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G1 GLOBO (Tudo Diário)

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  1. Flávio Bolsonaro faz reunião com partidos em busca de apoio à candidatura O senador Flávio Bolsonaro (PL) organizou um jantar para lideranças partidárias, nesta segunda-feira (8) em busca de apoio para a sua candidatura à Presidência da República nas eleições de 2026. O encontro ocorreu na casa de Flávio e estiveram presente: Antônio de Rueda (União Brasil), Valdemar Costa Neto (PL), Rogério Marinho (PL-RN) e Ciro Nogueira (Progressistas). Marcos Pereira, líder do Republicanos, também foi convidado, mas não tinha agenda, segundo apuração da TV Globo. No fim do encontro, o senador Rogério Marinho falou à imprensa sobre o encontro. Segundo o senador, Flávio apresentou o projeto que tem para o país e colocou as condições de sua campanha. "O PL tem uma candidatura, está claro", afirmou Marinho. "Desde a hora em que o principal representante do nosso partido tomou essa decisão, todos nós estaremos juntos". "Na hora em que houve a definição, é fato que ela nâo foi comunicada com antecedencia aos partidos aliados. Aqueles que estão dentro do mesmo projeto. eEo projeto é fazer com que no proximo ano possamos derrotar Lula. entao, hoje foi momento de conversarmos a respeito de como se deu essa definição", afirmou. Os outros presentes deixaram o encontro sem dar entrevista. Ainda segundo a apuração da TV Globo, nenhum apoio foi anunciado. Segundo Marinho, Progressistas e União Brasil foram "receptivos" e prometeram avaliar o posicionamento das siglas nas próximas semanas. "É evidente que há uma responsabilidade do presidente tanto do PP quanto do União Brasil para que eles possam conversar com suas respectivas bancadas, governadores e atores políticos que estão espalhados por todo o país, para que, ao fim, possam nos trazer uma posição de seus respectivos partidos", disse. Apoio de Tarcísio Em evento em Diadema, na tarde desta segunda-feira (8), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) manifestou seu apoio à pré-candidatura à Presidência de Flávio. "Sobre a escolha que o Bolsonaro fez em nome dele [Flávio], é isso, o Flávio vai contar com a gente", afirmou. "Como foi amplamente noticiado, e o próprio Flávio falou disso, ele esteve comigo na sexta-feira passada. Nós conversamos sobre isso", afirmou Tarcísio. E emendou: "Sempre disse que eu ia ser leal ao Bolsonaro, que eu sou grato ao Bolsonaro, eu tenho essa lealdade e é inegociável", destacou. Resistência a Flávio Flávio Bolsonaro indica que candidatura é moeda de troca e 'tem preço' para ser retirada Lideranças do Centrão ouvidas pelo blog do Gerson Camarotti demonstraram resistência ao nome de Flávio Bolsonaro para encabeçar a chapa presidencial pela direita. Por isso, o pré-candidato corre o risco de enfrentar uma pulverização de nomes, pelo menos neste primeiro momento, depois de ter se lançado à sucessão presidencial. A avaliação é que a insistência de uma candidatura da família Bolsonaro, mesmo com a condenação e prisão do ex-presidente, pode fragmentar o campo da direita no primeiro turno. O nome visto como mais viável para unificar a direita de Tarcísio de Freitas (Republicanos) foi desidratado com a decisão de Bolsonaro de lançar o filho Flávio. O governador de São Paulo era o candidato que ajudava a unir o Centrão, além de ser uma aposta do mercado financeiro. O filho do ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, o senador Flavio Bolsonaro, participa de uma vigília após Bolsonaro ser levado à custódia da polícia federal, encerrando meses de prisão domiciliar, em Brasília, Brasil, 22 de novembro de 2025. REUTERS/Mateus Bonomio

  2. As cores têm um papel decisivo na forma como percebemos os ambientes. Elas influenciam sensações, ampliam a luminosidade e ajudam a traduzir o estilo de quem vive na casa. Com a chegada de um novo ano, surgem também novas paletas para inspirar reformas rápidas e atualizações inteligentes. Para 2026, a tendência aponta para tons suaves, naturais e acolhedores perfeitos para quem deseja renovar os espaços com leveza antes das celebrações. Tons que despertam conexão e criatividade Acervo Vilarejo Entre as protagonistas da temporada estão os verdes claros, que trazem frescor e conexão com a natureza. Em paredes, painéis, portas ou detalhes decorativos, essas nuances combinam bem com diferentes texturas e criam uma atmosfera de tranquilidade que transforma o ambiente sem exigir grandes intervenções. É a escolha ideal para salas, quartos e áreas de convivência que pedem calma e equilíbrio. A combinação certa de cores muda tudo Acervo Vilarejo Os neutros modernos seguem como aposta forte. Tons de areia, fendi, cinza quente e off-white ajudam a ampliar a luz natural, criam sensação de amplitude e servem como base perfeita para composições mais sofisticadas. Quando combinados a porcelanatos claros ou vinílicos amadeirados, esses tons resultam em espaços contemporâneos, elegantes e extremamente versáteis. As paletas naturais também ganham destaque. Cores inspiradas na terra, como terracota suave e marrom claro, aparecem com força nos acabamentos, trazendo profundidade e acolhimento aos ambientes. Elas funcionam especialmente bem em varandas, cozinhas e áreas integradas, onde a estética orgânica conversa com materiais como madeira, cimento queimado e fibras naturais. Mais do que visual, é sentimento em cada tom Acervo Vilarejo Atualizar a casa com as cores de 2026 é uma maneira simples de transformar os espaços sem a necessidade de reformas estruturais. Uma pintura nova ou a combinação com revestimentos adequados já é suficiente para renovar a atmosfera e começar o ano com uma energia completamente nova, mais leve e conectada ao bem-estar. 📍 Visite uma das lojas em Araruama, Maricá, Cabo Frio, Búzios, Rio das Ostras, Macaé, Campos dos Goytacazes, Niterói ou no CasaShopping – RJ.

  3. Após a drenagem, foi iniciada a pavimentação da Avenida Mestra Rosa Chaves, na região sul de Montes Claros. A via está sendo criada para ser mais uma opção de acesso ao Bairro Morada do Parque, interligando-o ao Bairro Major Prates e à região central da cidade. A nova via está situada ao lado do Ginásio Ana Lopes, no Parque Municipal Milton Prates. Fruto de parceria entre a Prefeitura de Montes Claros e o Governo do Estado, a avenida terá mais de 400 metros de extensão. A obra vai contar com a abertura das caixas de rua, regularização do subleito, assentamento de guias de meios-fios e sarjetas, pavimentação e pintura. A avenida vai representar mais uma opção para os moradores do Bairro Morada do Parque, já que atualmente alguns motoristas precisam acessar o Anel Rodoviário Sul para se dirigirem a outras regiões da cidade. A via vai impactar positivamente na mobilidade urbana da região, garantindo mais segurança para motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres. PREFEITURA PAVIMENTA O CAMINHO PARA UMA CIDADE MELHOR Solon Queiroz/SECOM-PMMC

  4. 'Não basta matar a mulher: é preciso humilhar': a escalada de violência contra mulheres Casos recentes de feminicídio e tentativas de assassinato com requintes de crueldade expõem uma realidade alarmante: a violência contra mulheres no Brasil não apenas persiste, mas se intensifica. Em 2024, o país registrou 1.492 feminicídios, média de quatro mulheres mortas por dia apenas por serem mulheres. Os principais agressores? Companheiros e ex-companheiros. “Não basta matar a mulher: é preciso humilhar, é preciso subjugar. É preciso colocar ela numa situação de completa violação de direito”, afirma Juliana Brandão, pesquisadora do Fórum Brasileiro Segurança Pública. Casos que chocaram o país No fim de novembro, Thaynara Santos, 23 anos, foi atropelada e arrastada por mais de um quilômetro pelo ex-namorado em São Paulo. Ela teve as duas pernas amputadas e permanece internada em estado grave. O agressor, Douglas Alves da Silva, 26, foi preso por tentativa de feminicídio. Poucas semanas antes, em Belém, uma jovem foi arrastada por 200 metros pelo carro do namorado após uma discussão. O médico Felipe Almeida Nunes, 30, também responde por tentativa de feminicídio. Esses episódios se somam a uma lista crescente: só na cidade de São Paulo, 53 mulheres foram assassinadas entre janeiro e outubro. Por que a violência cresce? Apesar de avanços legais — como a Lei Maria da Penha (2006), a tipificação do feminicídio (2015) e a criminalização da violência psicológica (2021) —, especialistas apontam falhas estruturais. “Esse conjunto de medidas, embora ele tenha ganhado um pouco mais de fôlego, elas não dão conta, porque me que a gente está trabalhando muito ainda com o viés da repressão. A gente não está conseguindo lidar com aquilo que de fato está anterior à a ocorrência da violência. Muitas vezes ela sequer reconhece que está nessa situação sem rede de apoio e quando ela consegue ainda vencer essa barreira, muitas vezes ela chega num sistema de Justiça que não consegue dar guarida para aquilo que ela traz”, explica pontua Juliana Brandão, pesquisadora do Fórum Brasileiro Segurança Pública. Mobilização e políticas urgentes O presidente Lula também se manifestou, propondo uma mobilização de homens: “Não é uma coisa de mulher, é uma coisa de homem. Precisamos nos educar para tratar as mulheres com respeito”. A ministra do STF, Cármen Lúcia, defende a criação de uma rede nacional para acolher as vítimas e investimento na educação para mudar essa cultura da violência. “Uma cultura brasileira de violências, especialmente de violências contra as mulheres, que acaba explodindo neste quadro que nós estamos vivendo agora, que é de barbárie". Número de feminicídios bateu recorde em 2025. Reprodução/TV Globo/Fantástico Veja a reportagem completa no vídeo abaixo: Tainara, Denise, Adriana: por que tantos homens matam e ferem mulheres no Brasil? Ouça os podcasts do Fantástico ISSO É FANTÁSTICO O podcast Isso É Fantástico está disponível no g1 e nos principais aplicativos de podcasts, trazendo grandes reportagens, investigações e histórias fascinantes em podcast com o selo de jornalismo do Fantástico: profundidade, contexto e informação. Siga, curta ou assine o Isso É Fantástico no seu tocador de podcasts favorito. Todo domingo tem um episódio novo.

  5. Patente da semaglutida: STJ decide se exclusividade do Ozempic termina em 2026 ou 2044 O Superior Tribunal de Justiça (STJ) deveria analisar nesta terça-feira (9) um pedido da Novo Nordisk para estender a patente da semaglutida, substância usada em medicamentos como Ozempic e Rybelsus. Entretanto, o julgamento foi adiado e uma previsão não foi divulgada pela Justiça. A Novo Nordisk afirma que a nova data será 16 de dezembro. A decisão sobre o tema é considerada decisiva porque vai determinar quando será a entrada de genéricos do medicamento no país: a patente atual expira em março de 2026 e versões concorrentes já estão sob análise na Anvisa. Em nota ao g1, o Ministério da Saúde afirma que pediu ao órgão que "priorize o registro de medicamentos compostos pelos princípios ativos semaglutida e liraglutida". Pela regra brasileira, as empresas têm direito há 20 anos de exclusividade com suas tecnologias a partir do pedido de patente. A empresa alega que houve atraso na avaliação no Brasil e pede que a Justiça “devolva” esse período. Se o pedido for aceito, a exclusividade do Ozempic, por exemplo, que terminaria em 2026, poderia ser estendida até 2044. Essa não é a primeira disputa da Novo Nordisk: no caso da liraglutida, outra substância usada no tratamento da diabetes e obesidade, a farmacêutica também recorreu à Justiça, mas a EMS — que já tinha sua versão pronta — conseguiu reverter a decisão. A caneta nacional chegou ao mercado em agosto. Segundo especialistas, a decisão do STJ pode influenciar diretamente o acesso ao tratamento no país: Apesar de ser uma doença multifatorial e não defenderem a caneta como única opção, especialistas apontam que esses medicamentos podem ser ativos importantes no tratamento na rede pública, que não tem, hoje, nenhum medicamento disponível. A única opção é a bariátrica, mas que também não chega a todo mundo – apenas 10% de todas as cirurgias são feitas pelo SUS. Controle sobre venda de Ozempic e similares no Brasil Adobe Stock A queda das patentes abriria espaço para genéricos com preços mais acessíveis, o que pode permitir a inclusão na rede pública. Em agosto, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) chegou a debater a inclusão das canetas, mas deu parecer contrário por causa do alto custo. Segundo o Ministério da Saúde, no cenário de hoje, seriam gastos R$ 8 bilhões por ano para atender os pacientes. "Esse valor representa quase o dobro do orçamento do Farmácia Popular em 2025. Com a entrada de novos medicamentos genéricos no mercado e aumento da concorrência, os preços devem cair de forma significativa - em média, estudos apontam que os genéricos induzem queda de 30% nos preços. Esse é um fator determinante para a análise de sua possível incorporação ao SUS", afirma o Ministério da Saúde. A médica endocrinologista Maria Edna, que também é coordenadora de advocacy na Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, comenta que, quem tem obesidade, trata só a comorbidade que a doença causa, como diabetes, hipertensão, gordura no fígado. "Não há nada que ajude a tratar a raiz do problema, que é o excesso de peso. Para a saúde pública, quanto maior a concorrência menor o custo”, explica Maria Edna. Por outro lado, representantes da indústria afirmam que restringir as possibilidades de extensão reduz o tempo efetivo de proteção — que pode cair para poucos anos devido à demora do INPI — e desestimula investimentos e inovação no país. Neste texto, você vai ler: O que está sendo discutido no STJ? Como isso pode afetar quem trata obesidade? Por que a indústria defende a expansão de patentes? O que está sendo discutido no STJ? ☑️ Primeiro, para você entender: a semaglutida é um análogo (substância muito parecida) ao hormônio GLP-1. Nosso corpo produz esse hormônio e ele é secretado principalmente pelas células do intestino. Ele vai até o cérebro, no hipotálamo, e estimula algumas células, diminuindo o apetite. Com isso, vem sendo usada no tratamento da diabetes tipo 2 e da obesidade. O medicamento vem revolucionando – segundo especialistas – o tratamento para as doenças. Recentemente, foi incluído pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na lista de medicamentos essenciais para para casos diabetes tipo 2 com comorbidades associadas. A substância está aprovada no Brasil pela Anvisa desde 2018, com a chegada do Ozempic, produzido pela Novo Nordisk. Depois, a empresa anunciou a chegada do Rybelsus, uma versão da semaglutida não em caneta, mas em comprimido. 🔴 Muito antes de ser aprovado pela Anvisa, a Novo Nordisk havia acionado o INPI, que é responsável pelas patentes no país, para registrar o medicamento e a tecnologia. Patentes são mecanismos legais que garantem exclusividade de exploração de um produto ou tecnologia por um período determinado — no caso brasileiro, 20 anos. Esse também é um prazo padrão na Europa, por exemplo. A lógica é permitir que empresas recuperem investimentos em pesquisa e desenvolvimento. No Brasil, havia um adicional na lei que permitia que a patente fosse extendida se a empresa pedisse, mas isso foi mudado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na pandemia com as discussões sobre a vacina contra a Covid-19. Com a mudança, empresas deixaram de ter esse “tempo extra” e passaram a acionar a Justiça para tentar recompor o prazo. O que a Novo Nordisk alega é que o instituto demorou para dar o registro e isso fez com que ela fosse prejudicada no tempo de exploração da tecnologia que desenvolveu. No caso do Ozempic, ela alega que o atraso chegou a 12 anos. “A decisão do STF colocou o Brasil no mesmo patamar regulatório que a Europa. Então, não é nenhum absurdo que seja assim. São 20 anos a partir da publicação preliminar porque isso dá à empresa o direito de processar alguém que copiar a ideia. Então, em tese a empresa poderia começar a explorar e teve o tempo que é de direito mantido”, explica o doutor em direito e especialista em bioética, Henderson Furst. O recurso vai ser analisado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) nesta terça-feira (9). E vem sendo acompanhada por outras farmacêuticas porque a decisão pode mudar não só o rumo do acesso à semaglutida no país, mas a discussão sobre patentes de medicamentos no Brasil, com reflexo à empresas que já vem investindo em suas plantas, por exemplo, para a produção de medicamentos. Uma pesquisa de 2021 mostrou que a extensão de patentes de medicamentos pode representar um custo de até R$ 1,1 bilhão ao SUS. Isso acontece por dois fatores: Com menos concorrência, os medicamentos patenteados ficam mais caros. Alguns desses remédios, acabam sendo comprados pelo SUS. Processo seletivo da Agência Brasileira de Apoio à Gestão do SUS (AgSUS) está com inscrições aberta Arquivo/Agência Brasil E porque mesmo aqueles que por alto custo acabam não sendo incorporados, como o caso da semaglutida, terminam sendo comprados por determinação judicial por pedidos de pacientes. O levantamento analisou 445 ações judiciais envolvendo pedidos de Ozempic e semaglutida registradas entre 2023 e maio de 2025. A maioria das ações foi contra o SUS e em mais da metade o sistema público teve de pagar. Como isso pode afetar quem trata obesidade? A decisão do STJ ocorre em um momento em que o Brasil enfrenta o crescimento da obesidade. Hoje, 7 em cada 10 adultos estão acima do peso, e 31% já são obesos. A doença cresce mais rapidamente entre as populações que dependem do SUS, o que aprofunda desigualdades. Para especialistas, o país já vive um cenário crítico que exige políticas preventivas e ampliação do acesso a tratamentos eficazes. Apesar da dimensão do problema, o tratamento disponível na rede pública é limitado. O SUS não oferece nenhum medicamento específico para obesidade. O cuidado se concentra nas consequências — diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares — e não na doença em si. A única alternativa terapêutica disponível é a cirurgia bariátrica, mas o acesso é restrito: apenas 10% de todos os procedimentos feitos no país, são feitos no sistema de saúde público. É nesse contexto que a chegada de versões genéricas das canetas de semaglutida e liraglutida é vista como estratégica pelos especialistas. Apesar de reforçarem que não pode ser vista como única medida, já que a obesidade é uma doença multifatorial e que exige tratamento multidisciplinar e melhoria no acesso à alimentação de qualidade para a população. O g1 conversou com pesquisadores e especialistas de mercado que explicam que com a queda de patente, os preços das canetas devem cair. Assim como aconteceu com a liraglutida, que a EMS passou a produzir a versão brasileira por R$ 300 cada caneta. Os especialistas dizem que isso não devem acontecer tão rapidamente por causa dos processos regulatórios. Após a queda da patente, ainda que já haja a substância aprovada por outra marca, toda farmacêutica que for produzir, precisa submeter à Anvisa. ➡️ E já há um movimento: em agosto, a Fiocruz, que é ligada ao Ministério da Saúde, anunciou uma parceria com a farmacêutica EMS para a produção de canetas de liraglutida (que a empresa já tem uma versão no mercado) e de semaglutida, na expectativa da queda da patente. "A Fiocruz firmou uma parceria com a empresa EMS, para incorporar uma plataforma e produção de medicamentos a partir de peptídeos – uma nova fronteira do setor que pode servir de base para produção de tratamentos oncológicos e vacinas mais modernas – que não se resume, portanto, a canetas emagrecedoras", afirma o ministério. A pesquisadora Lia Hasenclever, que estuda o impacto de patentes no sistema público de saúde, afirma que, normalmente, quando o medicamento perde a patente, a queda de preço depende da concorrência. "Com o fato de a EMS ter pedido a licença, já temos sinais de que esse valor começa a cair e essa queda pode ser drástica”, aponta Lia. Hoje, uma caneta custa cerca de R$ 1 mil, o que torna o tratamento inviável para a maioria da população, até mesmo para o SUS. 🔴 Em agosto, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) chegou a debater a inclusão das canetas, mas deu parecer contrário por causa do alto custo. Segundo o Ministério da Saúde, no cenário de hoje, seriam gastos R$ 8 bilhões por ano para atender os pacientes. Enquanto isso, na contramão de quem espera pelo remédio na rede pública, há uma exploração estética do medicamento, que revela uma desigualdade no acesso à saúde no país. “Estamos vendo pessoas fazendo o uso estético desses medicamentos. Enquanto isso, pacientes que precisam não têm acesso. Isso cria uma desigualdade no tratamento, só quem tem dinheiro tem direito de tratar a obesidade? Não pode ser assim”, explica Eduardo Nilson, pesquisador sobre obesidade da Fiocruz. A médica endocrinologista Maria Edna de Melo, coordenadora de advocacy na Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), explica que a realidade no SUS de quem tem obesidade é de não ter acesso a um tratamento efetivo. “Existe um ciclo vicioso em que só se controla as doenças causadas pela obesidade, não ela em si. E aí a vida do paciente é tomar dois ou três medicamentos para a hipertensão, um medicamento para o colesterol, medicamentos para as dores. Uma vez que essas medicações ficam disponíveis no SUS, a gente vai conseguir tratar melhor dos pacientes. Seria uma revolução para o sistema”, explica. A médica reforça que espera que se houver uma incorporação, isso deve acompanhar o rigor de outras medicações para a prescrição, que seja analisado caso a caso a necessidade e que o paciente tenha suporte de nutricionista e outras especialidades para tratar de forma ampla a doença. “Isso pode abrir portas para um tratamento mais estruturado no sistema público e revolucionar a longo prazo a saúde. Hoje, as doenças que mais custam ao país são consequências da obesidade. Reduzir esses índices é custar menos ao sistema”, explica Melo. Por que a indústria defende a expansão de patentes? Representantes da indústria farmacêutica afirmam que a extensão das patentes é necessária para compensar a demora do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) na análise dos pedidos. Embora a proteção formal seja de 20 anos, o setor alega que, na prática, o tempo de exploração exclusiva pode ser bem menor. Outro argumento é que casos como o da semaglutida não seriam exceção. Desde a mudança na lei, várias empresas têm buscado na Justiça a recomposição do tempo que consideram perdido, em vez de uma extensão "extra". Para o setor, negar esse mecanismo criaria um desequilíbrio. Apesar de especialistas apontarem que a legislação brasileira se assemelha com a Europa, por exemplo, a Interfarma afirma que o movimento recente do Brasil pode impactar na decisão das empresas sobre o investimento em tecnologia no país. “O que as empresas estão pedindo é uma resposta a uma lacuna que ficou. Isso é importante para como elas vão olhar para o Brasil. Precisa ser como um país que dá a proteção legal para a inovação”, explica Renato Porto, presidente-executivo da Interfarma. O g1 procurou a Novo Nordisk, mas não recebeu o retorno até a publicação. Em sua página, a empresa publicou uma nota quando venceu um dos pedidos na Justiça sobre patentes, mas que depois foi revogado, disse: “O que buscamos é segurança jurídica para continuar investindo e trazendo ao Brasil os tratamentos mais modernos à população como um todo. Um ambiente de previsibilidade é fundamental não apenas para a indústria farmacêutica, mas para todo o ecossistema de inovação do país. Sem a garantia de que o direito à patente será respeitado e o exame ocorrerá em um prazo razoável, o Brasil corre o risco de ficar para trás no acesso a novas tecnologias em saúde”.

  6. Novas regras para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação começam a valer nesta semana O governo federal vai oficializar nesta terça-feira (9) as novas regras para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Entre as alterações, estão o fim da exigência de aulas obrigatórias em autoescolas e a renovação automática e gratuita do documento para motoristas classificados como "bons condutores" (mais detalhes abaixo). As mudanças serão oficializadas em uma cerimônia no Palácio do Planalto. O governo também vai lançar o aplicativo CNH do Brasil, uma nova versão atualizada do que já existe – a Carteira Digital de Trânsito (CDT) durante o evento. O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), afirmou que as novas regras para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) já começam a valer após a publicação no "Diário Oficial da União. Em entrevista ao g1, o ministro disse que o governo vai lançar o aplicativo CNH do Brasil, uma nova versão atualizada do que já existe – a Carteira Digital de Trânsito (CDT) – na terça-feira (9), em cerimônia no Palácio do Planalto. Após a cerimônia, a expectativa é de que as novas normas sejam publicadas em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) no mesmo dia. As mudanças passam a valer imediatamente após a publicação. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) aprovou as alterações no começo do mês. Estão entre as mudanças: aulas em autoescola deixam de ser obrigatórias; o conteúdo teórico estará disponível no aplicativo do governo, de graça, e não será mais exigida carga horária mínima; o aluno poderá usar carro particular e optar por aulas com um instrutor autônomo, credenciado pelo Detran; as aulas práticas caem de 20 para 2 horas no mínimo (com um instrutor ou em autoescola); as provas práticas continuam sendo presenciais, assim como o exame médico e a coleta biométrica; quem reprovar na primeira avaliação poderá fazer o segundo teste de graça; não haverá mais prazo para a conclusão do processo de habilitação, que hoje é de um ano. 🚗🚙🏍️ Veja perguntas e respostas sobre a nova CNH. Sala de entrega de Carteira Nacional de Habilitação do Detran-RN Divulgação Custa para tirar CNH O ministro afirmou que o governo busca o barateamento da carteira de motorista para a população, a digitalização e a modernização do sistema. "Essa é uma mudança de cultura da sociedade com o fim da obrigatoriedade. Era uma reserva de mercado e a autoescola podava a inovação. Não haverá desemprego. O instrutor terá oportunidade de ser instrutor autônomo também. Vai valorizar a profissão", disse Renan Filho. O governo afirma que as mudanças podem reduzir em até 80% o custo para que o cidadão se habilite para dirigir – que hoje pode chegar a R$ 5 mil. Segundo a Secretaria Nacional de Trânsito, 20 milhões de pessoas estão dirigindo sem habilitação e 30 milhões têm idade para tirar a carteira, mas não têm dinheiro para pagar. "Cada cidadão vai contratar as horas que precisa para aprender. Se o cara já dirige moto ele não precisa de 20 horas. Será uma fração entre duas horas e 20 horas. O fato é que agora vamos dar liberdade para as pessoas negociarem", afirmou o ministro. Renovação automática e gratuita Segundo Renan Filho, o governo também vai anunciar na terça-feira (9) a renovação automática e gratuita da CNH para os "bons condutores". O condutor vai ter direito ao benefício e receberá um selo de bom condutor se não tiver nenhum ponto de infração na carteira registrado no ano anterior à renovação da CNH. Não haverá alteração no prazo de renovação do documento. "Se não comete infração de trânsito você não precisa que o Estado te dê trabalho. Se você está dirigindo bem, é sinal de que você não precisa de exame novo. Se não levou ponto, sinal que não está cometendo infração. E se você está dirigindo e não cometeu nenhuma infração, não tem sentido. É só pra levar o cidadão ao órgão publico novamente", argumentou o ministro. Passo a passo para a habilitação A previsão é de que a nova versão do aplicativo CNH do Brasil seja disponibilizada também na terça-feira, após o lançamento oficial. A partir do aplicativo o futuro motorista poderá fazer grande parte do processo para conseguir tirar sua habilitação. Ele pode iniciar o processo numa autoescola também. Os passos pelo aplicativo são: Primeiro, o cidadão vai fazer um curso gratuito, mas obrigatório. Ele pode fazer o curso pelo aplicativo, pelo computador, celular, tablet; Após o curso, o cidadão recebe um certificado que informa estar apto para fazer a prova teórica; Antes da prova teórica, a pessoa precisa ir ao Detran para fazer a biometria e a foto; Exame médico e exame psicológico, realizados por qualquer médico e qualquer psicólogo; Prova teórica; Após a aprovação na prova teórica, o futuro motorista pode procurar uma autoescola ou um instrutor autônomo; Prova prática. Se aprovado, o novo motorista recebe automaticamente a CNH digital. O instrutor autônomo também vai ser identificado pelo aplicativo e registrará as aulas ministradas no sistema. Ao final, o aluno recebe um novo certificado, informando que está apto para a prova prática. Prova nacional e padronizada De acordo com o ministro Renan Filho, as provas teóricas e práticas serão padronizadas em todo o país e os simulados vão trazer questões que estarão no teste. "O aluno do Brasil inteiro vai fazer a mesma prova. Antes, cada Detran fazia um tipo de prova. Vamos padronizar as questões, como o mundo faz. No aplicativo vai poder fazer simulados com as questões que cairão na prova. Diferentemente do Enem, por exemplo. No Enem você tem que esconder as questões porque tem menos vagas do que a demanda. Mas a prova do Detran é ao contrário, quanto mais estudarem a questão, mais vão aprender as regras de transito", disse Renan Filho. "Era uma confusão. Muitas dessas horas o cidadão passava fazendo baliza, mas ninguém morre fazendo baliza. O máximo é um arranhão no carro. A prova era para reprovar as pessoas, dificultar a vida do cidadão", completou.

  7. Novidades no line-up do Rock in Rio A venda geral de ingressos para o Rock in Rio 2026 começa nesta terça-feira (9), a partir das 19h. A próxima edição do festival acontece nos dias 4, 5, 6, 7 e 11, 12 e 13 de setembro, no Rio de Janeiro (RJ). Entre os shows confirmados, estão os de Elton John, Maroon 5 e Stray Kids. O chamado Rock in Rio Card é um ingresso de entrada antecipada que dá acesso a um único dia do festival — a escolha da data será feita posteriormente. Nesta edição, cada Rock in Rio Card custa: R$ 795 (inteira) R$ 397,50 (meia-entrada) R$ 675,75 (somente para com cartões de créditos emitidos pelo Itaú Unibanco Holding S.A) Sem cobrança de taxa de serviço, as vendas são realizadas exclusivamente pelo site da Ticketmaster Brasil. O pagamento pode ser feito com cartão de crédito ou pix. Clientes de cartões de créditos emitidos pelo Itaú Unibanco Holding S.A. têm 15% de desconto na compra de ingressos (não cumulativos com a meia-entrada) e poderão parcelar a compra em até 8x sem juros. Nos demais casos, o pagamento pode ser feito em até 6x sem juros — com exceção para cartões internacionais sem parcelamento. O lineup Maroon 5, Demi Lovato e Jamiroquai Fabio Tito/g1/Reprodução /Globoplay /Flavio Moraes /g1 Ainda não se sabe o lineup completo do festival, mas algumas atrações já foram reveladas. Veja a seguir os nomes já anunciados: Dia 7 Elton John (Palco Mundo) - headliner Gilberto Gil (Palco Mundo) Dia 11 Stray Kids (Palco Mundo) - headliner Jamiroquai (Sunset) Dia 12 Maroon 5 (Palco Mundo) - headliner Demi Lovato (Palco Mundo) Mumford & Sons (Palco Sunset) João Gomes ao lado da Orquestra Brasileira (Palco Sunset)

  8. Como funciona a Mega-sena O concurso 2.949 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 20 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 21h desta terça-feira (9), em São Paulo. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp No concurso do último sábado (6), nenhuma aposta acertou as seis dezenas. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 6 e pode ser realizada também pela internet, até as 20h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Volante da Mega-Sena Ana Marin/g1 Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser realizadas até as 20h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos. Já os bolões digitais poderão ser comprados até as 20h30, exclusivamente pelo portal Loterias Online e pelo aplicativo. O pagamento da aposta online pode ser realizado via PIX, cartão de crédito ou pelo internet banking, para correntistas da Caixa. É preciso ter 18 anos ou mais para participar. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição.

  9. Renovação grátis da CNH: veja quem terá direito ao novo benefício Em entrevista ao g1, o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), anunciou uma nova regra para a CNH: a renovação poderá ser automática e gratuita para quem for considerado um “bom condutor”. Segundo o ministro, para ser classificado como bom condutor, o motorista deve: 🪪 Não ter pontos registrados na CNH; 📝 Não possuir infrações de trânsito anotadas no documento. "Se não comete infração de trânsito você não precisa que o Estado te dê trabalho. Se você está dirigindo bem, é sinal de que você não precisa de exame novo. É só pra levar o cidadão ao órgão publico novamente", disse o ministro. Até então, a renovação da CNH requer algumas etapas e o pagamento de taxas que variam de acordo com o Detran de cada estado, a idade do motorista e a categoria do documento. A renovação pode ser realizada até 30 dias após o vencimento da carteira. Dirigir com a CNH vencida é uma infração gravíssima, que resulta em: 🪪 7 pontos na CNH; 💰 Multa de R$ 293,47. Em São Paulo, por exemplo, a renovação envolve os seguintes valores: Exame médico: R$ 122,17, pago diretamente ao profissional; Avaliação psicológica: R$ 142,53, cobrada apenas para condutores com a anotação de Exerce Atividade Remunerada (EAR), também paga ao psicólogo; Taxa de emissão do Detran: R$ 122,17; Entrega pelos Correios (opcional): R$ 11,00. Novas regras para a CNH Carteira Nacional de Habilitação (CNH) Divulgação/Detran-AM A renovação automática e gratuita da CNH entra em vigor junto de novas regras para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), já nesta semana. Entre as alterações, estão o fim da exigência de aulas obrigatórias em autoescolas. Em entrevista ao g1, o ministro disse que o governo vai lançar o aplicativo CNH do Brasil, uma nova versão atualizada do que já existe – a Carteira Digital de Trânsito (CDT) – nesta terça-feira (9), em cerimônia no Palácio do Planalto. Após a cerimônia, a expectativa é de que as novas normas sejam publicadas em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) no mesmo dia. As mudanças passam a valer imediatamente após a publicação. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) aprovou as alterações no começo do mês. Estão entre as mudanças: Aulas em autoescola deixam de ser obrigatórias; O conteúdo teórico estará disponível no aplicativo do governo, de graça, e não será mais exigida carga horária mínima; O aluno poderá usar carro particular e optar por aulas com um instrutor autônomo, credenciado pelo Detran; As aulas práticas caem de 20 para 2 horas no mínimo (com um instrutor ou em autoescola); As provas práticas continuam sendo presenciais, assim como o exame médico e a coleta biométrica; Quem reprovar na primeira avaliação poderá fazer o segundo teste de graça; Não haverá mais prazo para a conclusão do processo de habilitação, que hoje é de um ano. 🚗🚙🏍️ Veja perguntas e respostas sobre a nova CNH. Sala de entrega de Carteira Nacional de Habilitação do Detran-RN Divulgação Custo da CNH O ministro afirmou que o governo busca o barateamento da carteira de motorista para a população, a digitalização e a modernização do sistema. "Essa é uma mudança de cultura da sociedade com o fim da obrigatoriedade. Era uma reserva de mercado e a autoescola podava a inovação. Não haverá desemprego. O instrutor terá oportunidade de ser instrutor autônomo também. Vai valorizar a profissão", disse Renan Filho. O governo afirma que as mudanças podem reduzir em até 80% o custo para que o cidadão se habilite para dirigir – que hoje pode chegar a R$ 5 mil. Segundo a Secretaria Nacional de Trânsito, 20 milhões de pessoas estão dirigindo sem habilitação e 30 milhões têm idade para tirar a carteira, mas não têm dinheiro para pagar. "Cada cidadão vai contratar as horas que precisa para aprender. Se o cara já dirige moto ele não precisa de 20 horas. Será uma fração entre duas horas e 20 horas. O fato é que agora vamos dar liberdade para as pessoas negociarem", afirmou o ministro. Passo a passo para a habilitação A previsão é de que a nova versão do aplicativo CNH do Brasil seja disponibilizada também na terça-feira, após o lançamento oficial. A partir do aplicativo o futuro motorista poderá fazer grande parte do processo para conseguir tirar sua habilitação. Ele pode iniciar o processo numa autoescola também. Os passos pelo aplicativo são: Primeiro, o cidadão vai fazer um curso gratuito, mas obrigatório. Ele pode fazer o curso pelo aplicativo, pelo computador, celular, tablet; Após o curso, o cidadão recebe um certificado que informa estar apto para fazer a prova teórica; Antes da prova teórica, a pessoa precisa ir ao Detran para fazer a biometria e a foto; Exame médico e exame psicológico, realizados por qualquer médico e qualquer psicólogo; Prova teórica; Após a aprovação na prova teórica, o futuro motorista pode procurar uma autoescola ou um instrutor autônomo; Prova prática. Se aprovado, o novo motorista recebe automaticamente a CNH digital. O instrutor autônomo também vai ser identificado pelo aplicativo e registrará as aulas ministradas no sistema. Ao final, o aluno recebe um novo certificado, informando que está apto para a prova prática. Prova nacional e padronizada De acordo com o ministro Renan Filho, as provas teóricas e práticas serão padronizadas em todo o país e os simulados vão trazer questões que estarão no teste. "O aluno do Brasil inteiro vai fazer a mesma prova. Antes, cada Detran fazia um tipo de prova. Vamos padronizar as questões, como o mundo faz. No aplicativo vai poder fazer simulados com as questões que cairão na prova. Diferentemente do Enem, por exemplo. No Enem você tem que esconder as questões porque tem menos vagas do que a demanda. Mas a prova do Detran é ao contrário, quanto mais estudarem a questão, mais vão aprender as regras de transito", disse Renan Filho. "Era uma confusão. Muitas dessas horas o cidadão passava fazendo baliza, mas ninguém morre fazendo baliza. O máximo é um arranhão no carro. A prova era para reprovar as pessoas, dificultar a vida do cidadão", completou. *Com reportagem de Isabella Calzolari e Guilherme Balza.

  10. Empresas oferecem serviços que oferecem até sugestão de abordagem com pacientes, a partir de transcrição das sessões e anotações BBC/Getty Images Fazer terapia com um chatbot pode não ser uma boa ideia por uma série de motivos, como muitos especialistas têm alertado. Mas e quando os próprios terapeutas passam a usar inteligência artificial generativa, como ChatGPT e Gemini, para auxiliar em suas tarefas, seja para transcrição de sessões ou até discutir casos? Empresas já estão oferecendo esse serviço aos profissionais. Há ferramentas para transcrição de sessões, sugestões de análise técnica, evolução do paciente, supervisão e sugestões de abordagens. "Você ainda perde tempo escrevendo resumo de sessão?", diz o anúncio de uma dessas ferramentas, no Instagram, a PsicoAI. Outra plataforma, a PsiDigital, promete automatização de relatórios e laudos, criação de página de divulgação personalizada e até "sugestões de intervenção baseadas nos principais autores de cada abordagem terapêutica." 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Veja os vídeos que estão em alta no g1 As empresas dizem que essas tecnologias não devem substituir os profissionais, mas apoiá-los. A adesão profissional é uma realidade. A BBC News Brasil procurou 50 psicólogos nas redes sociais e questionou se eles fazem uso de algum tipo de IA no trabalho. Dos que responderam, dez confirmaram que fazem uso da tecnologia para tarefas como transcrições de sessões de terapia e resumos. O uso de IA entre estes profissionais não é proibido. Em julho, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) reconheceu que o uso "já vem sendo incorporado ao cotidiano em múltiplos contextos de atuação" e ressaltou a necessidade da supervisão crítica e discernimento ético, mas sem restrições específicas. E diz que cabe a cada profissional a avaliação de limites e riscos dessas ferramentas. A psicóloga Maísa Brum diz que passou a fazer transcrições com um gravador que utiliza IA; pacientes são avisados e assinam termo de autorização antes da gravação BBC/Arquivo pessoal Veja mais: 'Eu queria que o ChatGPT me ajudasse. Por que ele me aconselhou sobre como me matar?' Inteligência artificial como terapeuta: quais os riscos dessa prática? Psicólogos testam usos com consentimento de paciente Maísa Brum é psicóloga especializada em avaliação neuropsicológica. Seu trabalho envolve realizar longas entrevistas com pacientes, coletar dados e depois produzir laudos técnicos com essas informações. Por algum tempo, ela terceirizou essa tarefa de transformar anotações em um documento técnico para um estagiário. Mas logo percebeu que os textos chegavam sempre com um mesmo padrão, "pouco humanizados" e, ao questioná-lo, descobriu que ele estava usando o ChatGPT para a tarefa. "O laudo tem sempre uma sequência, com descrição dos dados, objetivo da avaliação, testes que foram aplicados. É um esqueleto técnico", explica. Foi aí que ela decidiu aprender mais sobre a tecnologia. Fez alguns cursos e então incorporou algumas dessas ferramentas em parte de suas tarefas. Hoje ela usa um gravador com IA embutida, que transcreve as entrevistas com os pacientes e devolve já com uma linha do tempo dos fatos e informações no formato necessário para escrever o laudo, que depois é revisado manualmente. Um formulário de consentimento é dado a cada paciente para que saibam que estão sendo gravados com a tecnologia. "Tem sido muito útil e facilitado bastante a minha vida de escrita", afirmou, destacando que apaga os arquivos após uso para evitar armazenamento externo. Maísa diz que o recurso serve apenas como apoio, não como ferramenta diagnóstica. "Minha grande preocupação é no uso inadequado da IA para terceirizar o pensamento crítico e o raciocínio clínico". Eduardo Araújo, psicólogo e professor universitário, diz que tem usado IA para análise e organização de dados, mas não diretamente com pacientes e sim em pesquisas, como fez em seu mestrado na área. Ele fez um experimento com o ChatGPT, quando analisava dados em uma tabela com centenas de pacientes. O objetivo do estudo era identificar a influência de experiências traumáticas em crianças e adolescentes, a partir de uma lista com dados de mais de 500 pacientes, de forma anonimizada. "Para esse tipo de tarefa, de análise de dados, acaba sendo muito útil." Araújo avalia que é preciso ter cautela com ferramentas que prometem ajudar com diagnóstico. Ele diz que a tecnologia acelera tarefas burocráticas, mas nunca deve formular hipóteses diagnósticas no lugar do profissional. "Quando você pesquisa algum sintoma na internet, se levar a sério o que vem de resultado, você acha que vai morrer. Com a IA não é diferente: se você coloca algum sintoma, a resposta me dá uma gravidade diferente daquilo que se perceberia na clínica, em contato com a pessoa." Veja mais: O ChatGPT está nos deixando burros? 'Não foi programada para isso': especialistas alertam para risco de uso de IA como terapeuta 'A psicologia não vai ser substituída, mas pode mudar' A psicóloga Patrícia Mourão De Biase disse à BBC News Brasil que entrou em contato com IA por curiosidade, principalmente com o boom de informação sobre o tema que recebeu neste ano. "Temos a opção de sermos atropelados ou entender o que está acontecendo e caminhar junto", diz ela. De Biase diz que, desde a pandemia, tem havido mais flexibilização entre psicólogos no uso de tecnologias, principalmente em relação ao atendimento remoto de pacientes. "Ficamos mais flexíveis para entender esses movimentos da tecnologia. A categoria sempre foi mais quadradinha nesse sentido, mas precisou se adaptar. Vejo ainda muitos colegas se esquivando da IA." De Biase, que presta serviço para empresas e também atende em consultório, diz que tem utilizado a ferramenta para automatizar tarefas burocráticas e também para criar novos conteúdos para suas sessões. "Crio enquetes e passo tarefas de casa para os pacientes. Isso refresca a conexão entre uma sessão e outra." Ela diz que a IA também tem sido usar para "pensar junto" com os psicólogos. "Quando acaba a sessão, colocamos conteúdo e a própria IA diz: poderia abordar por aqui, por ali. Não tenho preconceito com isso, embora eu não use no dia a dia." Outra tarefa que se tornou comum é a de transcrição e transformação das sessões em prontuário, que depois são revisados de forma manual. "É importante que os pacientes estejam de acordo, que assinem um documento. Mas até hoje ninguém recusou", diz. A psicóloga avalia que a tecnologia não vai substituir a profissão. "Tem gente que não sabe nem o que perguntar ao ChatGPT. Ele é bom? Sim, pode ajudar em algo pontual, em um momento de ansiedade, de angústia. Mas se não aprendemos direito a perguntar, provavelmente ele não vai entregar. Nada precisa jogar fora. Pegue o que o chat disse e depois leve para a sessão, converse com o terapeuta sobe isso." "Gerenciar o tempo é padrão ouro para todos. e a IA otimiza bastante isso. Me instiga a buscar mais fontes. Se eu puder deixar um recado, é para que as pessoas não fiquem com medo. Que mergulhem. A psicologia não vai ser substituída, mas pode mudar." 'A IA quer oferecer respostas rápidas. Mas terapias são cenários de incerteza', diz especialista Segundo Rodrigo Martins Leite, psiquiatra e psicoterapeuta do Centro de Saúde da Comunidade da Unicamp (CECOM), o uso de inteligência artificial entre psicólogos é uma realidade presente, porém ainda pouco debatida pela classe. "É algo que está emergindo no mercado e a gente, enquanto terapeuta, precisa começar a discutir com o devido cuidado." Embora reconheça a utilidade prática, Leite alerta para os riscos de confundir a ferramenta com o profissional. "Ferramentas de transcrição poupam tempo de trabalho administrativo. A grande questão é quando a IA começa a se confundir com o terapeuta. É algo que levanta uma série de questões éticas, do próprio papel do profissional." O especialista observa que a pandemia consolidou uma "realidade irreversível", na qual "a IA só vem somar nesse contexto de mudança tecnológica." Contudo, ele aponta o que considera lacunas quanto à confidencialidade. "Não existe nenhum recurso de anomização das informações, por exemplo, o que pode ferir a Lei Geral de Proteção de Dados. Há uma série de lacunas legislativas e éticas que não foram suficientemente discutidas. Um terapeuta que relata casos para uma IA, conta a história de vida de uma pessoa e ainda pede ajuda para pensar no caso. Como regular isso?" Leite defende a necessidade de desmistificar a tecnologia, separando a ferramenta da fantasia de um saber superior. "A IA não é um oráculo. Isso é uma fantasia, um desejo humano de que exista algo superior. Mas a IA utiliza banco de dados e a própria internet para gerar conteúdo. Do mesmo jeito que ha informações valiosas, há outras de péssima qualidade e até de conteúdo fraudulento." Entre os aspectos positivos, ele destaca o potencial da IA para ampliar a capacidade reflexiva, organizar o raciocínio clínico e auxiliar no preparo de sessões. "Podemos ser mais criativos, criar materiais didáticos, imagens. É um estímulo ao pensamento do terapeuta." No entanto, o psiquiatra é enfático ao afirmar que a tecnologia não substitui a formação profissional, baseada essencialmente na troca humana. "Existem etapas fundamentais. Nossa formação é baseada na supervisão humana. Nos formamos a partir da experiência de outro profissional, que vai nos orientando, discutindo como estamos vendo os casos. A IA não pode substituir isso." Além disso, a ferramenta carece de profundidade para compreender diferentes linhas teóricas e conceitos complexos. "Se não estudarmos as teorias, a IA não vai fazer isso pelas pessoas. Vai, no máximo, oferecer um compilado superficial de teorias." Outro ponto crítico é a velocidade das respostas geradas pela IA, que pode criar uma falsa sensação de clareza em cenários terapêuticos marcados pela incerteza. "Isso gera uma ilusão de que a situação está muito clara. Terapias são cenários de incerteza, ambiguidade, de não saber o que está acontecendo. Já a IA sabe tudo. Vai na contramão de um princípio básico das psicoterapias, de que existe um tempo para elaborar certas questões e problemas. Que o paciente precisa de um tempo para entender. Que respostas não são tão fáceis. Em um mundo imediatista, isso é extremamente perigoso." Para Leite, o psicólogo não deve tentar competir com a velocidade da máquina, sob o risco de comprometer o processo de elaboração. "A ferramenta acaba por reduzir a tolerância do terapeuta sobre não saber. Muitas vezes não sabemos como intervir, e isso não é necessariamente ruim. É a janela para refletir melhor os casos, buscar supervisão. Terapia exige tempo, mergulho." Por fim, ele reforça que o uso de IA exige o consentimento explícito do paciente para evitar violações éticas e legais. "Há dados sensíveis, o paciente tem o plano direito de saber e, depois, concordar ou não, inclusive com uso de termo de consentimento. Não há uma regra sobre isso hoje, mas é uma questão de proteção ética e legal." Empresa promete, em seu site, apoio de IA em sessões de terapia BBC/Reprodução Veja mais: A brasileira que viraliza traduzindo o caos da IA: 'As pessoas estão perdidas' 'Nossa plataforma não substitui o profissional' A plataforma Psidigital oferece aos clientes o que chama de um "assistente virtual" nas sessões, "capturando os principais pontos enquanto você [o psicólogo] se concentra no paciente". A ferramenta promete gerar automaticamente um "relatório completo ou laudo psicológico de forma detalhada e estruturada, com sugestões e insights para as próximas etapas do tratamento ou seleção de candidatos." Promete também "sugestões de intervenção baseadas nos principais autores de cada abordagem terapêutica, como Freud, Jung, Winnicott", dentre outros. O engenheiro mecânico Gustavo Landgraf, criador da Psidigital, teve a ideia de criar um programa que ajudasse psicólogos junto com sua esposa, Leilane, que é psicanalista. "Ela fazia anotações durante e depois das sessões e tinha um monte de papeis", lembrou. O projeto começou com a criação de um sistema que ajudaria com agenda, prontuário eletrônico e cadastro de pacientes, por exemplo. "Em um mês e pouco ficou pronto. Ajustamos e passamos para alguns profissionais", disse. Em 2024, veio a ideia de incorporar inteligência artificial. "Tive um insight: e se houvesse um assistente dentro da terapia, da sua sessão, que anotasse tudo que você falou e tudo que o paciente falou, e depois entregasse um relatório detalhado do que aconteceu. Será que ajudaria?" Gustavo lembra que a esposa adorou a ideia. Uma das dificuldades dos terapeutas, disse, é justamente dividir a atenção entre o paciente e o bloco de notas. "Quando procurei na internet só achei sistemas de gestão, como o que eu tinha criado. Mas não tinha nada parecido com esse assistente, que acabei criando. Fomos os primeiros a fazer", afirmou. Landgraf disse que houve resistência inicial, especialmente pelo receio de ter uma gravação com as falas dos pacientes. Então decidiu que a plataforma não guardaria nenhuma gravação nem transcrição, que são descartadas ao fim de cada sessão. O que fica armazenado, explica, é um resumo, que segue a abordagem definida por cada psicólogo. Ele diz que há proteção dos dados por criptografia e também por um sistema com duas senhas, uma para entrar na plataforma e outra abrir os prontuários dos pacientes. "Também incentivamos que, ao cadastrar o paciente, que sejam usados nomes genéricos, não o nome real da pessoa." Outra vantagem, destaca ele, é que a tecnologia não perde nenhum momento da sessão. "Muitas vezes o terapeuta está ali escutando e passa algo pela cabeça, seja pagar uma conta ou buscar filho na escola. Nesses lapsos o profissional pode acabar perdendo algo importante do que foi falado. A inteligência artificial não tem distração." Ele destaca que alguns clientes da plataforma atendem até nove pacientes por dia, o que fazia com que muitos deixassem o trabalho de organizar as anotações das sessões para o fim de semana. "As pessoas dizem: seu sistema me fez ganhar o fim de semana. Hoje conseguem, antes da sessão, pegar o que já foi falado, o resumo. Além disso, a inteligência artificial consegue criar questões para abrir a sessão seguinte." Ele destaca que é "desejável" buscar o consentimento dos pacientes antes de fazer uso da tecnologia. "Como plataforma não tenho como garantir que os profissionais vão fazer isso. A pessoa pode falar que fez e não fazer. Mas sugerimos que peça esse consentimento." Afirma, no entanto, que o modelo manual não garante necessariamente mais privacidade. "Muitos profissionais fazem anotação em papel e deixam isso numa pasta. E se essa pasta for roubada? Quando uma pessoa está tomando notas, ela não pede permissão. Ainda assim, de forma geral, incentivamos a comentar com o paciente que a ferramenta está sendo usada." Ele destaca que o uso da plataforma é mais vantajoso em relação a usar uma IA genérica, como o ChatGPT, por uma série de motivos: a agilidade em receber os resumos, a segurança de não deixar nenhuma gravação guardada e também a segurança de que os dados não serão usados para treinar algoritmos. "Muita gente usa a versão gratuita dessas IAs. Depois isso pode ser usado (pelas plataformas) para treinar a própria IA." O engenheiro diz que a plataforma não foi criada para substituir os profissionais. "Ela é uma ferramenta para potencializar o tratamento, dar dicas, resumir o que foi falado e deixar tudo organizado dentro do prontuário daquele paciente. Mas não substitui terapeuta. A IA é muito amiga, não questiona se alguém está errado. Além disso, a IA só pega o que foi falado, mas não as expressões humanas, do rosto, do corpo. " 'Profissionais devem assumir responsabilidade', diz conselho de psicologia Carolina Roseiro, conselheira do Conselho Federal de Psicologia (CFP), diz que as discussões sobre IA começaram há três anos, mas que o ritmo das mudanças obrigou o conselho a produzir orientações "com elasticidade". Ela diz que o cenário atual já deixou claro que "a IA não é tão inteligente assim", tem limitações técnicas e éticas e não é neutra, pois "depende de uma programação, que vai reproduzir discriminações". Ela afirma que a orientação central do CFP é que cada profissional assuma integralmente a responsabilidade pelo uso dessas ferramentas. "Qualquer resposta que essa tecnologia der é responsabilidade da pessoa que deu o comando." Roseiro explica que a mediação humana é indispensável porque a IA não estabelece sozinha limites éticos nem compreende contexto clínico. A conselheira reforça que o uso de IA para fins de saúde mental pelo público em geral não é recomendado, a não ser em ferramentas criadas especificamente para isso e com um responsável técnico. O CFP está preparando duas cartilhas sobre o tema, que serão lançadas em breve. Uma será voltada aos profissionais e outra, para a população em geral. Outro ponto que ela considera fundamental é o consentimento do paciente, por escrito, que não deve se limitar à autorização para gravar de sessões, mas também a qualquer uso da IA em qualquer etapa do atendimento. Carolina alerta ainda que, se a ferramenta não garantir sigilo, o psicólogo pode ser responsabilizado por quebra de confidencialidade.

  11. 13º salário: veja data de pagamento da segunda parcela A segunda parcela do 13º salário vai ser antecipada. O pagamento, que deveria ser feito até 20 de dezembro, será depositado no dia 19, já que o prazo final cai em um sábado. Conhecido como um "salário extra", esse benefício é garantido por lei e, normalmente, é pago em duas parcelas, cada uma com datas definidas. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A primeira parcela e a parcela única já foram pagas no fim de novembro. Agora resta só a segunda — a que vem com os descontos obrigatórios, como INSS e Imposto de Renda, quando houver. O valor final varia conforme o salário bruto e o tempo trabalhado no ano, o que sempre levanta dúvidas. Para te ajudar, a calculadora do g1 mostra uma estimativa de quanto deve cair na sua conta. Basta preencher seus dados e a ferramenta calcula automaticamente a segunda parcela já com os descontos. Ao longo desta reportagem, o g1 reuniu as principais perguntas e explica tudo que você precisa saber: Quem tem direito ao 13º salário? Qual é o tempo mínimo de registro para ter direito ao 13º? Como é feito o cálculo do 13º salário? Como funciona o 13º proporcional para quem foi demitido ou pediu demissão? Quais são os prazos legais para o pagamento do 13º? O empregador pode antecipar ou parcelar o 13º de outras formas? Estagiários, trabalhadores temporários e autônomos têm direito ao 13º? E se a empresa atrasar o pagamento? 1. Quem tem direito ao 13º salário? Todo trabalhador contratado pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) tem direito ao 13º salário. Isso inclui empregados domésticos, rurais, urbanos e avulsos. Além dos trabalhadores da iniciativa privada, aposentados e pensionistas do INSS também recebem o benefício, conforme previsto na legislação brasileira. O advogado trabalhista Luís Gustavo Nicoli explica que o direito é garantido mesmo para quem não completou um ano na empresa. "O pagamento é proporcional ao tempo trabalhado. Ou seja, mesmo que o funcionário tenha sido contratado em julho, ele ainda assim receberá o valor referente aos meses em que esteve na empresa", afirma. 2. Qual é o tempo mínimo de registro para ter direito ao 13º? Para que um mês seja considerado no cálculo do 13º salário, o trabalhador precisa ter trabalhado pelo menos 15 dias naquele mês. Isso significa que não é necessário ter o mês completo de serviço para que ele entre na conta. "Cada mês com mais de 15 dias de trabalho conta como um mês integral para o cálculo do 13º. Se o empregado trabalhou menos de 15 dias em um determinado mês, aquele período não será considerado no cálculo do benefício”, explica Luís Gustavo. Veja os vídeos que estão em alta no g1 3. Como é feito o cálculo do 13º salário? O cálculo do 13º salário é proporcional ao tempo de serviço no ano. Para fazer a conta, é preciso dividir o salário bruto mensal por 12 (referente aos meses do ano) e multiplicar pelo número de meses trabalhados. O resultado é o valor total do benefício, que normalmente é pago em duas parcelas. Na base de cálculo entram o salário-base, adicionais como insalubridade, periculosidade e adicional noturno, além da média de horas extras e comissões. Já benefícios eventuais ou indenizatórios, como vale-transporte ou auxílio-alimentação, não entram na conta. A primeira parcela corresponde à metade do valor calculado, enquanto a segunda parcela vem com os descontos obrigatórios, como INSS e Imposto de Renda. 4. Como funciona o 13º proporcional para quem foi demitido ou pediu demissão? Quem foi demitido sem justa causa tem direito ao 13º proporcional, calculado com base nos meses trabalhados no ano. O mesmo vale para quem pediu demissão voluntariamente: o benefício é pago de forma proporcional ao tempo de serviço. No entanto, há uma exceção importante. “O trabalhador que foi dispensado por justa causa perde o direito ao 13º salário”, explica Nicoli. Por isso, é essencial entender o tipo de desligamento para saber se o benefício será pago ou não. 5. Quais são os prazos legais para o pagamento do 13º? A primeira parcela do 13º salário deve ser paga até o dia 30 de novembro. Em 2025, essa data caiu em um domingo, então o depósito foi feito na sexta-feira (28) para evitar atrasos. Agora é a vez da segunda parcela, que também será antecipada: o depósito sai no dia 19, um dia antes do limite legal, porque o dia 20 cai em um sábado. Algumas empresas optam por antecipar a primeira parcela e pagá-la junto com as férias do empregado, desde que ele tenha solicitado isso até janeiro do mesmo ano. Essa antecipação é permitida por lei, mas o pagamento deve respeitar os prazos máximos estabelecidos. 6. O empregador pode antecipar ou parcelar o 13º de outras formas? Sim, o empregador pode antecipar o pagamento do 13º salário, inclusive quitando o valor integral de uma só vez. No entanto, essa antecipação deve respeitar os prazos legais: até 30 de novembro para a primeira parcela e até 20 de dezembro para a segunda. ➡️ O que não é permitido, segundo a legislação trabalhista, é dividir o pagamento em mais de duas parcelas. “A CLT e o Decreto 57.155/1965 estabelecem que o 13º deve ser pago em até duas vezes. Qualquer outra forma de parcelamento não está prevista na lei”, esclarece Nicoli. 7. Estagiários, trabalhadores temporários e autônomos têm direito ao 13º? Estagiários não têm direito ao 13º salário, pois o estágio é regido por uma legislação específica (Lei 11.788/2008) e não configura vínculo empregatício. Já os trabalhadores temporários, contratados conforme a Lei 6.019/1974, têm direito ao benefício, pois há vínculo de emprego durante o período do contrato. Autônomos e prestadores de serviço (como os que trabalham como pessoa jurídica, os chamados PJs) também não têm direito ao 13º. "Como não há relação de emprego, não se aplica a eles o pagamento do benefício", explica o advogado. 8. E se a empresa atrasar o pagamento? O atraso no pagamento do 13º salário pode gerar multa para o empregador. O trabalhador que não receber o benefício dentro do prazo pode denunciar a empresa à Superintendência Regional do Trabalho, órgão responsável por fiscalizar o cumprimento das leis trabalhistas. Por isso, é importante que as empresas se organizem para fazer os depósitos nas datas corretas. Profissões que vão bombar em 2026 Feriados de 2026: quase todos caem em dias úteis e viram folga prolongada O consignado CLT é o mais vantajoso do mercado financeiro atual Pegatroco/Divulgação Carteira de trabalho digital Marcelo Camargo/Agência Brasil CLT Jornal Nacional/Reprodução Calculadora mostra quanto você receberá com os descontos no 13º salário g1

  12. Novo ciclone extratropical deve mudar o tempo em 3 regiões do país A formação de um novo ciclone tropical nesta terça-feira (9) vai mudar o tempo e trazer chuva para boa parte do Centro-Sul do país neste início de semana. De acordo com a Climatempo, o sistema deve ter forte intensidade, causando tempestades severas e rajadas acima de 100 km/h. ⛈️São esperadas pancadas fortes de chuva nos seguintes estados: Rio Grande do Sul Santa Catarina Paraná São Paulo serra e sul do Rio de Janeiro Minas Gerais Goiás parte de Mato Grosso do Sul sul do Mato Grosso ⚠️Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os estados do Sudeste e do Centro-Oeste devem ter volumes de até 100 milímetros de chuva por dia e ventos intensos, de até 100 km/h. 🚨No Sul, a situação deve ser mais preocupante. Os volumes podem superar os 100 milímetros diários de chuva, com possibilidade de queda de granizo e alagamentos. Os ventos também podem passar de 100 km/h. As defesas civis estaduais da região já emitiram avisos de risco. Entre os destaques, alertam: No Rio Grande do Sul, há possibilidade de chover 120 milímetros em um só dia Em Santa Catarina, o risco de alagamento e enxurrada varia de alto a muito alto. No Paraná, há previsão de tempestades com granizo. Também são esperados fortes ventos litorâneos e ondas de até 3,5 metros a partir da noite desta terça. A partir de quarta (10), quando o ciclone já estará totalmente organizado e avançando para alto-mar na altura do litoral gaúcho, rajadas entre 90 km/h e 120 km/h podem atingir áreas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, sobretudo regiões serranas e litorâneas. Raios em noite de ciclone extratropical no litoral de São Paulo Rodolfo Bonafim Como fica o tempo em cada região Veja abaixo como fica o tempo em cada uma das regiões brasileiras nesta terça: Sul O dia deve ser de temporais em todos os estados da região, com ventos intensos de até 90 km/h e risco extremo no litoral entre SC e RS. As temperaturas seguem altas no noroeste gaúcho e oeste do Paraná, mais amenas nas demais áreas. Sudeste Previsão é de chuva forte, principalmente na parte da tarde. Com risco de temporais em São Paulo, Rio de Janeiro e parte de Minas Gerais. As rajadas de vento devem variar de 50 a 70 km/h, podendo ultrapassar 70 km/h em áreas de São Paulo e da Zona da Mata Mineira. Centro-Oeste O segundo dia da semana deve ter pancadas moderadas a fortes desde cedo, intensificando-se à tarde em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás, com risco de temporais. A previsão é de ventos entre 40 e 50 km/h, chegando a 70 km/h no leste de Mato Grosso do Sul e sul e leste de Goiás. Norte Chuva forte em boa parte da região, com risco de temporais no oeste do Acre. Tempo mais firme em parte de Roraima, Amapá e no noroeste e nordeste do Pará. Nordeste Dia deve ser marcado por calor intenso, baixa umidade e chuva isolada, com pancadas mais fortes no sul do Maranhão e oeste da Bahia. Umidade abaixo de 30% em vários estados e ventos de 40 a 50 km/h no litoral. Como o ciclone se forma e por que será intenso O ciclone extratropical nasceu a partir da intensificação de uma área de baixa pressão entre o sul do Paraguai, o nordeste da Argentina e o Rio Grande do Sul, na tarde e noite desta segunda-feira. Na madrugada de terça, o sistema se organiza completamente e cruza o território gaúcho de oeste para leste, alcançando a região de Porto Alegre até a noite. A pressão atmosférica muito baixa é um dos fatores que turbina as rajadas de vento e facilita a formação de nuvens do tipo cumulonimbus, responsáveis por temporais, raios, granizo e microexplosões. Em episódios assim, não é descartada a ocorrência de rajadas destrutivas associadas a tornados. Passagem de último ciclone extratropical causou estragos em cidades do Rio Grande do Sul Duda Fortes/Agência RBS Principais riscos O avanço do ciclone e da frente fria associada deve provocar: Ventos de 90 km/h a 120 km/h no Sul do país Chuva forte em curto período, com risco de alagamentos Granizo localizado Ondas altas e mar agitado, especialmente no RS e SC Raios frequentes e instabilidade duradoura Possibilidade de queda de energia e danos em estruturas Onde o impacto será maior Sul É a região mais afetada. Rio Grande do Sul: temporais já desde a madrugada de terça-feira, especialmente na Grande Porto Alegre. A quarta deve ser o dia mais crítico para ventania. Santa Catarina: instabilidade forte entre 9 e 10 de dezembro, com risco elevado de chuva intensa e ventos muito fortes. Paraná: terça-feira instável e rajadas mais frequentes na quarta. Sudeste Embora o ciclone não avance sobre a região, seus efeitos atingem: São Paulo: aumento do vento já na terça e rajadas mais intensas na quarta-feira. Risco maior no litoral, Grande SP e Serra do Mar. Rio de Janeiro: ventos fortes no centro-sul fluminense, incluindo Grande Rio e Serrana. Minas Gerais: instabilidade no Sul de Minas, Zona da Mata, Triângulo e Grande BH. O risco é menor que no Sul, mas a combinação de umidade, frente fria e ventania pode gerar temporais isolados. Centro-Oeste Mato Grosso do Sul: será o estado mais atingido na região, com rajadas moderadas já na segunda e potencial para ventos fortes na terça-feira. Mato Grosso e Goiás também podem sentir aumento de instabilidade, mas com menor intensidade. Quando o ciclone se afasta A expectativa é que o centro do ciclone alcance o mar no litoral do Rio Grande do Sul entre a madrugada e a manhã de quarta-feira. Depois disso, ele deve seguir para alto-mar, se afastando gradualmente do Brasil ao longo da quinta-feira (11). Mesmo em afastamento, o sistema continuará alimentando ventos fortes e mar agitado nas áreas costeiras do Sul. Orientações de segurança Defesa Civil e climatologistas recomendam: Evitar áreas costeiras e mar aberto durante o pico do sistema. Não se abrigar sob árvores nem aproximar-se de redes elétricas durante tempestades. Reforçar telhados e remover objetos soltos que possam ser arremessados pelo vento. Acompanhar alertas locais, que podem indicar evacuação preventiva em áreas de risco. O que esperar nos próximos dias Com o afastamento do ciclone, o tempo deve estabilizar gradualmente no Sul a partir de quinta (11), enquanto o Sudeste deve seguir com instabilidade pontual e temperaturas mais amenas. No Centro-Oeste, o calor retorna, mas com pancadas isoladas. Dezembro costuma registrar formação de sistemas severos, mas a intensidade prevista desta vez exige monitoramento constante. Por que a temperatura do oceano importa tanto?

  13. Alerj vota para revogar prisão de Rodrigo Bacellar Vários deputados ocuparam o plenário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) nesta segunda-feira (8) para se manifestar durante a votação sobre a prisão do deputado Rodrigo Bacellar (União Brasil) (entenda a prisão ao final da reportagem). Em discursos polarizados, parlamentares expressaram seus posicionamentos a favor e contra a manutenção da detenção, abordando questões legais, o papel da Polícia Federal e os riscos do envolvimento do crime organizado no poder público. Ao final da votação, o resultado foi de 42 votos a favor da revogação da prisão de Bacellar e 21 votos pela sua manutenção. A sessão contou com a presença de 65 deputados, enquanto três se ausentaram e um estava licenciado. Além disso, duas abstenções foram registradas. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias do RJ em tempo real e de graça Plenário da Alerj durante votação da prisão de Bacellar Reprodução/TV Globo LEIA TAMBÉM: Alerj decide revogar prisão de Rodrigo Bacellar: como votaram deputados e partidos Alerj: 11 partidos deram só votos a favor de soltar Bacelar e 3, só contra; veja números Quando Bacellar será solto? Veja os próximos passos após Alerj aprovar revogação da prisão Veja abaixo o que disseram alguns deputados: O primeiro a falar foi Flávio Serafini (Psol). Ele afirmou que concordava com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). "É melhor para o estado do Rio de Janeiro, no combate ao crime organizado, a manutenção da prisão cautelar do presidente da Assembleia, Rodrigo Bacellar." Durante seu discurso, Renata Souza, também do Psol, fez um aparte, destacando que o voto pela manutenção da prisão representava uma "responsabilização" da Alerj, sublinhando a importância da Casa cumprir seu papel diante da situação. Por sua vez, Alexandre Knoploch (PL) criticou as provas apresentadas pela Polícia Federal, considerando-as frágeis. Ele ainda fez uma observação, afirmando que "muitos aqui ficavam de beijinho e abraço com o deputado TH Joias, inclusive o pessoal da esquerda", sugerindo uma contradição entre as posturas de alguns parlamentares. "Olhando inúmeras vezes, a gente vê algumas coisas que parecem um pouco exageradas. O que nós temos, o que nós recebemos aqui nessa casa? Nós recebemos a decisão do ministro Alexandre de Moraes. O que nós temos nessa decisão? Três prints", disse. Já Carlos Minc (PSB), que também se posicionou a favor da manutenção da prisão, alertou sobre a presença do crime organizado nas instituições públicas. Ele afirmou que era necessário "cortar os tentáculos" do crime, para que o parlamento não fosse "contaminado" por práticas ilícitas. Dani Balbi, do PCdoB, votou "não" pela revogação da prisão e enfatizou que o combate ao crime deve ser uma prioridade. Ela destacou que o RJ é historicamente conhecido pelas fragilidades de suas instituições, principalmente devido à relação entre crime e política, um problema que, segundo a deputada, não é recente. A deputada India Armelau (PL) defendeu que Bacellar responda pelas suspeitas em liberdade. Em seu discurso, fez duras críticas, acusando a esquerda de ser contraditória em relação ao deputado. Ela afirmou que, se organizasse uma festa com Bacellar, a esquerda estaria presente, mas, diante da situação atual, ressaltou que, quando as coisas complicam, ninguém quer se associar a ele. Elika Takimoto (PT) votou pela manutenção da prisão. Ela enfatizou que, diante da gravidade dos fatos apurados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelo STF, não se tratava de “achismo” e que o parlamento não deveria intervir em questões que comprometessem a imparcialidade das investigações. Já Renan Jordy (PL) foi a favor do relaxamento da prisão. Ele criticou veementemente a relação de alguns parlamentares com o crime organizado, especialmente aqueles que, segundo ele, tratam a política como um braço do crime. E ressaltou a importância da ampla defesa e do contraditório, destacando que nenhum injustiça deveria ser cometida. Após a votação, Renan Jordy foi acusado de agredir um bombeiro depois de ficar preso no elevador da Alerj. Ele nega. A TV Globo flagrou parte da confusão (veja abaixo). Deputado Renan Jordy é acusado de agredir bombeiros após ficar preso em elevador na Alerj A prisão de Bacellar Na quarta-feira (3), Rodrigo Bacellar foi preso pela Polícia Federal na Operação Unha e Carne. Segundo a PF, Bacellar é suspeito de ter vazado informações sigilosas da Operação Zargun, deflagrada em setembro, em que o então deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias, foi preso. TH Joias foi preso por tráfico de drogas, corrupção e lavagem de dinheiro, suspeito de negociar armas para o Comando Vermelho (CV). Ele assumiu o mandato em junho, mas deixou de ser deputado após sua prisão. O mandado de prisão de Bacellar foi expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que também determinou o afastamento dele da presidência da Alerj. Presidente da Alerj é preso suspeito de vazar operação sigilosa Em sua decisão, Moraes afirmou que há "fortes indícios" da participação de Bacellar em uma organização criminosa. Segundo trecho da decisão obtida pelo g1 e pela TV Globo, ele estaria atuando ativamente pela "obstrução de investigações envolvendo facção criminosa e ações contra o crime organizado, inclusive com influência no Poder Executivo Estadual". O advogado Bruno Borragini, que representa Bacellar (União Brasil), afirmou que a prisão do deputado pela Polícia Federal é “totalmente desproporcional” e que o parlamentar “não praticou nenhuma conduta ativa” para obstruir investigações. Borragini também negou que Bacellar tenha vazado informações sigilosas para o deputado TH Joias. Segundo ele, a iniciativa do contato não partiu do presidente da Alerj.

  14. Análise: Flávio substitui Eduardo como instrumento de pressão de Bolsonaro Os movimentos recentes deixam claro que a família Bolsonaro se alterna nas posições para definir quem será o instrumento de pressão. No meio de 2025, o papel coube ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Ele atuou na frente internacional, usando a ameaça de tarifas e sanções do governo Trump contra o Brasil para forçar o Congresso a aprovar anistia e impedir o Supremo Tribunal Federal (STF) de julgar a tentativa de golpe de Estado. 📱 Acesse o canal da Sadi no WhatsApp Após o fracasso da estratégia – Jair Bolsonaro (PL) foi condenado e preso –, quem assume o bastão é o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Designado pelo pai, ele entra em cena com uma abordagem diferente, mas com o mesmo fim: usar sua candidatura à Presidência para forçar os partidos de centro e de direita a se comprometerem com a anistia ao ex-presidente. Nos bastidores, entretanto, mesmo o bolsonarismo raiz admite que a anistia se tornou inviável politicamente, e já considera que a prisão domiciliar seria um bom resultado. Essa substituição de Eduardo por Flávio é lida por lideranças do centro e da direita como reflexos do modo desespero de Bolsonaro. A família age para sobreviver, mesmo que isso signifique implodir a organização da direita para 2026 e prejudicar outros nomes do campo conservador. Apesar da boa relação pública que muitos mantêm com o senador, a realidade é que, fora do PL, nenhum partido de centro ou direita topou embarcar nessa estratégia até aqui. LEIA MAIS Centro-direita rechaça projeto Flávio e, sem Jair, vê caminho livre para construir candidatura O senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, caminha após visitar seu pai no prédio da Polícia Federal, onde o ex-presidente está sob custódia após violar as regras da tornozeleira eletrônica enquanto cumpria prisão domiciliar, em Brasília, Brasil, em 25 de novembro. Jorge Silva/Reuters

  15. PGR pede condenação dos 6 integrantes do 'núcleo 2' A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começa na terça-feira (9) o julgamento de seis acusados de envolvimento na tentativa de golpe de Estado em 2022. Os ministros vão analisar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o chamado “núcleo 2” da articulação golpista. A denúncia contra seis réus por participação na tentativa de golpe de Estado em 2022 foi apresentada em fevereiro desde ano pela Procuradoria-Geral da República. A acusação originou a segunda ação penal sobre o tema a ser julgada na Primeira Turma, a primeira foi do "núcleo crucial", que culminou com a condenação de Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus. Eles integram o chamado “núcleo 2”, responsável por coordenar ações como o bloqueio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no segundo turno das eleições presidenciais. O grupo é formado por: Fernando de Sousa Oliveira, delegado da Polícia Federal e ex-secretário-executivo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal; Marcelo Costa Câmara, coronel da reserva e ex-assessor de Jair Bolsonaro; Filipe Garcia Martins Pereira, ex-assessor especial de Assuntos Internacionais do ex-presidente; Marília Ferreira de Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça na gestão de Anderson Torres; Mário Fernandes, general da reserva, ex-secretário-geral da Presidência e aliado próximo de Bolsonaro; Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal. Investigação da PF A denúncia se baseia em investigações da Polícia Federal, reunidas em um relatório entregue no fim do ano passado. Com isso, a PGR pediu ao Supremo a abertura de cinco ações penais. Ao todo, 34 pessoas foram denunciadas. O STF abriu processos contra 31, e 24 já foram condenadas. Agora, o STF vai analisar a ação contra o grupo acusado de liderar as principais iniciativas da organização criminosa. Entre as ações atribuídas ao grupo estão: uso das forças policiais para tentar manter Jair Bolsonaro no poder; monitoramento de autoridades públicas; articulação com líderes dos atos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas; elaboração da chamada “minuta do golpe”, documento que previa medidas de exceção no país. STF começa a ouvir testemunhas de acusação contra 'núcleo 2' da tentativa de golpe de Estado Jornal Nacional/ Reprodução Crimes que serão julgados O órgão de cúpula do Ministério Público apontou que houve cinco crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito: acontece quando alguém tenta "com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais". A pena varia de 4 a 8 anos de prisão. golpe de Estado: fica configurado quando uma pessoa tenta "depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído". A punição é aplicada por prisão, no período de 4 a 12 anos. organização criminosa: quando quatro ou mais pessoas se reúnem, de forma ordenada e com divisão de tarefas, para cometer crimes. Pena de 3 a 8 anos. dano qualificado: destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia, com violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima. Pena de seis meses a três anos. deterioração de patrimônio tombado: destruir, inutilizar ou deteriorar bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial. Pena de um a três anos. O que disse a PGR Na denúncia, PGR afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) liderou uma organização criminosa que praticou "atos lesivos" contra a ordem democrática e que estava baseada em um "projeto autoritário de poder". Segundo a PGR, "deles partiram as principais decisões e ações de impacto social", ou seja, a série de ações para tentar impedir a mudança de governo. De acordo com a PGR, a organização criminosa estava enraizada na própria estrutura do Estado e "com forte influência de setores militares". Além disso, tinha uma ordem hierárquica e contava com divisão de tarefas preponderantes entre seus integrantes. A Procuradoria narrou que os integrantes deste núcleo "propagaram notícias falsas sobre o processo eleitoral e realizaram ataques virtuais a instituições e autoridades que ameaçavam os interesses do grupo". O Ministério Público ressaltou que "todos estavam cientes do plano maior da organização e da eficácia de suas ações para a promoção de instabilidade social e consumação da ruptura institucional". No caso do núcleo 2, a PGR afirma que o grupo, formado por pessoas com cargos estratégicos, coordenou ações como o uso da PRF para dificultar o voto de eleitores contrários a Bolsonaro. Também são citados a elaboração de um decreto golpista e um plano para matar autoridades. Na fase final do processo, antes do julgamento, a PGR reforçou o pedido de condenação do grupo pelos crimes. O Ministério Público defende a soma das penas, mas a definição do tempo total caberá aos ministros da Primeira Turma do STF.

  16. Polícia investiga feminicídio de mulher trans em Luís Eduardo A Polícia Civil (PC) informou que investiga a morte de Rhianna, mulher trans de 18 anos assassinada com um golpe "mata-leão" no oeste da Bahia, como um feminicídio. O suspeito do crime, um motorista por aplicativo, de 19 anos, chegou a levar o corpo da vítima à delegacia de Luís Eduardo Magalhães, onde o crime ocorreu, mas foi liberado após alegar legítima defesa. Segundo informações da polícia, o suspeito, cujo nome não foi revelado, foi liberado por ter se apresentado espontaneamente e confessado o crime. De acordo com a TV Bahia, ele estava na presença de uma advogada. O g1 entrou em contato com a polícia para saber se o suspeito será convocado para um novo depoimento, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem. Em depoimento, ele contou que contratou Rhianna, que morava em Barreiras, cidade que fica a 90 km de Luís Eduardo Magalhães, para fazer um programa. Após o serviço, ele levou a mulher para casa. 📲 Clique aqui e entre no grupo do WhatsApp do g1 Bahia Mulher trans morre após receber golpe de 'mata-leão' de motorista por aplicativo dentro de carro na Bahia Reprodução/TV Bahia Ainda conforme o suspeito, os dois discutiram durante o percurso e Rhianna o ameaçou de expor o programa e também de fazer uma acusação de estupro. A polícia não informou se ele confessou que estuprou a vítima ou se essa seria uma acusação falsa. Ele alegou que agiu em legítima defesa após a vítima fazer um movimento indicando que pegaria algum objeto na bolsa, informou a polícia. Ainda conforme a polícia, o motorista por aplicativo levou o corpo da vítima até a delegacia de Luís Eduardo Magalhães e pediu socorro para os policiais da unidade. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada, mas a mulher já estava morta. Ainda assim, ele foi liberado pelos policiais. Família da vítima pede Justiça nas redes sociais Uma familiar da mulher trans assassinada pediu Justiça pela jovem nas redes sociais, na segunda-feira (8). "Não tiraram a vida de uma simples pessoa. Tiraram a vida de um ser humano cheio de luz, de vontade de viver, de vencer. Tiraram uma filha de uma mãe, uma irmã, uma pessoa muito importante para nós", lamentou. Outras pessoas próximas da vítima também se manifestaram pedindo que o suspeito de cometer o crime fosse responsabilizado. "Levaram [ela] a troco de nada. Eu aposto que aquele inútil está vendo minhas postagens no sofá da sua casa e rindo", se revoltou a familiar da vítima. Família de mulher trans assassinada no oeste da Bahia pede Justiça nas redes sociais Reprodução/Redes sociais Conforme informações da TV Oeste, afiliada da TV Bahia, a vítima deve ser enterrada na cidade de América Dourada, localizada a cerca de 240 km de Salvador. Não há detalhes de quando o sepultamento será realizado. O caso repercutiu nas redes sociais e a influenciadora, escritora e professora Bárbara Carine chegou a criticar a conduta do delegado de Luís Eduardo Magalhães. Na análise da pesquisadora, a atitude do agente de segurança reforça a impunidade diante de casos de transfobia e é um sintoma de uma sociedade que vitimiza mulheres trans em todo o país. "Fiquei muito chocada com a postura da Polícia Civil, mais precisamente do delegado. Estou trazendo esse caso aqui porque não pode abrir precedente para que outros delegados se comportem desse modo. [...] Essa não é conduta que a gente espera da Polícia Civil e de um delegado de polícia", afirmou. Criminalista explica soltura do suspeito À TV Bahia, o advogado criminalista Miguel Bonfim detalhou que a liberação do suspeito está prevista nas leis brasileiras e que a prisão em flagrante não se enquadra neste tipo de caso. "Nossa constituição prevê que ninguém poderá ser preso se não em flagrante delito ou por decisão judicial competente e bem fundamentada. A regra, na verdade, no ordenamento jurídico brasileiro é que a pessoa responda o processo em liberdade. [...] Por mais infeliz e repugnante que isso possa parecer ser, a nossa legislação, sobretudo a Constituição Federal, prevê a presunção de inocência até o trânsito em julgado", explica. Em nota, o Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA) informou que acompanha as investigações conduzidas pela Polícia Civil, e que vai requisitar informações necessárias para adotar as providências cabíveis. A ocorrência também é acompanhada pela Comissão de Diversidade Sexual e Gênero da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)- Seção Bahia. "Ele proferiu um mata-leão e matou, de fato, essa mulher trans apenas por uma ameaça. Então, é um caso que ainda está incomodando toda a comissão, todos os membros, a própria OAB da Bahia e nós vamos seguir acompanhando a investigação", afirmou Ives Bittencourt, presidente da comissão. Mulher trans morre após receber golpe de 'mata-leão' de motorista por aplicativo dentro de carro na Bahia Reprodução/TV Bahia LEIA TAMBÉM: Motorista de aplicativo mata mulher trans com mata-leão na Bahia Família de mulher trans assassinada no oeste da Bahia pede Justiça nas redes sociais Preso suspeito de estuprar mulher após encontro em Salvador é jogador de futebol com passagem pelo Santos Veja mais notícias do estado no g1 Bahia. Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia 💻

  17. Caso Benício: entenda a diferença entre inalação e injeção de adrenalina O Fantástico revelou detalhes da morte do menino Benício, de 6 anos, após receber uma dose incorreta de adrenalina na veia em um hospital em Manaus. De acordo com especialistas ouvidos pela reportagem, o medicamento pode ser usado de duas formas, com indicações distintas. Saiba mais abaixo. Inalação X injeção: qual a diferença? A adrenalina é um hormônio produzido pelo corpo que pode ser sintetizado e utilizado como medicamento. A inalação com adrenalina é indicada para problemas respiratórios leves. "Sendo um caso de laringite, a gente usa adrenalina inalatória regularmente. Então, a gente faz a inalação com adrenalina e espera uma melhora rápida, mesmo que fugaz". Já a injeção de adrenalina aplicada na veia é usada em casos graves, como paradas cardiorrespiratórias. "E ela é feita com uma dose muito pequena, proporcional ao peso do paciente e infundida muito lentamente, então, como regra, em cenário de terapia intensiva", explicou Márcio Moreira, pediatra do Einstein Hospital Israelita. Caso Benício: entenda a diferença entre inalação e injeção de adrenalina Reprodução/TV Globo O que aconteceu no hospital Benício chegou ao Hospital Santa Júlia com tosse seca e febre. Um mês antes, havia sido tratado no mesmo local com inalação de adrenalina — e teve melhora. Desta vez, a médica prescreveu adrenalina pura, não diluída, via intravenosa, em três doses que somavam 9 miligramas. "Para mim estava tudo certo que seria inalação. Então eu não questionei ela. Eu só falei ok", diz a mãe do menino. Os pais contam que assim que recebeu a aplicação, Benício começou a ficar pálido e reclamou de dores no coração. Horas depois, sofreu seis paradas cardíacas e não resistiu. A médica Juliana Brasil Santos admitiu em mensagens que errou na prescrição. A técnica de enfermagem que aplicou a medicação disse nunca ter feito o procedimento na veia, mas seguiu a ordem médica. LEIA TAMBÉM: Caso Benício: pais denunciam sucessão de erros em atendimento que terminou com morte do filho de 6 anos Investigação A polícia investiga falhas na intubação e a ausência de checagem do farmacêutico da unidade. Raiza Bentes foi suspensa das suas atividades pelo Conselho Regional de Enfermagem e responde em liberdade. Em nota, a defesa da técnica de enfermagem disse que vai se manifestar após o término das investigações e que Raiza seguiu a prescrição, conforme recomendação da enfermagem do hospital. Juliana Santos Brasil foi afastada do Santa Júlia. À Justiça, a médica apresentou este vídeo, alegando que o sistema de prescrição eletrônica do hospital trocou, sem ela perceber, adrenalina por inalação, por na veia. A médica conseguiu um habeas corpus preventivo para não ser presa durante as investigações. O advogado dela reafirmou que houve falhas no sistema de prescrição e também nos procedimentos seguintes. O diretor médico do hospital, Guilherme Macedo, afirma que "toda a gestão está envolvida em elaborar planos de ações para que o hospital evite situações semelhantes e com desfecho trágico como foi esse". Imagem da prescrição de adrenalina para Benício Reprodução/Fantástico Veja a reportagem completa no vídeo abaixo: Imagens exclusivas revelam como foi o atendimento ao menino Benício, vítima de um erro médico Ouça os podcasts do Fantástico ISSO É FANTÁSTICO O podcast Isso É Fantástico está disponível no g1 e nos principais aplicativos de podcasts, trazendo grandes reportagens, investigações e histórias fascinantes em podcast com o selo de jornalismo do Fantástico: profundidade, contexto e informação. Siga, curta ou assine o Isso É Fantástico no seu tocador de podcasts favorito. Todo domingo tem um episódio novo.

  18. Governo Trump vai aumentar presença militar na América Latina em nova política externa Quando a Casa Branca divulgou, na sexta-feira (5), a nova Estratégia de Segurança Nacional dos Estados Unidos (National Security Strategy), um detalhe chamou a atenção de diplomatas e especialistas em relações internacionais: o documento cita nominalmente a Doutrina Monroe, formulada há mais de dois séculos, e diz que Washington deve "retomar" seus princípios no relacionamento com a América Latina. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A referência reacende uma das ideias mais antigas — e controversas — da política externa americana. Criada em 1823, a Doutrina Monroe afirmava que qualquer intervenção de potências europeias no hemisfério ocidental seria vista pelos EUA como uma ameaça direta à sua segurança. Ao mesmo tempo, estabelecia a região como uma esfera prioritária de interesse estratégico dos Estados Unidos. Dias antes da divulgação da estratégia, o presidente Donald Trump publicou uma mensagem oficial marcando o aniversário da Doutrina Monroe. Donald Trump Getty Images/BBC No texto, ele descreveu o princípio criado no século 19 como "fundamental" para a história dos EUA e disse que sua administração está comprometida com a proteção do hemisfério ocidental. A coincidência entre a mensagem presidencial e a publicação da estratégia nacional reforçou a leitura de que Washington deseja recolocar a América Latina no centro de sua política externa. Por que a menção à Doutrina Monroe agora? Segundo o documento divulgado na sexta, o governo Trump considera que ameaças externas na América Latina — especialmente a influência econômica e tecnológica da China e a presença de redes criminosas transnacionais — exigem uma postura mais ativa de Washington. O texto menciona que os EUA "devem recuperar a clareza estratégica" da Doutrina Monroe para garantir estabilidade regional e impedir que "adversários" fortaleçam presença militar ou econômica em países do hemisfério. A nova estratégia também descreve a América Latina como um "front central" na disputa geopolítica contemporânea, justificando o reposicionamento de recursos militares, diplomáticos e de inteligência. O documento afirma que alianças hemisféricas devem ser reforçadas e que Washington "não aceitará interferências hostis" na região. Foco na América Latina e na China: entenda a nova estratégia de segurança nacional de Donald Trump O que foi a Doutrina Monroe A Doutrina Monroe surgiu em um contexto de disputa imperial. Em 1823, os Estados Unidos buscavam evitar que potências europeias - especialmente Espanha, França e Grã-Bretanha - retomassem influência sobre territórios recém-independentes na América Latina. O presidente James Monroe apresentou então uma política baseada em dois pilares: a oposição a qualquer tentativa europeia de recolonização ou intervenção no continente, que seria interpretada como ameaça à segurança dos EUA, e o compromisso de que Washington não se envolveria em conflitos internos da Europa, preservando seu próprio espaço geopolítico. Com o passar das décadas, no entanto, a doutrina deixou de ser apenas uma declaração de princípios defensivos. Especialmente a partir do fim do século 19, ela passou a ser reinterpretada por diferentes governos dos Estados Unidos como justificativa para intervenções diretas ou indiretas no Caribe e na América Central. O chamado Corolário Roosevelt, de 1904, ampliou a ideia original ao afirmar que os EUA poderiam intervir em países da região para "estabilizar" governos considerados incapazes de cumprir obrigações internacionais. Esse histórico faz com que a doutrina seja vista, por muitos países latino-americanos, como um símbolo do intervencionismo americano no hemisfério. Por que a reaproximação com a doutrina gera preocupação Duzentos anos após sua formulação, a referência no texto de segurança nacional não significa, necessariamente, a adoção de uma política idêntica à da virada do século 19 para o 20 — mas indica que Washington pretende reforçar a lógica hemisférica como base para decisões estratégicas. Para governos latino-americanos, especialistas e diplomatas, o desafio agora será interpretar até que ponto essa menção representa uma mudança concreta de postura dos EUA — e o que isso pode significar para o equilíbrio político e militar na região nos próximos anos. Em reportagem publicada pela Reuters em 5 de dezembro, correspondentes internacionais e analistas consultados pelo veículo afirmam que a citação explícita à Doutrina Monroe — em vez de referências indiretas — marca uma mudança de tom na política externa norte-americana. Ainda segundo a Reuters, o documento descreve a visão do governo Trump como uma forma de "realismo flexível" e argumenta que os EUA devem "reviver" a doutrina do século 19, que considerava o hemisfério ocidental como uma zona de influência de Washington. A referência explícita à Doutrina Monroe também provocou reações na Europa. Segundo a mesma reportagem da Reuters, o documento critica aliados europeus por apresentarem "coordenação estratégica insuficiente" e alerta que o continente enfrenta o risco de "civilizational erasure" ('apagamento civilizacional'), expressão usada no texto oficial. Diplomatas europeus consultados pela agência expressaram preocupação de que essa formulação possa sinalizar um afastamento da cooperação transatlântica em temas de segurança. Dentro dos Estados Unidos, a Reuters relata que a retomada da doutrina divide acadêmicos e antigos formuladores de política externa. Alguns entrevistados pela agência consideram a referência histórica sobretudo simbólica, enquanto outros alertam que associar a política atual à Doutrina Monroe pode reforçar percepções negativas sobre o papel dos EUA na América Latina, especialmente à luz de intervenções ocorridas ao longo do século 20. Por que isso importa agora para a América Latina A divulgação da nova Estratégia de Segurança Nacional ocorre em um momento em que diversos países latino-americanos enfrentam instabilidade política, pressões econômicas e desafios de segurança que afetam diretamente a relação da região com os Estados Unidos. O documento divulgado pelo governo Trump menciona explicitamente preocupações com tráfico transnacional de drogas e armas, fluxos migratórios em direção ao território americano, operações de inteligência de potências rivais e vulnerabilidades em infraestruturas críticas — especialmente em redes energéticas e digitais. Para Washington, enfrentar esses problemas exige maior cooperação militar e de segurança com governos locais, algo que, na interpretação apresentada pela Casa Branca, se encaixa na lógica de "proteção hemisférica" vinculada historicamente à Doutrina Monroe. A nova estratégia também ganha relevância porque coincide com uma escalada de tensões entre os Estados Unidos e a Venezuela. Nas últimas semanas, o governo Trump intensificou a pressão sobre o presidente Nicolás Maduro, ampliando o valor da recompensa oferecida por informações que levem à sua captura e reforçando a posição de que a eleição presidencial venezuelana de 2024 foi ilegítima. A crise política interna venezuelana — marcada pela disputa entre Maduro e a oposição, pelo controle de instituições e por denúncias de fraude eleitoral — segue como um dos principais focos de atrito entre Washington e Caracas. Paralelamente, os EUA mobilizaram um contingente militar sem precedentes recentes na região. Cerca de 15 mil militares, além de porta-aviões, destróieres e navios de assalto anfíbio, foram enviados ao Caribe para compor uma operação classificada por Washington como destinada a combater o tráfico internacional de drogas. Desde setembro, forças norte-americanas realizaram mais de 20 ataques contra embarcações em águas internacionais que, segundo o governo dos EUA, transportavam drogas em direção ao país. Mais de 80 pessoas morreram nessas ações. Autoridades americanas descrevem os alvos como integrantes de organizações criminosas transnacionais envolvidos em "guerra irregular" contra os Estados Unidos — uma caracterização que tem gerado debate jurídico sobre a legalidade das operações. O tema migratório também atravessa a relação bilateral. O governo Trump vincula o aumento da migração venezuelana à permanência de Maduro no poder e afirma que a crise econômica, a repressão política e o colapso de serviços essenciais no país contribuem para o deslocamento de milhões de pessoas pelo continente. Quase oito milhões de venezuelanos deixaram o país na última década, muitos deles tentando chegar aos EUA após percorrer rotas terrestres pela América Central. Enquanto isso, autoridades dos EUA afirmam que grupos criminosos venezuelanos, como o Tren de Aragua e o chamado Cartel de los Soles, estariam envolvidos no tráfico internacional e teriam ligações com altos funcionários do governo Maduro, alegação negada por Caracas. Especialistas independentes observam que o Cartel de los Soles não funciona como uma organização centralizada, mas como um termo usado para descrever redes de corrupção que facilitam o trânsito de drogas pelo país. Ao mesmo tempo, a Venezuela não aparece entre os principais produtores de cocaína ou fentanil; no caso deste último, dados oficiais norte-americanos apontam o México como principal origem da substância que entra nos EUA.

  19. Imagens exclusivas revelam como foi o atendimento ao menino Benício, vítima de um erro médico Imagens obtidas com exclusividade pelo Fantástico mostram o pai de Benício, de 6 anos, ajoelhado ao lado do filho até os últimos momentos de vida. O menino morreu após receber uma dose de adrenalina intravenosa aplicada por engano no Hospital Santa Júlia, em Manaus. O pai do menino, Bruno Mello de Freitas, disse ter acompanhado o filho o tempo todo: "Nenhum pai, nenhuma mãe, leva seu filho para um hospital para morrer. Ainda mais da forma que o Benício morreu. Dessa sucessão de erros, dessa negligência que a gente verificou". O garoto chegou ao hospital com tosse seca e febre, suspeita de laringite, e passou quase 14 horas sob os cuidados da equipe médica. Benício já havia sido atendido no mesmo hospital um mês antes com o mesmo quadro, sendo tratado apenas com inalação de adrenalina, procedimento considerado seguro para casos leves. Pai de Benício ficou ao lado do filho durante seus últimos momentos. Reprodução/TV Globo/Fantástico Neste dia, depois de uma prescrição errada de adrenalina intravenosa, assumida pela médica Juliana Brasil Santos, administrada pela técnica de enfermagem Raíssa Bentes, o garoto apresentou palidez, dores no coração e dificuldade para respirar. Ele foi transferido à sala vermelha, que recebe casos mais graves, e, posteriormente, para a UTI, onde permaneceu consciente, mas onde sofreu seis paradas cardíacas até não resistir. Na UTI, Benício passou um período com o pai, fez uma refeição e, horas depois, foi intubado. Em entrevista, o pai de Benício relatou que ficou ajoelhado ao lado do filho, conversando e rezando, enquanto tentava que ele recebesse oxigenação adequada. "Eu falava com ele internamente: 'bora, filho. Bora. Melhora essa oxigenação'. Eu rezava muito", afirma Bruno. "É uma dor muito grande que vou levar para a minha vida toda", continua o pai. "Pelo que a gente está analisando, verificando, observando, é uma sucessão de erros." O que aconteceu com os envolvidos O caso gerou investigações sobre falhas na prescrição e na administração da medicação, incluindo a ausência de conferência por um farmacêutico e protocolos inadequados de checagem. A técnica de enfermagem foi afastada e responde em liberdade, e a médica obteve habeas corpus preventivo, alegando que o sistema eletrônico trocou a forma da medicação sem que ela percebesse. O hospital afirmou que revisa protocolos internos e busca prevenir que erros semelhantes ocorram. Um mês antes, o menino tinha sido atendido no mesmo hospital, com o mesmo quadro. A mãe diz que Benício foi tratado com adrenalina por inalação. Segundo o pediatra Márcio Moreira, do Hospital Israelita Albert Einstein, "sendo um caso de laringite, a gente usa adrenalina inalatória regularmente. A gente faz a inalação com a adrenalina e espera uma melhora rápida, mesmo que fugaz". A adrenalina, produzida pelo corpo e também sintetizada como medicamento, é indicada para inalação em quadros leves. A versão injetável, na veia, é usada em situações graves, como paradas cardiorrespiratórias, e administrada em doses muito pequenas, lentamente, geralmente na terapia intensiva. "Para mim estava tudo certo que seria inalação. Então, eu não questionei ela. Eu só falei ok", lembra Joice. A médica que atendeu Benício era Juliana Brasil Santos. A prescrição de Juliana indicava adrenalina pura, não diluída, aplicada na veia, em três doses que somavam 9 miligramas. A família seguiu com a prescrição para a ala da enfermaria. Imagem da prescrição de adrenalina para Benício Reprodução/Fantástico Joice questionou ao ver o soro injetável: "Cadê a inalação para adrenalina? Sempre foi por inalação". Segundo ela, a técnica de enfermagem Raíza Bentes respondeu que também nunca fez na veia, mas que estaria indicado na prescrição médica. Os pais afirmam que, logo após receber a adrenalina na veia, Benício ficou pálido e reclamou de dor no coração. Joice lembra: "Aí eu começo a entrar em desespero. Meu marido fala: 'corre e chama o médico'". Raíza foi atrás da médica. "Eu informei que tinha administrado a medicação e que a criança tinha tido reação. (…) Falei que foi adrenalina. E aí ela pegou e falou ‘tá bom'", conta a técnica de enfermagem. Em mensagens de WhatsApp para outro médico, Juliana escreveu: "Eu que errei na prescrição". Depois, em relatório ao hospital, reafirmou que "prescreveu erroneamente". Benício foi levado às pressas para a sala vermelha, de emergências. Os pais dizem que ele estava consciente, mas tinha dificuldade para respirar. Benício teve seis paradas cardíacas e não resistiu. Investigação A polícia investiga falhas na intubação e a ausência de checagem do farmacêutico da unidade. O presidente do Conselho Regional de Farmácia do Amazonas, Reginaldo Silva Costa, afirma: “Certamente, o profissional farmacêutico teria identificado a superdose e solicitado ao profissional prescritor que pudesse rever a sua prescrição". "Percebe-se um erro estrutural, sequencial de protocolos, de cuidados", diz o delegado Marcelo Martins. "E aí você vê que o Benício não teve chance." Questionado se o menino foi vítima de um crime, ele responde: "Com certeza, um homicídio. A médica simplesmente emitiu uma prescrição médica e não revisou, que seria uma conduta básica de dupla checagem. A técnica de enfermagem poderia também ter realizado a dupla checagem. E teria evitado esse resultado". A técnica de enfermagem se defende: "Eu administrei a medicação conforme a prescrição médica. Não tive auxílio, estava sozinha". Raíza Bentes trabalha como técnica há sete meses. Ela foi suspensa pelo Conselho Regional de Enfermagem e responde em liberdade. Em nota, sua defesa afirma que só irá se manifestar após o término das investigações e que ela seguiu a prescrição conforme orientação da enfermagem do hospital. Juliana Santos Brasil foi afastada do hospital. À Justiça, apresentou um vídeo alegando que o sistema de prescrição eletrônica teria trocado, sem que ela percebesse, adrenalina por inalação por adrenalina na veia. O superintendente de tecnologia da informação (TI) do hospital, João Alexandre de Araújo, afirma: “Sem ação do médico, o sistema não faz nada de forma automatizada.” Perguntado se houve erro do sistema, ele diz: "Do sistema, a gente pode garantir que não foi", diz. A médica conseguiu um habeas corpus preventivo para não ser presa durante as investigações. Seu advogado, Felipe Braga, reafirmou que houve falha no sistema de nos procedimentos seguintes. "Foi uma multiplicidade de fatores, desde o momento que há uma quebra da dupla ou tripla checagem, a ausência de um farmacêutico", diz o advogado. "Eu não considero que ela errou". O diretor médico do hospital, Guilherme Macedo, afirma que "toda a gestão está envolvida em elaborar planos de ações para que o hospital evite situações semelhantes e com desfecho trágico como foi esse". Benício era filho único e faria 7 anos no dia de Natal. "A gente sempre vai lembrar dele. Da criança que ele era. Uma criança pura. Meiga. Não era desobediente. O ser vivo mais puro que eu já encontrei, que eu conheci na humanidade", diz o pai. Infográfico - Caso Benício Arte g1 Ouça os podcasts do Fantástico ISSO É FANTÁSTICO O podcast Isso É Fantástico está disponível no g1 e nos principais aplicativos de podcasts, trazendo grandes reportagens, investigações e histórias fascinantes em podcast com o selo de jornalismo do Fantástico: profundidade, contexto e informação. Siga, curta ou assine o Isso É Fantástico no seu tocador de podcasts favorito. Todo domingo tem um episódio novo.

  20. Fantástico encontra na Argentina foragido por envolvimento em roubos milionários Criminosos investigados por assaltos milionários em Ribeirão Preto (SP) usaram disfarces para invadir condomínios de luxo, render famílias e levar joias avaliadas em mais de R$ 10 milhões: os bandidos usaram de vestidos e até perucas. Vídeos obtidos pela Polícia Civil mostram os ladrões circulando pelos prédios com roupas femininas e acessórios para despistar câmeras e porteiros. A polícia afirma que o mesmo grupo agiu nas duas ações, em maio e setembro, e que parte das peças roubadas foi parar em um programa de TV especializado na venda de joias. "'Pequeno' me mostrou a peruca aqui no vídeo. A peruquinha bonitinha e tal, como que nós 'vai' por roupa de mulher? Sapato, uns 'bagulho', depois para poder 'trampar', não tem nem como", comentou Carlos Alberto, um dos investigados. A investigação aponta que a quadrilha é organizada, tem integrantes da capital paulista e usou métodos profissionais para escolher alvos: alugaram imóveis no mesmo prédio das vítimas, contrataram uma garota de programa para acessar informações internas e instalaram câmeras clandestinas na rua para monitorar moradores. A quadrilha vigiava as vítimas pelas redes sociais e a ideia das perucas saiu de um integrante conhecido como “Baiano”, funcionário de um receptador apelidado de Diego Ouro, que foi preso em setembro. No roubo mais recente, no fim de setembro, o grupo entrou no condomínio de madrugada e passou quase duas horas dentro do prédio. Às 9h22, fugiu com malas cheias de joias e dinheiro vivo. “Eles já sabiam quem iriam roubar”, disse um investigador. LEIA TAMBÉM: Fantástico encontra na Argentina dono de programa de TV suspeito de receptar e vender joias roubadas Quadrilha celebrou reportagem sobre roubo no Fantástico, diz delator: 'Caras loucos da cabeça' “Mil e Uma Noites”, programa vendia joias receptadas do crime Reprodução/Fantástico Fantástico virou gatilho para novo roubo O delator, que teve a identidade mantida em sigilo por segurança, disse que o segundo assalto foi decidido logo após a exibição da primeira ação no Fantástico. “Quando a rapaziada vê a filmagem, até comemora. ‘Vai passar no Fantástico, vitória’. Esses caras são loucos da cabeça. Tá quase indo pra cadeia e tá comemorando.” Segundo a polícia, a quadrilha tentou “apagar os rastros” da primeira invasão cometendo outra, com o mesmo método e as mesmas vítimas em mira: casas onde houvesse joias e dinheiro em espécie. A Polícia Civil afirma que agiu rapidamente após o roubo de setembro: quatro suspeitos foram presos no mesmo dia e, em menos de uma semana, dez já estavam detidos. No total, 26 investigados foram presos e 15 denunciados pela Justiça. O delator, que confessou participação nos dois assaltos, entrou para o programa de proteção a testemunhas. Segundo a polícia, havia provas suficientes para incriminá-lo antes da colaboração. “Todo mundo que tem certo poder econômico acha que está acima da ação da Justiça. E não é bem assim”, disse um dos investigadores. Ouça os podcasts do Fantástico ISSO É FANTÁSTICO O podcast Isso É Fantástico está disponível no g1 e nos principais aplicativos de podcasts, trazendo grandes reportagens, investigações e histórias fascinantes em podcast com o selo de jornalismo do Fantástico: profundidade, contexto e informação. Siga, curta ou assine o Isso É Fantástico no seu tocador de podcasts favorito. Todo domingo tem um episódio novo.

  21. Rosária e Mauri Lima, irmãos de Chitãozinho e Xororó Reprodução/Instagram A morte do cantor sertanejo Mauri Lima, no domingo (7), significou para Chitãozinho e Xororó a segunda perda, em três anos, de um irmão. Rosária Lima faleceu em 5 de dezembro de 2022 - na época, a causa e a idade dela não foram informadas. Mário e Araci Lima, pais de Chitãozinho e Xororó, tiveram oito filhos: Chitãozinho (José), Xororó (Durval), Maurício, Mauri, Nilva, Rosária, Tião e Ricardo. Dos oito, quatro seguiram carreira como cantores sertanejos. Além de Chitãozinho e Xororó, consagrados nacional e internacionalmente, Maurício e Mauri também formaram, por 35 anos, a outra dupla entre os irmãos. Os quatro lançaram, em 5 de dezembro deste ano, uma regravação de “Paixão ou Loucura”, maior sucesso de Maurício e Mauri. Leia mais: 'Vamos sentir muita falta do nosso caçula', diz Xororó Sandy: 'Que sua alma seja acolhida no amor e na paz' Cantor celebrou aniversário da esposa apresentadora 3 dias antes de morrer Velório de Mauri foi restrito à família em Campinas Mário e Araci Lima, pais de Chitãozinho e Xororó, tiveram oito filhos: Chitãozinho (José), Xororó (Durval), Maurício, Mauri, Nilva, Rosária, Tião e Ricardo Reprodução/Instagram Morte de Mauri Lima Corpo do cantor sertanejo Mauri, irmão de Chitãozinho e Xororó, é sepultado em Campinas Amauri Prudêncio de Lima, o Mauri Lima, morreu em um acidente na Rodovia Régis Bittencourt (BR-116), em Miracatu (SP). O acidente ocorreu no km 372,7 sentido São Paulo e também causou a morte de um integrante da equipe. O irmão e parceiro de dupla, Maurício, que estava no mesmo veículo, ficou fisicamente bem e está sendo assistido pela família. Mauri e Maurício retornavam para Indaiatuba após uma apresentação em um evento fechado em Curitiba (PR). A colisão envolveu um caminhão, uma caminhonete e a van da dupla, segundo a concessionária Autopista, que administra a rodovia. Seis pessoas ficaram feridas, além das duas mortes. Cinco tiveram ferimentos moderados e uma sofreu traumas leves. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), houve uma batida traseira entre a van, que transportava nove passageiros e o condutor, e o caminhão. Leia também: Chitãozinho e Xororó lamentam morte do irmão: 'Profunda dor' Quem é Mauri, irmão de Chitãozinho e Xororó que morreu em acidente FOTOS: relembre a trajetória do cantor sertanejo Mauri em selfie no dia 27 de novembro e em foto ao lado do irmão Mauricio, sua dupla sertaneja Instagram / Reprodução Mauri tinha 55 anos e nasceu em Mauá, na Região Metropolitana de São Paulo. Ele morava atualmente em Indaiatuba, na região de Campinas. A previsão é que o corpo seja levado para Registro (SP). A dupla se apresentou no sábado (7) em um evento fechado em Curitiba (PR). O acidente ocorreu quando a Mauri e Maurício voltavam para Indaiatuba. "Neste momento de dor indescritível, a família agradece, de coração, a todas as manifestações de carinho, respeito e solidariedade, e pede compreensão para que seja preservado seu espaço e privacidade", comunicou a assessoria de imprensa da dupla. Casado com a apresentadora do SBT Andrea Fabyanna, Mauri Lima deixa uma filha de 20 anos. Infográfico - Cantor Mauri morre em acidente de carro Arte/g1 Carreira Antes de se juntarem nos palcos, em 1990, Mauri trabalhava nos bastidores dos shows dos irmãos mais famosos e Maurício era backing vocal da dupla. O perfil oficial da dupla no Instagram tem mais de 83,3 mil seguidores. A conta pessoal de Mauri, 34,6 mil. O último post do sertanejo foi uma homenagem para a mulher, que fez aniversário há três dias, no dia 4 de dezembro. Há uma semana, Mauri postou uma selfie na academia e afirmou “estar cuidando da saúde”. Mauri (à direita), irmão de Chitãozinho e Xororó, morreu neste domingo Reprodução/Instagram Chitãozinho e Xororó lamentam morte “É com profunda tristeza e enorme pesar que comunicamos o falecimento de Mauri Lima, irmão de Chitãozinho e Xororó, em um trágico acidente ocorrido na tarde deste domingo, 7 de dezembro. O fato é muito recente e as informações ainda estão sendo apuradas e consolidadas, mas informamos que Maurício está fisicamente bem e sendo assistido. A família agradece o carinho e o entendimento de todos em se reservarem neste momento de profunda dor”. VÍDEOS: os destaques da região de Campinas Veja mais notícias da região no g1 Campinas

  22. Filha de Mauri presta homenagem ao pai em rede social Reprodução/Instagram A filha do cantor Mauri, o irmão dos sertanejos Chitãozinho e Xororó que morreu em um acidente de trânsito na Rodovia Régis Bittencourt, em Miracatu (SP), prestou uma homenagem ao pai em uma rede social. Beatriz Mattenhauer publicou uma série de fotos com o artista, dizendo o quanto o ama. Amauri Prudêncio de Lima, conhecido como Mauri, formava uma dupla sertaneja há 35 anos ao lado de Maurício, outro irmão dele. Um integrante da equipe dos artistas, Douglas Riva, também morreu no acidente após um show em Curitiba (PR), neste domingo (7). ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp. "A pior notícia da minha vida. A maior dor que alguém poderia sentir na vida. Eu gostaria de expressar o quanto eu te amo uma última vez, pai. Você é e sempre vai ser o meu porto seguro. Eu te amo até o fim dessa vida e além", escreveu Beatriz em uma publicação no Instagram. Mauri com a mulher, Andrea Fabyanna, e os filhos: Beatriz e Maury Reprodução/Instagram A jovem fez a homenagem ainda no domingo, e finalizou o texto com um pedido para o pai: "Cuide de mim e conforte o meu coração daí de cima. Eu te amo e não acaba". Beatriz voltou à rede social nesta segunda-feira (8) para agradecer as mensagens positivas e de carinho que tem recebido após a morte de Mauri. "Não tenho forças para digerir e responder", lamentou ela em um story. Mauri postou 'mensagem de fé' duas semanas antes de morrer; VEJA Acidente Cantor Mauri, irmão de Chitãozinho e Xororó, morre em acidente em rodovia de Miracatu O acidente aconteceu por volta das 14h30 de domingo (7), na altura do km 373 da BR-116, pista Norte, em Miracatu, no interior de São Paulo. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que houve colisão traseira entre a van da dupla, uma carreta e um automóvel, totalizando três veículos envolvidos. Segundo as primeiras informações repassadas à reportagem, o motorista da van teria sofrido mal súbito, perdido o controle do veículo e atingido a carreta. A PRF, porém, afirma que a causa provável continua sendo apurada oficialmente. A assessoria da dupla informou que Mauri estava no banco do passageiro, ao lado do condutor. Mauri morreu em acidente de trânsito na Rodovia Régis Bittencourt, SP Arte/g1 Sobre a dupla Mauri é irmão de Chitãozinho e Xororó e formava dupla sertaneja com o também irmão Maurício há 35 anos. Antes de se juntarem nos palcos em 1990, Mauri trabalhava nos bastidores dos shows dos irmãos mais famosos, enquanto Maurício atuava como backing vocal da dupla. Juntos, consolidaram uma trajetória própria no sertanejo, mantendo presença ativa nas redes sociais e em apresentações pelo país. Maurício e Mauri cantam ‘Evidências’ VÍDEOS: g1 em 1 minuto Santos

  23. Interpol é acionada para evitar que obras de arte roubadas em São Paulo deixem o país As oito gravuras de Henri Matisse roubadas da Biblioteca Mário de Andrade na manhã do último domingo (7), em São Paulo, e que integram o álbum “Jazz”, de 1947, já foram furtadas , falsificadas e recuperadas pela Polícia Federal na Argentina. O g1 apurou que há cerca de 20 anos, entre 2004 e 2006, o álbum de Matisse foi levado da Mário de Andrade por um funcionário sem que ninguém percebesse, enquanto era realizada uma reforma no local. A obra, então, chegou a ser substituída pelo ladrão por uma versão falsa que circulou sem ser identificada até que a Polícia Federal conseguiu ter acesso às pranchas originais em Puerto Iguazú, na Argentina, em 2011. O Jornal Nacional noticiou a apreensão das obras pela PF na Argentina. Na época, o delegado Fábio Scliar informou que foi enviado à cidade argentina para trazer de volta um lote de livros dos séculos 17 e 18 e gravuras de Matisse que tinham sido roubadas cinco anos antes em instituições brasileiras e que estavam com as autoridades argentinas depois que foram encontradas na fronteira (veja vídeo abaixo). Foi a investigação da Polícia Federal que revelou a dimensão da fraude envolvendo as gravuras de Matisse, o que desencadeou uma batalha pela restituição do material. O álbum Jazz ficou no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, por quatro anos, retornando para a Biblioteca Mário de Andrade em agosto de 2015, quando se conseguiu provar que o espaço contava com a segurança necessária. A "Folha de S.Paulo" chegou a noticiar o retorno do álbum para a Mário de Andrade com a manchete: "O álbum furtado de Matisse será devolvido à biblioteca". A reportagem cita, inclusive, que a PF e o MInistério Público Federal "relutavam em devolver o álbum". Ao g1, o ex-diretor da Biblioteca Mário de Andrade, o professor da USP Luiz Armando Bagolin, responsável por trazer novamente a obra de Matisse a São Paulo, contou sobre o episódio emblemático envolvendo "Jazz". Ele diz que, assim que assumiu a gestão da biblioteca, foi informado sobre o desaparecimento das gravuras e da apreensão feita pela polícia. "O álbum 'Jazz' sumiu entre 2005, 2006. A biblioteca estava numa época de obras, estava sendo reformada e foi uma obra que durou anos. Eu cheguei em 2013 e fiquei até 2016, numa parceria entre a USP e a prefeitura. Encontrei muitos problemas, entre eles o desaparecimento desse álbum. Todas as apessoas na época, inclusive as autoridades municipais, diziam: 'Olha, esse caso é muito difícil porque está nas mãos de um delegado da Polícia Federal do Rio de Janeiro, e ele é intratável'. Tentaram trazer o álbum de volta, mas ninguém conseguiu. Então, falei: minha função como diretor é trazer'", afirmou. LEIA TAMBÉM: VÍDEO: câmeras flagram ladrões andando com obras de Portinari e Matisse em sacola ROUBO: veja como ficou a Biblioteca Mário de Andrade momentos após roubo EXCLUSIVO: vídeo mostra ladrões com obras roubadas em rua do Centro de SP Obras roubadas da Mário de Andrade podem valer até R$ 1 milhão, segundo especialistas Ao decidir ir atrás da obra, ele viajou ao Rio para conversar pessoalmente com o delegado que conduzia o caso. "E aí, chegando lá, o delegado me contou uma história escabrosa, que estava em um processo de 600 páginas. O álbum de Matisse foi aprendido junto com muitas outras obras roubadas na fronteira da Argentina com o Uruguai. Eles encontraram várias obras que, provavelmente, o destino delas era a Bélgica, e entre essas obras estava o álbum 'Jazz', sem identificação. Não havia nenhum nenhuma etiqueta, nenhum carimbo, nada. E todas as obras foram encaminhadas à Polícia Federal porque estavam vindo do Brasil." A identificação do exemplar veio graças a uma anotação interna. "Esse álbum em particular foi periciado pela equipe do Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, que é o depósito legal no Brasil de obras apreendidas. E descobriram na contracapa interna do álbum uma anotação a lápis, um código. E esse código diferenciava, e era a senha para o acervo de obras raras da Biblioteca Mário de Andrade", afirma Bagolin. Ao ser informada pela PF, a direção da biblioteca negou que tivesse perdido o original. "Passaram essa informação para o delegado a época, Fabio Scliar, e o delegado, então, ligou para a biblioteca Mário de Andrade, para a diretora da época, dando essa informação. Ela negou e disse: 'Não, o nosso álbum está aqui, é um equívoco'. Houve ali um entrevero entre as autoridades porque o delegado queria periciar o álbum que estava na Biblioteca Mário de Andrade porque os peritos acusavam que o álbum verdadeiro estava no Rio." Bagolin conta que a recusa levou a PF a cumprir um mandado de busca e apreensão. “O álbum que estava na biblioteca foi levado para o Rio, periciado e identificado como uma cópia grosseira do 'Jazz' do Matisse”, relembra o ex-diretor. Ele contou que o episódio provocou um desdobramento inusitado: o exemplar falso chegou a ser exibido na Pinacoteca do estado, em 2009, durante uma grande mostra de Matisse. “A Pinacoteca pediu o álbum emprestado. Consta no seguro. O álbum falso foi exibido e ninguém percebeu ou quis perceber”, contou. Bagolin ainda relembra que, ao fim da reunião com o delegado em 2013, ouviu uma advertência.“Ele me disse: ‘Enquanto o senhor está aqui, o pessoal está nas suas costas roubando a biblioteca. Enquanto não me provar que há condições de segurança, esse álbum não retorna’”, relatou. De volta a São Paulo, o professor diz que iniciou mudanças internas. “Me dei conta de que precisava não só recuperar o álbum, mas tornar a biblioteca e o entorno um local seguro”, afirmou. Obras roubadas da exposição "Fotografia e vanguarda do MAM São Paulo", que foi alvo dos criminosos neste domingo (7), na Biblioteca Mário de Andrade. Reprodução/Instagram O ex-diretor lembra que, na época, portas de cofres de obras raras eram trancadas com cadeados simples. “Qualquer um, com um clipe, podia abrir”, disse. Ele instalou câmeras, sensores de presença e controle climático por computador. Ele também afirma que investiu na programação cultural da biblioteca para aumentar a circulação e a sensação de segurança no entorno. “Transformou-se num dos pontos culturais mais efervescentes da cidade. Em 2015, ficou aberta 24 horas, com programação dia e noite”, disse. Uma sindicância interna identificou um funcionário, que havia sido estagiário da biblioteca, como o responsável pelo desaparecimento do álbum, afirmou o ex-diretor. Retorno das obras para São Paulo Polícia Federal encontra na Argentina conjunto de obras de Henri Matisse Após negociações judiciais, o álbum original voltou à Mário de Andrade em 2015. “Eu fui ao Rio e retornei com o álbum. Tem matéria que me mostra com as obras. Elas estavam seguras, e ficaram seguras até agora, por dez anos”, afirmou. Sobre o roubo recente, Bagolin diz ter ficado em choque. “Tive que tomar um remédio extra para a pressão. Minha primeira reação foi achar que era fake news. Mas depois caiu a ficha”, relatou. Para ele, o caso expõe falhas de segurança que vão além da biblioteca. “Eu acredito no serviço público. É possível fazer um trabalho de alto nível. Mas uma pessoa entrar armada na biblioteca e não ter ninguém do lado de fora é um absurdo. Não é o roubo em si do Matisse: é terem profanado um local que é a Mário de Andrade, na Rua da Consolação, a 200 metros da prefeitura. Ninguém saiu atrás dos ladrões. Tem alguma coisa muito errada", ressaltou. O g1 questionou a Secretaria da Cultura sobre a investigação do primeiro furto e o impasse para que as obras voltasse à Biblioteca Mário de Andrade, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. Roubo Interpol é acionada após roubo de gravuras na Biblioteca Mário de Andrade O segundo roubo das obras foi registrado na manhã do domingo (7). A Secretaria da Cultura e Economia Criativa informou que foram levadas oito gravuras de Henri Matisse e cinco gravuras de Candido Portinari, da obra “Menino de Engenho”. Elas eram pertencentes à exposição “Do livro ao museu: MAM São Paulo e a Biblioteca Mário de Andrade”. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública informou que dois homens renderam uma vigilante e um casal de idosos que visitava o local. Em seguida, ambos seguiram até a cúpula de vidro, onde colocaram documentos e oito quadros em uma sacola de lona, e fugiram pela saída principal. Ainda conforme a SSP, vigilantes correram para pedir ajuda a policiais militares que patrulhavam a região. O caso foi registrado no 2º DP (Bom Retiro) e será investigado pela 1ª Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco). A Polícia de São Paulo prendeu nesta segunda (8) um dos dois suspeitos de invadir e roubar a biblioteca. Felipe dos Santos Fernandes Quadra, de 31 anos, foi preso em uma casa na Mooca, na Zona Leste da capital. Segundo a polícia, ele tem antecedentes criminais por furto, roubo e tráfico de drogas. O outro criminoso, que também já foi identificado pela polícia, segue foragido. A polícia não divulgou o nome desse suspeito. A identificação aconteceu com a ajuda de câmeras de vigilância do Smart Sampa, sistema de câmeras da prefeitura, que flagraram a dupla andando com as obras roubadas na manhã do domingo (7). A Secretaria da Cultura e Economia Criativa informou que as obras expostas contam com apólice de seguro vigente, e que o local dispõe de equipe de vigilância, sistema de câmeras de segurança. "Todo o material que possa servir à investigação está sendo fornecido para as autoridades policiais. A Polícia Militar atendeu a ocorrência e a Guarda Civil Municipal (GCM) reforçou o policiamento", enfatizou a secretaria. Candido Portinari foi um artista plástico brasileiro, considerado um dos mais importantes pintores brasileiros de todos os tempos, sendo o que mais alcançou projeção internacional. Em 2007, os quadros de Portinari “O lavrador de café”, que estavam expostos no Masp, foram levados por criminosos. Henri Matisse foi pintor, escultor, desenhista e gravurista. Ele é considerado um dos maiores nomes da arte moderna, conhecido por liderar o Fauvismo, movimento que usava cores vibrantes e expressivas para criar obras sensoriais, explorando formas, luz e beleza. Com uma linguagem revolucionária, Matisse desenvolveu estilos distintos ao longo de sua carreira. O perfil da Biblioteca Mário de Andrade chegou a publicar neste sábado (6) uma foto da exposição. Nela, é possível ver as telas que estavam sendo expostas eram ilustrações do livro raro do artista, o Jazz. A exposição exibia 20 pranchas impressas de Matisse. Pela posição das obras, é possível apontar que os trabalhos do artista roubados foram justamente os oito do canto esquerdo da foto. Entre as obras levadas pelos ladrões, as de Matisse são: O palhaço (Le clown); O circo (Le cirque); Senhor leal (Monsieur loyal); O pesadelo do elefante branco (Cauchemar de l'Eléphant Blanc); Os Codomas (Le Codomas); O nadador no aquário (La nageuse dans l'aquarium); O engolidor de palavras (L'avaleur de sabres); O cowboy (Le Cowboy). Já as ilustrações de Candido Portinari que foram levadas da Biblioteca Mário de Andrade, em SP, são essas da foto abaixo: Ilustrações de Candido Portinari que foram levadas da Biblioteca Mário de Andrade, em SP Reprodução/TV Globo Câmeras flagram assaltantes carregando obras de Portinari e Matisse dentro de sacolas Ilustrado do livro "Jazz", de Henri Matisse, roubada da Biblioteca Mário de Andrade. Reprodução/Prefeitura de São Paulo

  24. Acidente na RS-400, em Sobradinho Divulgação/ Bombeiros Voluntários de Sobradinho Um acidente envolvendo um carro e um caminhão-trator foi registrado no fim da tarde de segunda-feira (8) na RS-400, altura do km 44, em Sobradinho, Região Central do RS. O motorista do Fiat Palio, de 35 anos, ficou preso nas ferragens. De acordo com informações dos Bombeiros Voluntários do município, o homem apresentava múltiplas fraturas. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp Segundo o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), o Fiat Palio seguia no sentido Sobradinho–Passa Sete quando bateu na lateral esquerda de um caminhão Scania que vinha na direção contrária. Com o impacto, o automóvel saiu da pista. Como prevenir acidentes nas estradas? A equipe de resgate precisou realizar a retirada do condutor do carro. Ele foi imobilizado e encaminhado ao Hospital de Sobradinho para atendimento. O motorista do caminhão, um homem de 40 anos, não se feriu. O caminhão Scania, emplacado em Tapera, estava acoplado a dois semirreboques. Já o Palio tinha placas de Sobradinho. VÍDEOS: Tudo sobre o RS

  25. Alerj aprova revogar a prisão de Bacellar Presidente da Assembleia foi preso suspeito de vazar ação da PF que levou TH Joias à prisão. Presidente da Alerj foi preso e afastado por suspeita de ter vazado operação da PF contra TH Joias.. TH está preso acusado de ser um braço do Comando Vermelho no legislativo fluminense.. Em plenário, maioria dos deputados aprovou a resolução para soltar o presidente da Alerj.. Resolução será publicada em D.O. e enviada ao STF, para que seja dada a decisão de soltar Bacellar.. Veja como votou cada deputado.

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