforçar essa impressão de liquidez, o Master aplicou parte do dinheiro dos CDBs em ativos que não existem, comprando créditos de uma empresa chamada Tirreno. O Master não pagou nada por essa compra, mas logo em seguida vendeu esses mesmos créditos ao BRB – que pagou R$ 12,2 bilhões, sem documentação, para "socorrer" o caixa do Banco Master. Essas transações aconteceram no mesmo período em que o BRB tentava comprar o próprio Banco Master – e convencer os órgãos de fiscalização de que a transação era viável e não geraria risco aos acionistas do BRB, incluindo o governo do DF. 👉Os investigadores ainda apuram "as razões pelas quais o BRB desconsiderou irregularidades graves nas operações". Banco BRB O Banco de Brasília S.A. (BRB) foi criado em dezembro de 1964 com o objetivo de ser um agente financeiro para captar os recursos necessários para o desenvolvimento do Distrito Federal. Em 1991, passou a ser um banco com as carteiras: comercial, câmbio, desenvolvimento e imobiliária. A empresa é uma sociedade de economia mista, de capital aberto, e o acionista majoritário é o Governo do Distrito Federal (71,92%). O BRB é uma instituição financeira com atuação no Distrito Federal e com agências no Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Bahia e Paraíba. LEIA TAMBÉM: BOLSONARO PRESO: advogados e médicos visitam ex-presidente na superintendência da PF PRISÃO PREVENTIVA: antes de admitir ter usado ferro quente, Bolsonaro disse que tinha batido tornozeleira na escada Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.

  13. Porto Alegre com céu nublado Lauro Alves/ Agencia RBS A última semana de novembro no Rio Grande do Sul será marcada por variação no tempo: os primeiros dias terão chuva em várias regiões, mas o cenário muda a partir de quarta-feira (26), quando o sol aparece com mais intensidade. As informações são da Climatempo Meteorologia. Na segunda-feira (24), o dia começa com influência de áreas de baixa pressão e circulação marítima, mantendo o tempo instável. Há previsão de chuva fraca a moderada, com possibilidade de trovoadas na Regiões Norte, Nordeste, Vales e Serra. Já no Centro, Litoral Norte, Costa Doce, Sul e parte da Campanha, a chuva deve ser mais leve. Em outras áreas, a nebulosidade segue variável. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp Pela manhã, as temperaturas ficam baixas no Norte e na Serra, e não sobem muito ao longo da tarde. Nas demais regiões, o aquecimento será mais evidente: em cidades como Frederico Westphalen, Santa Rosa, Horizontina, Iraí e Três de Maio, a temperatura máxima está prevista para chegar aos 30ºC. VÍDEO: Temporal de granizo causa estragos em Erechim, no RS Veja os vídeos que estão em alta no g1 Na terça-feira (25), o tempo segue instável, com possibilidade de chuva fraca em áreas como Sul, Costa doce, Centro, Cales, Serra, Nordeste e Litoral Norte. Nas demais regiões, o sol aparece entre nuvens, influenciado por um sistema de alta pressão. As manhãs serão frias em grande parte do estado, mas à tarde o calor retorna. A partir de quarta-feira (26), o tempo deve ficar mais firme no estado. O sol aparece com maior frequência e a instabilidade perde força. Pela manhã, as temperaturas continuam baixas no Norte, mas à tarde o calor aumenta, especialmente na metade Oeste. VÍDEOS: Tudo sobre o RS

  14. ♫ DISCOTECA VIRTUAL 12 Capa do álbum ‘Tudo que eu sinto faz barulho’, de Bela Maria Divulgação ♪ Tudo que eu sinto faz barulho – Bela Maria ♬ A cantora e compositora pernambucana Bela Maria gravita pelo universo do R&B contemporâneo, com sotaque pop, no primeiro álbum autoral. Tudo que eu sinto faz barulho aporta nos aplicativos de áudio na quarta-feira, 26 de novembro, com sample de A loba (na voz de Alcione) na faixa Doce, dengosa, polida. A música Efeito Mandela tem a participação de N.I.NA. enquanto Preciso de respostas traz Chris MC. Itoo assina a produção musical de nove das dez faixas do disco (a exceção é Outro nome, música formatada por Dos Mlk). Poema sujo e Como canta Gal são músicas do álbum de Bela Maria. Capa do álbum ‘Meu bem de Belém’, de Mundiá Carimbó Divulgação ♪ Meu bem de Belém – Mundiá Carimbó ♬ No embalo da COP 30, a banda nortista Mundiá Carimbó festeja 10 anos de vida com a edição do álbum Meu bem de Belém. Com produção musical e arranjos de Manoel Cordeiro, guitarrista referencial no universo musical da região, o álbum Meu bem de Belém sai na sexta-feira, 28 de novembro, com repertório autoral que gravita em torno da música latina amazônica, partindo do carimbó e da guitarrada para transitar por gêneros afro-caribenhos como a cúmbia e o zouk. A banda Mundiá Carimbó é sexteto que tem dois vocalistas, Joana Marinho (também na percussão) e João Guaiamum (também na guitarra). Capa do álbum ‘ReVistos’, de Regina Dias Divulgação ♪ ReVistos – Regina Dias ♬ Samba lançado há 60 anos por Tito Madi (1929 – 2018), fino estilista do samba-canção, Deixa o morro cantar (1965) reaparece em ReVistos, álbum em que a cantora paulista Regina Dias pesca pérolas no baú da música brasileira com a intenção de oferecer abordagens sem ranços nostálgicos. Com arranjos e direção musical dos pianistas Jether Garotti e Marcos Pontes Caixote, além de produção do percussionista Marco Bosco, o álbum ReVistos tem lançamento agendado para sexta-feira, 28 de novembro. No repertório, selecionado fora da esfera do óbvio, há A ordem é samba (Jackson do Pandeiro e Severino Ramos, 1966), Boato (João Roberto Kelly, 1961), Saltei de banda (Zé Rodrix e Luiz Carlos Sá, 1972) e Sou sem paz (Adilson Godoy, 1964).

  15. Juíza mantém prisão preventiva de Bolsonaro em audiência de custódia; veja imagens dele Termina nesta segunda-feira (24) o prazo para as defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro e dos outros seis condenados no Julgamento do Golpe apresentarem novos embargos de declaração ao Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-presidente foi condenado por 27 anos e 3 meses por tentativa de golpe de Estado. 🔍Os embargos de declaração são um tipo de recurso para alterar pontos específicos da sentença. Geralmente, não reduzem o tamanho da pena. A Primeira Turma do STF já rejeitou os primeiros embargos de declaração das defesas. Nos próximos dias, advogados, em tese, podem lançar mão também dos embargos infringentes: tipo de recurso que tenta alterar o tempo da pena. Mas o entendimento no STF é que embargos infringentes só podem ser apresentados se o condenado tivesse obtido dois votos pelas absolvição no julgamento — isso não ocorreu. Bolsonaro foi preso na Superintendência da Polícia Federal no sábado (22), por ordem de Moraes, mas não por causa desse julgamento. Ele foi preso porque estava tentando romper regras da prisão domiciliar. Ele cumpria prisão domiciliar por ter atrapalhado o processo do Julgamento do Golpe. Vídeo mostra Bolsonaro na PF durante visita de Michelle Quando podem ocorrer prisões Na decisão em que determinou a prisão preventiva de Jair Bolsonaro, o ministro Alexandre de Moraes falou da proximidade do fim do processo da trama golpista. A ação penal contra o ex-presidente e outros seis réus está em fase de recursos e, quando não for mais possível questionar a decisão, a condenação vai se tornar definitiva. Ou, em termos técnicos, vai "transitar em julgado". O processo que apurou a tentativa de golpe de Estado em 2022 surgiu a partir de investigações da Polícia Federal, concluídas em novembro de 2024. Em fevereiro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia contra Bolsonaro e outros réus. A acusação gerou a ação penal que tramitou entre março e setembro deste ano. A Primeira Turma condenou Bolsonaro e outros sete réus a penas que variam de 2 a 27 anos e 3 meses de prisão. Um dos acusados, o tenente-coronel Mauro Cid, que fechou acordo delação premiada, já cumpre a pena de dois anos em regime aberto. Agora, para os demais, réus, o caso se aproxima de um desfecho: está na fase de análise de recursos. Quando não houver mais chance de contestar a decisão, o processo vai para a etapa de execução da pena. Isso deve ocorrer nos próximos dias. Como está o processo contra o 'núcleo crucial'? Moraes nega pedido de prisão domiciliar de Bolsonaro A ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros seis réus está na fase de recursos contra a condenação determinada em setembro pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal. O primeiro recurso – os embargos de declaração, que buscam esclarecer pontos da decisão – já foi rejeitado pelo colegiado. As defesas podem apresentar novos embargos até esta segunda-feira. Bolsonaro foi preso em regime domiciliar em agosto O ex-presidente foi preso no âmbito da investigação sobre a tentativa de atrapalhar o andamento do processo da trama golpista. O inquérito, aberto em maio deste ano, se concentrou incialmente na atuação de Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, contra autoridades brasileiras nos Estados Unidos. Em julho, incluiu Jair Bolsonaro. Na ocasião, ele foi alvo de medidas restritivas. Bolsonaro foi obrigado a: usar tornozeleira eletrônica, fazer recolhimento domiciliar à noite e nos fins de semana, manter distância de embaixadas e consulados. E foi proibido de se comunicar com outros investigados, usar redes sociais, mesmo de forma indireta, ter contato com embaixadores e autoridades estrangeiras. Em agosto, Moraes determinou a prisão domiciliar, diante do descumprimento das obrigações. Agora, diante de nova violação das regras, o magistrado determinou a prisão preventiva em uma unidade da Polícia Federal. Há outros réus presos? Sim. O general Walter Souza Braga Netto, também condenado, está preso preventivamente desde dezembro de 2024. O deputado federal Alexandre Ramagem teve ordem de prisão decretada no último domingo (16), após ter deixado o Brasil em setembro. Quais são os próximos passos do processo? A decisão conjunta que rejeitou os primeiros embargos de declaração foi publicada no início desta semana. Com isso, na quarta-feira (19) começou a contar o prazo para a apresentação de novos embargos de declaração, também chamados de segundos embargos. As defesas têm até segunda-feira (24) para lançar mão deste tipo de recurso. Advogados também podem optar pelos embargos infringentes, que buscam alterar a condenação. Mas, para que este recurso seja admitido, são necessários dois votos pela absolvição, o que não ocorreu neste caso. Quando não houver mais chances de recurso, o caso vai transitar em julgado, ou seja, a condenação vai se tornar definitiva. Começará, então, a execução das penas. Foto de arquivo mostra Bolsonaro em setembro de 2025. Ex-presidente foi levado à sede da PF em Brasília após Moraes determinar sua previsão preventiva Luis Nova/AP
  16. Prisão de Bolsonaro é mantida em audiência de custódia A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar analisar nesta segunda-feira (24) a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O julgamento será virtual e ocorrerá entre 8h e 20h. Nesse formato, os ministros depositam seus votos na página eletrônica da Corte. Participam do julgamento o presidente da Turma, ministro Flávio Dino, e os ministras Cristiano Zanin e Cármen Lúcia. Moraes, por ser o autor da decisão, não vota. Bolsonaro está preso desde sábado (22), após a Polícia Federal apontar risco de fuga, violação da tornozeleira eletrônica e tentativa de usar aglomeração de apoiadores para facilitar um despiste às autoridades. Ele cumpria prisão domiciliar por tentativa de atrapalhar o processo do golpe de Estado, em que foi condenado a 27 anos e 3 meses de detenção. Neste domingo (23), o ex-presidente passou por audiência de custódia na Superintendência da PF, em Brasília, que manteve a prisão preventiva. Vídeo mostra Bolsonaro na PF durante visita de Michelle O que Bolsonaro disse na audiência de custódia Em depoimento à juíza Luciana Sorrentino, na audiência de custódia, Bolsonaro afirmou que o episódio da violação da tornozeleira ocorreu durante um “surto” provocado por medicamentos psiquiátricos. Segundo ele, a pregabalina — prescrita para dores neuropáticas e ansiedade — teria lhe causado “paranoia” e “alucinações”. A ata da audiência registra: Bolsonaro disse ter acreditado que havia uma escuta na tornozeleira; Com um ferro de soldar, tentou abrir a tampa do equipamento; Alegou ter “caído na razão” e interrompido a ação; Comunicou os agentes de custódia em seguida; Relatou não se lembrar de ter tido um surto semelhante antes; Disse ter começado a usar um dos remédios “havia quatro dias” antes da prisão. O ex-presidente negou qualquer intenção de fuga. Leia também: Bolsonaro alega surto e negou tentativa de fuga em audiência de custódia; prisão foi mantida Imagens inéditas mostram como ficou tornozeleira queimada por Bolsonaro com ferro de solda O julgamento desta segunda-feira A Primeira Turma vai decidir se: mantém a prisão preventiva de Bolsonaro, ou revoga a decisão de Moraes. Se a Turma confirmar a prisão: Bolsonaro pode permanecer preso por tempo indeterminado — enquanto a Justiça entender que a medida é necessária. No entanto, por lei, prisões preventivas devem ser reavaliadas a cada 90 dias. Além da prisão, Moraes determinou que: Bolsonaro terá atendimento médico integral na PF Todas as visitas, exceto de advogados e médicos, precisam ser autorizadas previamente pelo STF Visitas que ele receberia em casa como as dos governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo) e Cláudio Castro (Rio de Janeiro) ficam canceladas. Condenação por tentativa de golpe Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses por tentativa de golpe de Estado. Essa condenação, porém, ainda não foi executada, porque o prazo para recursos não terminou. Ele não está preso por essa sentença, e sim por violar regras da prisão domiciliar. As defesas de Bolsonaro e de outros seis condenados têm até esta segunda-feira (24) para apresentar novos embargos de declaração no chamado “Julgamento do Golpe”. Esse tipo de recurso costuma corrigir pontos específicos da decisão, mas raramente altera o tempo total da pena. Nos próximos dias, as defesas ainda poderão tentar usar os embargos infringentes, mas a jurisprudência do STF é clara: esse recurso só é aceito quando o réu recebeu ao menos dois votos pela absolvição — o que não ocorreu no caso de Bolsonaro. Com pena superior a 8 anos, Bolsonaro deverá iniciar o cumprimento em regime fechado assim que os recursos se esgotarem. A tendência é que a prisão preventiva atual “emende” com o início da pena.

  17. O casal de palestinos Yahya Ali Owda Alghefari e Tala Z. M. Elbarase, que está retido no Aeroporto Internacional de SP, em Guarulhos Arquivo pessoal Um casal de palestinos vindo da Faixa de Gaza está retido há cinco dias na área restrita do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, após solicitar refúgio humanitário às autoridades brasileiras. Yahya Ali Owda Alghefari, de 30 anos, e Tala Z. M. Elbarase, de 25, desembarcaram na quinta-feira (20) em um voo vindo do Egito com destino final previsto para a Bolívia, mas decidiram permanecer no Brasil e pedir proteção internacional. Assim que o avião pousou, os dois procuraram a Polícia Federal e manifestaram formalmente a intenção de solicitar refúgio. Segundo o advogado que representa o casal, Willian Fernandes, apesar da comunicação imediata, a PF não registrou o pedido verbal e passou a tratá-los como passageiros em trânsito, com possibilidade de repatriação. Os passaportes ficaram retidos com a companhia aérea Qatar Airways, responsável pelo trecho até Guarulhos. Diante do risco de devolução imediata, o advogado entrou com um pedido de habeas corpus na Justiça Federal. A juíza plantonista Letícia Mendes Martins do Rego Barros concedeu parcialmente a liminar para impedir qualquer medida de retirada compulsória do país, determinando que os dois permaneçam sob custódia da Polícia Federal até uma nova decisão. No pedido de habeas corpus, o advogado sustenta que a PF descumpriu normas nacionais e internacionais ao não registrar o pedido verbal de refúgio, obrigação prevista no artigo 4º da Lei 9.474/1997 e na Resolução Conare nº 18/2014. Afirma ainda que a tentativa de repatriação configura violação direta ao princípio da não devolução. A magistrada destacou que a eventual repatriação violaria o princípio do non-refoulement, previsto na Convenção de Genebra de 1951 e incorporado à legislação brasileira pela Lei nº 9.474/1997. O princípio proíbe que solicitantes de refúgio sejam devolvidos para locais onde sua vida ou integridade física possam estar em risco — como é o caso da Faixa de Gaza, região de conflito. Veja os vídeos que estão em alta no g1 O casal apresentou à Justiça documentos oficiais que comprovam identidade, origem e histórico pessoal. Entre eles, certidões de nascimento, carteiras de identidade palestinas, certidão de casamento reconhecida pela Embaixada da Palestina, diploma universitário de Yahya e comprovante de experiência profissional de Tala como farmacêutica no Hospital Al-Sahaba. Os dois registraram ainda no sistema oficial do Ministério da Justiça pedidos de reconhecimento da condição de refugiados, mas não conseguiram concluir presencialmente o procedimento porque permanecem retidos sob custódia da PF — justamente a autoridade que deveria receber a solicitação. Documentos apresentados ao processo também mostram que o casal já possui rede de apoio organizada para acolhimento no Brasil. A ONG Refúgio Brasil declarou que os dois têm vínculos afetivos e comunitários no país e que há um plano de moradia preparado para recebê-los. A entidade afirma ainda que não há nenhum indício de tráfico de pessoas ou contrabando, afastando suspeitas levantadas durante o atendimento no aeroporto. O Centro de Direitos Humanos e Cidadania do Imigrante (CDHIC) também emitiu declaração confirmando a condição humanitária do casal e oferecendo apoio para integração social. "São indivíduos oriundos de uma região de guerra, submetidos a condições extremas e que buscam estabelecer-se no Brasil — país onde existe uma comunidade palestina numerosa, estruturada e historicamente acolhedora", declarou a CDHCI. Situação indefinida Após a liminar, a Polícia Federal foi notificada e deve prestar informações em 24 horas. A defesa pede que a entrada do casal seja autorizada em caráter condicional, permitindo que aguardem o processamento do pedido de refúgio em liberdade e sob acolhimento da rede comunitária brasileira. A liminar concedida pelo plantão judicial na quinta-feira (21) proibiu a repatriação, mas ainda não houve decisão definitiva. Como a entrada ao Brasil não foi permitida, eles ficaram em uma situação indefinida e tiveram que ficar hospedados no único hotel que existe dentro da área restrita do aeroporto, o TRYP by Wyndham São Paulo Airport. A hospedagem de Tala está sendo custeada pela Qatar Airways, conforme regras internacionais aplicáveis a passageiros inadmitidos. Mas a do marido, Yahya, tem que ser paga por ele próprio, o que a defesa considera um efeito indevido da ausência de definição administrativa e judicial. “A liminar impediu a repatriação, mas o casal está em um limbo jurídico. O direito de solicitar refúgio é garantido pela lei e pelos tratados internacionais, e não pode ser negado com base em entendimentos administrativos que contrariam normas superiores. É uma situação humanitária urgente, que exige resposta ráida", afirmou o advogado Willian Fernandes. Por enquanto, Yahya e Tala seguem na área restrita do aeroporto, sem passaportes, aguardando a análise definitiva da Justiça. A decisão final poderá definir se eles poderão deixar o local e iniciar o processo de integração no país enquanto seus pedidos de refúgio são avaliados. A defesa vai protocolar uma nova petição, pedindo que a Justiça determine a entrada condicional no país ou a imediata liberação do casal para aguardar o processamento do refúgio na rede de acolhida que já os aguarda. O g1 solicitou posicionamento à Polícia Federal, ao Ministério da Justiça e à Qatar Airways e aguarda resposta.

  18. Acidente ocorreu sentido Araruama Divulgação / CCR Via Lagos Um acidente de moto deixou uma mulher morta e um homem ferido na manhã deste domingo (23), na RJ-124 (ViaLagos), na altura do quilômetro 7, em Rio Bonito, sentido Araruama. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, a equipe foi acionada às 10h38 para atender ao acidente envolvendo uma queda de moto. O homem ferido foi socorrido pela equipe da concessionária que administra a rodovia e encaminhado para atendimento médico. 📱 Siga o canal do g1 Região dos Lagos no WhatsApp. Já Lourdes Lopes Medeiros, de 51 anos, morreu no local. O corpo foi removido por volta das 14h31 e levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Araruama, ainda segundo o Corpo de Bombeiros. A reportagem não conseguiu informações sobre o estado de saúde do homem que sobreviveu ao acidente. Veja os vídeos que estão em alta no g1

  19. A artista que nasceu como MC Beyonce, explodiu no funk, abraçou o pop e fez história na indústria de shows com pagode, agora te convida para um mergulho no R&B.

  20. COP30 termina com gosto amargo, mas traz avanços A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP) encerrou-se com um alerta claro da ciência. O balanço das negociações mostra que o mundo 'falhou' em cumprir os objetivos climáticos estabelecidos até aqui. Os cientistas presentes trouxeram uma mensagem inequívoca: para evitar um colapso climático, duas medidas urgentes são cruciais. A primeira medida urgente para combater o colapso climático é proteger e restaurar todas as florestas do mundo. As florestas têm a função essencial de limpar a atmosfera, removendo quase um terço dos gases de aquecimento emitidos anualmente. Especialistas ouvidos pelo Fantástico, da TV Globo, explicam que desmatar prejudica muito a capacidade das florestas de remover gás carbônico (veja vídeo acima). Por isso, o rascunho global propôs zerar o desmatamento até 2030 e promover a regeneração. Já a segunda recomendação central era definir prazos para acabar com os combustíveis fósseis. Petróleo, gás e carvão são responsáveis por 75% das emissões de gases de efeito estufa. O uso continuado desses combustíveis ameaça ultrapassar limites planetários, causando o derretimento sem controle das geleiras, a morte dos corais e o colapso de correntes marinhas vitais para o resfriamento do clima. No entanto, a situação é dramática, pois "é essencialmente inevitável ultrapassar 1,5 grau de aquecimento nos próximos 5 a 10 anos", como afirma Johan Rockstrom, diretor do Instituto Potsdam de Pesquisas sobre o Impacto Climático. O limite de 1,5 grau foi estabelecido pela ciência para evitar que os limites planetários sejam ultrapassados. O cenário exige aceitar que "fracassamos até aqui". Cinco anos após 2020, as emissões de gases de efeito estufa ainda estão aumentando. A melhor solução que a ciência pode oferecer é limitar esse pico de aquecimento a, no máximo, 1,7 grau, antes que a temperatura volte a cair até o fim do século. Para que isso ocorra, seria preciso reduzir as emissões em 5% ao ano, todos os anos, começando imediatamente. COP 30 em Belém Photo/Fernando Llano Apesar do tom de fracasso, as negociações globais tiveram impacto. Se o ritmo de crescimento das emissões tivesse se mantido igual ao da primeira COP, o planeta já estaria 2 graus mais aquecido e chegaria ao fim do século com 4 graus. Com as COPs, as emissões continuaram a crescer, mas num ritmo mais lento. Enquanto isso, os movimentos sociais voltaram a ocupar o espaço das negociações, garantindo vitórias paralelas. Quando a COP veio para a Amazônia, a Amazônia ocupou a COP. Os indígenas asseguraram a demarcação de 10 territórios. Além disso, o fundo proposto pelo Brasil para proteger florestas tropicais já acumulou mais de 32 bilhões de reais. No campo político, o plano de ação mais ambicioso recebeu apoio de mais de 80 países. No entanto, Arábia Saudita, China e Índia lideraram o boicote a qualquer menção de prazos para o fim dos combustíveis fósseis. As discussões tensas foram interrompidas por um incidente com fogo, que paralisou a conferência por seis horas, gerando noites sem sono e um dia a mais de negociações. Apesar da urgência científica, a COP terminou sem sequer mencionar o fim dos combustíveis fósseis e a importância das florestas no texto oficial. O Brasil, que mantém a presidência até novembro do próximo ano, se comprometeu a trabalhar para que esses temas primordiais entrem no documento da próxima COP. Ouça os podcasts do Fantástico ISSO É FANTÁSTICO O podcast Isso É Fantástico está disponível no g1 e nos principais aplicativos de podcasts, trazendo grandes reportagens, investigações e histórias fascinantes em podcast com o selo de jornalismo do Fantástico: profundidade, contexto e informação. Siga, curta ou assine o Isso É Fantástico no seu tocador de podcasts favorito. Todo domingo tem um episódio novo.
  21. Cinzas transformadas em diamantes: o desejo realizado de Preta Gil Preta Gil, que morreu julho após complicações de um câncer no intestino, havia revelado a seus amigos o desejo de transformar suas cinzas em diamantes. E sua vontade foi atendida, conforme mostrou uma reportagem do Fantástico. A cantora tinha esse interesse desde que soube da possibilidade de produzir pedras preciosas em laboratório. Ao ver a chance de se tornar um diamante, Preta achou a ideia "magnífica". Parte das cinzas da cantora foi enviada a um laboratório em São Paulo com a missão de produzir diamantes para seus amigos. O processo utiliza o carbono presente nas cinzas, que é então trabalhado com nanotecnologia para se transformar em diamante. Um diamante é composto por um único elemento químico: o carbono. No laboratório, o carbono extraído é transformado em grafite e, em seguida, enviado à Índia, onde o processo de produção é finalizado. Com as cinzas recebidas, foram criados 12 diamantes para os amigos. Outra parte das cinzas foi destinada a um laboratório em Curitiba, responsável por criar um diamante para a família Gil. Neste caso, a produção da pedra foi realizada integralmente no Brasil, do começo ao fim. A transformação laboratorial simula o que ocorre na natureza, mas com uma velocidade de tempo infinitamente maior. O produto final é um diamante "genuíno", com as mesmas propriedades químicas e físicas de uma pedra extraída da natureza. Para isolar o carbono da amostra, são utilizados diversos processos de queima. O objetivo é extrair outros materiais, como enxofre, potássio e outros compostos orgânicos, deixando apenas o carbono puro. O químico Dennys Alves mostrou que este carbono, inicialmente em pó, é submetido a alta pressão e temperatura para ser transformado em grafite. Esse grafite é então condensado em uma pastilha, que facilita o trabalho. A pastilha de grafite é colocada dentro de uma cápsula, que possui componentes para aplicar pressão e parte elétrica. A temperatura é elevada a 2000 ou até 3000 graus. O material segue para uma prensa que simula as condições da crosta terrestre. Nessa prensa, a pastilha é submetida a uma pressão altíssima. A pressão é comparada a "todo o peso do Monte Everest na cabeça de uma agulha". Sob tanta pressão, os átomos de carbono se reorganizam. O que levaria milhões de anos na natureza, acontece em aproximadamente 60 horas nesse processo, resultando no diamante bruto. Após a produção, o diamante bruto é lapidado e polido até atingir seu brilho e formato final. Os custos para fabricar um diamante de laboratório variam conforme o tamanho, partindo de R$ 3.800 nesta empresa. O diamante de 0,3 quilate da família Gil está pronto para ser entregue. Os diamantes destinados aos amigos de Preta também estão sendo enviados a eles. Anos atrás, Duh Marinho, Gominho, duas amigas e Preta tatuaram um diamante no dedo, um símbolo de amizade que, agora, se torna "muito mais". O diamante recebe um número de certificação marcado a laser, visível com uma lupa de 40 vezes, e inclui o nome da pessoa homenageada. Quando um feixe de luz encontra o diamante, ele se multiplica, o que serve como uma lembrança de que a luz da pessoa "continua se multiplicando infinitamente". "É igual diamante. Não quebra. A Preta é isso... Ninguém destrói, ninguém quebra. E ela era essa pessoa", concluiu Gominho. A reportagem também destacou o caso de Mário e Sônia. O casal, que se conheceu aos 15 anos, teve as cinzas misturadas pelas filhas para a produção de uma única pedra. Mário morreu em 2021 devido à Covid, e Sônia em dezembro de 2023, por complicações de um tratamento contra o câncer. A pedra simboliza a relação "inquebrável" dos dois. Uma de suas filhas, a psicólogaTaisa Berlingieri relatou a emoção de ver a transformação das cinzas e memórias em algo "tão valioso e bonito assim". Outra parte das cinzas do casal se transformou em flor, sendo jogada na árvore mais bonita do quintal, onde o vento e o sol trazem paz. Ouça os podcasts do Fantástico ISSO É FANTÁSTICO O podcast Isso É Fantástico está disponível no g1, Globoplay, Deezer, Spotify, Google Podcasts, Apple Podcasts e Amazon Music trazendo grandes reportagens, investigações e histórias fascinantes em podcast com o selo de jornalismo do Fantástico: profundidade, contexto e informação. Siga, curta ou assine o Isso É Fantástico no seu tocador de podcasts favorito. Todo domingo tem um episódio novo. PRAZER, RENATA O podcast 'Prazer, Renata' está disponível no g1, no Globoplay, no Deezer, no Spotify, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, na Amazon Music ou no seu aplicativo favorito. Siga, assine e curta o 'Prazer, Renata' na sua plataforma preferida. BICHOS NA ESCUTA O podcast 'Bichos Na Escuta' está disponível no g1, no Globoplay, no Deezer, no Spotify, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, na Amazon Music ou no seu aplicativo favorito.

  22. Ludmilla is in the house. Ou melhor, Ludmilla está no Show da Vida. A artista que nasceu como MC Beyonce, explodiu no funk, abraçou o pop e fez história na indústria de shows com pagode, agora te convida para um mergulho no R&B. E Poliana Abritta bateu um papo com a Lud sobre essa nova fase musical, os próximos passos na carreira e, claro, que teve muito momento fofura sobre a Zuri, a filha de Ludmilla com a dançarina Brunna Gonçalves. Neste episódio do podcast do Fantástico, você vai ouvir trechos inéditos dessa conversa deliciosa. Ludmilla lança novo álbum no palco do Fantástico

  23. Nívia abre o coração sobre o filho que sofreu bullying "Foi um vazio gigantesco." Foi assim que a brasileira Nívia Estevam, do Pará, descreveu a sensação de descobrir que seu filho, de dez anos, teve a ponta de dois dedos decepadas. O caso aconteceu na Escola Básica de Fonte Coberta, em Cinfães, em Portugal, no dia 10 de novembro. Em entrevista ao Fantástico, ela mostrou que já havia alertado a escola sobre o bullying que o filho vinha sofrendo e que já havia pedido providências. O filho de Nívia entrou na escola em setembro, mês em que se inicia o ano letivo na Europa. Ele — na época com 9 anos — tinha se queixado de que havia um menino dizendo que ele não sabia falar português e que era para ele "aprender a falar português direito". O brasileiro também tinha relatado que sofria puxões de cabelo e chutes. Nívia contou que, quando o filho relatava as agressões à professora, ela dizia: "não seja mentiroso, você tem que ser um menino bom". A mãe só conseguiu uma prova física no dia 5 de novembro, quando o menino chegou em casa com o pescoço roxo. Ela reclamou para a professora: enviou a foto, disse que não iria tolerar "nenhum tipo de agressão" contra seu filho e exigiu que uma atitude diante da situação. A educadora respondeu: "Amanhã, vou falar com eles". Criança brasileira tem dois dedos decepados em escola de Portugal, diz mãe Arquivo pessoal A agressão Cinco dias depois daquela conversa com a professora, ocorreu a agressão que causou a amputação das pontas dos dedos da criança. "Foi um incidente que podia ter acontecido com qualquer menino e ninguém teve intenção de magoar o José. Estavam brincando", escreveu a professora à mãe. O Fantástico tentou contato com a Escola Básica de Fonte Coberta. Em nota, uma coordenadora disse que a instituição "não prestará declarações à comunicação social sobre o caso referido" e que "todas as informações oficiais sobre o incidente serão divulgadas apenas através de comunicados institucionais, quando o inquérito interno estiver concluído". A agressão aconteceu quando José Lucas desceu para merendar. Duas crianças entraram atrás dele no banheiro. A mãe relatou que as crianças, "na intenção de amedrontar ele, fecharam a porta e ficaram ali segurando". A mão esquerda do garoto, que estava no vão, acabou presa. A mãe recebeu a ligação da professora por volta das 10h30, sendo informada de um "acidente". Ao perguntar se era grave, a educadora disse: "não, não foi tão grave". Nívia chegou à escola cinco minutos após a ligação. Ao ver a mãe do aluno, a professora começou a repetir que tinha sido "só uma brincadeira". A mãe e o filho esperaram 40 minutos por uma ambulância, que os levou para um hospital a mais de 100 quilômetros. A brasileira só soube que o menino estava sem as pontas dos dedos (indicador e médio) quando um funcionário da ambulância as entregou em uma luva, pouco antes de chegar ao hospital. De acordo com a equipe médica, o quadro era irreversível. Responsabilidade da escola Catarina Zuccaro, advogada de Nívia, afirmou que a escola "falhou grandemente" e pedirá indenização. O trauma do menino "não vai ser apagado", mas ela espera que ele consiga "ressignificar" para que isso não guie sua vida futura. "A partir do momento que ele atravessa aquela porta, ele é, sim, responsabilidade daquela escola. Tanto quem agride quanto quem é agredido", explicou a advogada. Nívia disse tinha "todas as provas de que ele estava sofrendo agressões na escola" e de que a institução "estava ciente", então, esperava receber ajuda e instrução. Mas ao buscar a polícia, a brasileira teria tido seu depoimento interrompido pelo delegado. "Ele bateu assim na mesa, chegou bem próximo de mim e disse: 'Não vou aceitar que você fale isso aqui. Em Portugal, não existe nem racismo nem xenofobia''", contou Nívia. Segundo ela, ambas discriminações motivaram a violência contra seu filho. Ela contou que, entre os responsáveis pelos outros alunos da sala, somente um mostrou preocupação: "Uma mãe veio e me perguntou: 'Eu sou fulana, mãe de tal pessoa. Alguma vez minha filha já maltratou seu filho?'. Eu respondi 'não que ele tenha me relatado'. Foi a única mãe que falou alguma coisa." Repercussão Com medo de novas agressões, Nívia decidiu deixar a cidade de Cinfães "às pressas". Ela vive temporariamente com os sogros e procura uma nova escola que tenha preparo para dar apoio pedagógico ao filho. Nas redes sociais, a família tem recebido mensagens de solidariedade que pedem providências sobre o caso. Fernando Alexandre, ministro da Educação de Portugal, disse que respeita a autonomia da escola para investigar o caso, mas que nem tudo pode ser visto como brincadeira. O embaixador brasileiro em Portugal, Raimundo Carreiro, alertou as autoridades portuguesas de que as primeiras medidas tomadas pela escola e pela polícia local não foram satisfatórias, em função da gravidade do ocorrido. Ouça os podcasts do Fantástico ISSO É FANTÁSTICO O podcast Isso É Fantástico está disponível no g1, Globoplay, Deezer, Spotify, Google Podcasts, Apple Podcasts e Amazon Music trazendo grandes reportagens, investigações e histórias fascinantes em podcast com o selo de jornalismo do Fantástico: profundidade, contexto e informação. Siga, curta ou assine o Isso É Fantástico no seu tocador de podcasts favorito. Todo domingo tem um episódio novo. PRAZER, RENATA O podcast 'Prazer, Renata' está disponível no g1, no Globoplay, no Deezer, no Spotify, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, na Amazon Music ou no seu aplicativo favorito. Siga, assine e curta o 'Prazer, Renata' na sua plataforma preferida. BICHOS NA ESCUTA O podcast 'Bichos Na Escuta' está disponível no g1, no Globoplay, no Deezer, no Spotify, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, na Amazon Music ou no seu aplicativo favorito.

  24. 180, central de atendimento à mulher, completa 20 anos O Brasil enfrenta uma realidade assustadora de violência contra a mulher, conforme revelam dados inéditos da maior Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher. O Fantástico, da TV Globo, teve acesso exclusivo aos números que traçam um perfil da agressão no país e destacam a urgência do combate a essa crise. O levantamento acontece no momento em que o "Ligue 180", a Central de Atendimento à Mulher, completa 20 anos de funcionamento. Os números da pesquisa, realizada pelo Instituto DataSenado e que entrevistou cerca de 22 mil brasileiras (21.641) este ano, impressionam. Cerca de 71% das violências são testemunhadas por alguém, sejam crianças ou adultos. O coordenador do Instituto DataSenado, Marcos Ruben de Oliveira, ressalta que grande parte dessas testemunhas são os próprios filhos da mulher agredida. Outro dado chocante é que 40% das testemunhas adultas não tomam nenhuma atitude para ajudar no momento da agressão. A pesquisa também mostra uma mudança na percepção das agressões. Até 2021, a maioria dos casos declarados era de violência física. Contudo, a violência psicológica passou a ser a mais relatada e percebida desde então. No resultado mais recente, 88% das mulheres relataram ter vivido violência psicológica em algum momento da vida. Cerca de 70% das vítimas buscam ajuda primeiro na família, enquanto apenas 3 em cada 10 procuram uma delegacia (comum ou "da Mulher"), geralmente quando a violência atinge um patamar insuportável. O Ligue 180 é a principal porta de entrada para a denúncia e o acolhimento. Em duas décadas, a Central prestou mais de 16 milhões de atendimentos. Nos dez primeiros meses de 2025, o número de ligações para o serviço subiu 33% em comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo a coordenadora-geral do 180, Ellen Costa, esse aumento demonstra que muitos casos estavam subnotificados. Ela aponta que mulheres que sofriam violência há mais de cinco ou dez anos conseguiram força para romper com o ciclo e confiar no serviço. "Quando ela decide ligar e fazer uma denúncia, é um grande passo que ela está dando para sair dessa situação de violência. E a partir do momento que ela deu esse passo, nós aqui do outro lado precisamos estar preparados para atender, para acolher, para não julgar, para dizer que aqui do outro lado tem mulheres que vão ser como se fossem suas amigas", conta Ellen Costa, coordenadora-geral do 180. Dramaturgia incentiva vítimas a denunciar Para dar voz aos relatos que chegam à Central, a produção do Fantástico convidou três atrizes brasileiras para emprestarem seus rostos e vozes para depoimentos reais. Giovanna Lancellotti, Sheron Menezes e Bianca Bin leram denúncias que detalham a crueldade dos agressores (veja no vídeo acima). “Ele me agrediu bastante, mesmo quando eu estava grávida”, “quando eu tive a bebê, ele pegou e deu um chute na minha cesárea”. A dramaturgia tem funcionado como um importante incentivo para as vítimas. As atrizes viveram ou vivem, na ficção, cenas de abusos e agressões, ajudando mulheres a se enxergar como vítimas ao assistirem à TV. Sheron, que interpretou a Sol em 'Vai na Fé', disse que sua personagem ajudou mulheres a entenderem que 'aquilo que sofreram, era um abuso'. Em 'Dona de Mim', Giovanna lembrou que, após as cenas de assédio e estupro de sua personagem, a TV Globo exibia o aviso do 180. E Bianca, protagonista de 'O Outro Lado do Paraíso' em 2017, afirmou carregar com honra a função social de sua personagem, que ajudou a enaltecer a importância do canal de denúncia. Ligue 180 A Central Ligue 180 funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, de Brasília, e o número é gratuito. Qualquer pessoa pode ligar para denunciar ou buscar informações sobre todos os tipos de violência. A vítima que liga é acolhida por outras mulheres "que são qualificadas em violência de gênero", como conta a coordenadora Ellen Costa. O objetivo é atender de forma humanizada, acolhedora e sem julgar. Para proteger quem cuida, o Ligue 180 dispõe de oito psicólogas que se revezam em turnos, oferecendo apoio psicológico para as atendentes. Muitas delas são sobreviventes de violência de gênero, como uma atendente que sofreu violência patrimonial e psicológica do ex-marido. Além disso, o serviço protege os dados das mulheres, depoimentos e denúncias. A partir de julho de 2024, o 180 implementou a tecnologia blockchain, adicionando uma nova camada de proteção que torna “extremamente difícil, impossível de você hackear, invadir e mudar as informações”, relata a gerente-geral Jaqueline Sutarelli. A hotline encaminha as denúncias, principalmente as que envolvem violência doméstica e familiar (Lei Maria da Penha), para os órgãos de apuração nos estados. A Central busca as delegacias especializadas ou as delegacias comuns, caso as primeiras não existam. O serviço também cobra uma resposta e acompanha o fluxo da denúncia junto ao Ministério Público, verificando se a mulher conseguiu medida protetiva, atendimento psicológico ou serviços de autonomia econômica. O objetivo é garantir que a vítima não seja perdida na trajetória de rompimento do ciclo de violência. A violência contra a mulher é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das crises de direitos humanos mais persistentes e negligenciadas do mundo. O relatório indica que o índice de agressões não cai há 20 anos, e que uma em cada três mulheres já sofreu violência sexual por parte de um parceiro íntimo ao longo da vida. O Ligue 180 é a porta para a liberdade, mas é crucial lembrar: se a vítima estiver sendo ameaçada de morte ou for uma emergência, é necessário ligar para o 190, a Central de Atendimento da Polícia Militar. Novelas passaram a indicar o Ligue 180, ao final dos episódios que retratavam violência. Reprodução Fantástico Se você está passando por algum tipo de violência, busque ajuda. Ligue 180. Ouça os podcasts do Fantástico ISSO É FANTÁSTICO O podcast Isso É Fantástico está disponível no g1 e nos principais aplicativos de podcasts, trazendo grandes reportagens, investigações e histórias fascinantes em podcast com o selo de jornalismo do Fantástico: profundidade, contexto e informação. Siga, curta ou assine o Isso É Fantástico no seu tocador de podcasts favorito. Todo domingo tem um episódio novo.

  25. Tren de Aragua: o cerco americano a narcotraficantes da Venezuela gera tensão na região A América Latina está sob a mira de Donald Trump. Mais especificamente: o Mar do Caribe enfrenta a tensão de um conflito que pode se iniciar a qualquer momento. O presidente dos Estados Unidos (EUA) tem autorizado o bombardeio de embarcações, justificando a operação militar como uma investida contra cartéis de drogas latino-americanos. No centro dessa disputa entre EUA e Venezuela está o Trem de Aragua (TDA), uma facção criminosa venezuelana que espalha violência por países como Colômbia, Equador, Peru, Chile e, agora, também o Brasil – como mostra a reportagem do Fantástico, da TV Globo, deste domingo (23). Toda essa movimentação tem afetado gravemente a população da região. Para os pescadores de Santa Marta, na Colômbia, o mar não é mais o mesmo. A rotina de trabalho, que se inicia no final da tarde, agora inclui o medo de serem bombardeados pelos americanos. Por temor, eles se acostumaram a pescar somente na zona próxima à costa, a apenas 3 milhas, quando antes chegavam a 60 milhas, onde o peixe era maior e mais lucrativo. “Não somos o que eles imaginam: que todos nós colombianos somos narcotraficantes. Não, isso é um erro”, conta o pescador Alfredo Patriño (veja vídeo acima). Os pescadores de Santa Marta temem ter o mesmo destino de Alejandro Carranza. Em 15 de setembro, um dia após Alejandro ir para o mar, o presidente Donald Trump publicou um vídeo da explosão de um barco, anunciando ter destruído uma embarcação venezuelana carregada com drogas. No entanto, membros da colônia de pescadores notaram que a embarcação tinha características de barco colombiano. Passados sete dias sem notícias de Alejandro, que era de família de pescadores, a família concluiu que ele estava naquele bombardeio. Momento em que embarcação no mar do Caribe é atingida por ataque dos Estados Unidos, em 24 de outubro de 2025. Reprodução/ g1 Já foram registrados 21 ataques, com mais de 80 mortos, que, segundo o governo dos EUA, seriam traficantes de drogas. Alejandro é o único morto identificado por uma autoridade: o presidente colombiano Gustavo Petro, que visitou sua família. A família nega o envolvimento de Alejandro com o tráfico. Petro classificou o bombardeio como assassinato e violação do direito internacional. Não há previsão legal para que uma nação ataque embarcações dessa forma, e o governo americano não apresentou provas até o momento de que os 21 barcos atacados estivessem ligados ao narcotráfico. A origem do Trem de Aragua O Trem de Aragua, assim como as principais facções brasileiras, começou atrás das grades, na Penitenciária de Tocorón, a 170 quilômetros de Caracas. A jornalista venezuelana Rona Risquez, autora de um livro sobre o grupo, explicou que a facção se consolidou buscando reivindicação social para os presos, que estavam “abandonados” pelo Estado. Eles perceberam que poderiam obter melhores condições de vida e ter todo o controle da prisão. O grupo decidiu transformar a prisão em uma espécie de resort, construindo discotecas, lojas de roupa de luxo, um zoológico e um estádio de beisebol, locomovendo-se de motocicletas dentro da penitenciária. De dentro da prisão, os criminosos coordenavam crimes nas ruas, como sequestro, tráfico de pessoas, microtráfico de drogas, extorsões e tráfico de mulheres migrantes para exploração sexual. Em 2023, o governo Maduro anunciou ter expulsado o TDA do país, após uma operação policial, mas o chefe da facção fugiu. Com o agravamento da crise humanitária na Venezuela, o TDA seguiu o êxodo de milhões de pessoas. A expansão começou pela fronteira com a Colômbia, em Cúcuta, onde a facção organizou rotas clandestinas e passou a cobrar pela passagem. Atualmente, eles praticam extorsão, de forma similar às milícias no Brasil. Um comerciante venezuelano em Cúcuta relatou que é obrigado a pagar cerca de 100 dólares todo domingo e, se não paga, os criminosos “queimam o carro, lançam uma granada, matam um familiar seu, sequestram”. Ameaça em Roraima No Brasil, o TDA é hoje a facção venezuelana mais ativa em Roraima, presente em Boa Vista, Mucajaí e Pacaraima. Roraima é a principal porta de entrada da migração venezuelana, mas junto com as famílias que buscam uma vida digna, entram também criminosos. O acesso ao território brasileiro ocorre muitas vezes por "caminhos alternativos", ou trochas, onde não há fiscalização. A violência ligada ao TDA em Roraima é intensa. Em janeiro deste ano, a descoberta de um cemitério clandestino revelou dez corpos enterrados. O delegado Wesley Costa de Oliveira, da DRACO-RR, afirmou que os criminosos cometem "homicídios mais bárbaros e mais chocantes com desmembramentos dos corpos para causar terror". Há informações concretas de que armamentos fornecidos pelo Trem de Aragua abastecem o Comando Vermelho no Rio de Janeiro. O avanço de gangues como o TDA faz crescer a violência nas ruas. Isso gera discriminação contra os próprios venezuelanos que vieram em busca de recomeço no Brasil. Há relatos de extorsão já na fila do posto de triagem da Operação Acolhida, com criminosos vendendo vagas e chegando a assassinar quem reclamava. A presença do TDA serve como um sinal de alerta, pois relatos policiais indicam que a rota pelo Norte poderá ser intensificada com o fechamento do Mar do Caribe devido à política dos EUA. Ouça os podcasts do Fantástico ISSO É FANTÁSTICO O podcast Isso É Fantástico está disponível no g1 e nos principais aplicativos de podcasts, trazendo grandes reportagens, investigações e histórias fascinantes em podcast com o selo de jornalismo do Fantástico: profundidade, contexto e informação. Siga, curta ou assine o Isso É Fantástico no seu tocador de podcasts favorito. 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